Vulcões

O fenómeno do vulcanismo não tem grande expressão em Portugal, excepto nos Açores. Não deixei de ler todavia com grande atenção um artigo do Zerohedge da semana passada, relativo à erupção do vulcão Popocatépetl no México. Apesar de ter tido menos actividade nos dias mais recentes, é um vulcão potencialmente perigoso, pois a cidade do México fica apenas a 70 Km de distância

Mas o que mais me chamou a atenção no artigo do ZeroHedge foi a associação a outros fenómenos de vulcanismo e tremores de terra que tem ocorrido nas últimas semanas, nomeadamente no Ecuador, Japão e Yellowstone. Há igualmente uma referência a que 20 dos últimos 25 últimos grandes tremores de terra terão ocorrido em alturas de lua cheia ou lua nova, que achei interessante. Todavia, uma leitura desta página do Wikipedia levanta dúvidas.

Há ainda uma associação interessante entre estes sismos, e os que ocorreram em 1906. A 31 de Janeiro de 1906 um sismo de magnitude 8.8 atingiu o Ecuador, enquanto a 17 de Março do mesmo ano se deu um sismo de magnitude 7.1 no Japão. No mês a seguir, a 18 de Abril, deu-se o grande sismo de San Francisco, de magnitude 7.8…

Os sismos, quando ocorrem, são fenómenos absolutamente terríveis. Esperemos que nunca nos aconteçam. Em qualquer caso, devemos ter sempre em atenção como nos preparar para um tremor de terra

Compilar um conjunto de ficheiros PDF no OSX

Juntar vários PDF (imagem do suporte Apple)

Juntar vários PDF (imagem do suporte Apple)

O formato transportável de documentos (PDF – Portable Document Format) foi criado pela emprea Adobe como forma de garantir o transporte de documentos em formato digital entre sistemas sem que a apresentação se alterasse. Inicialmente um formato proprietário, é hoje um formato aberto e livre para uso o que tornou o seu uso generalizado como forma de transporte de documentos.

A sua origem proprietária pode ser a razão pela qual nem todos os sistemas operativos apresentem ferramentas para manusear este formato. O Apple OS X tem desde há muito esta capacidade, não obrigando o utilizador a instalar aplicações para abrir ou mesmo exportar para o formato PDF. Uma das coisas que é possível fazer hoje em dia neste sistema operativo é juntar vários PDF num só.

Para juntar vários PDF num só basta:

  1. Abrir um PDF no Preview;
  2. Abrir a lista de miniaturas (Thumbnails) do PDF;
  3. Abrir um Finder com os PDF que queremos juntar;
  4. Arrastar os ficheiros para a zona de Thumbnails do PDF no Preview na ordem em que queremos que apareça no novo PDF.

Uma nota de cautela. Se instalar software aparentemente gratuito pode levar a surpresas, enviar os nossos documentos para um site pode trazer outro tipo de problemas.

Segurança de Android em 2015

A segurança dos telemóveis Android é um tema que temos abordado várias vezes. Foi também a principal razão que me levou  a escolher o meu novo telemóvel.

A Google disponibilizou esta semana um documento completo sobre a segurança do Android em 2015. A análise do documento revela alguns dados particularmente interessantes, desde já a existência de mais de mil milhões de dispositivos…

A maior ameaça da instalação de aplicações potencialmente perigosas, que danificam o dispositivo e/ou comprometem os dados dos utilizadores. Em média, o Google anuncia que menos de 0.5% dos dispositivos foram afectados por este problema em 2015, mas isso significa que aí uns 5 milhões de dispositivos terão tido um problema desse género… O Google refere o advento de técnicas mais seguras no Android 6, mas neste momento a sua adopção é ainda reduzida. Na verdade, ainda parece ter uma quota inferior a 5%

Como disse, o documento está cheio de dados muito interessantes, embora bastante técnicos. Tem também alguns gráficos muito interessantes, dos quais destacarei um, visível abaixo, e que refere a percentagem de instalação de aplicações potencialmente perigosas, por país. E embora a Google diga que não teve nada a ver com o Stagefright, a verdade é que aconteceu logo depois. A Google refere que esteve relacionado com o Ghost Push, e afectou sobretudo países como a Índia (parece que a legenda do gráfico está mal, retirado do texto do relatório, e daqui) e Indonésia:

Aplicações

Aplicações potencialmente perigosas em Android, por país

Recolha de baterias de portáteis Toshiba

Li uma notícia há dias, sobre a recolha de baterias de portáteis Toshiba, que me deixou simultaneamente preocupado, mas também a querer que essa recolha recaísse sobre o meu equipamento.

Segundo a notícia, há quase 40 modelos afectados, nomeadamente os Portege, Satellite e Tecra. Pelas contas da CSPC (Consumer Product Safety Commission), serão cerca de 100 mil os portáteis afectados nos Estados Unidos e Canadá, não sendo referenciados valores para o resto do Mundo. A CSPC recebeu 4 relatos da ocorrência de sobre-aquecimento e derretimento dessas baterias, mas sem quaisquer ferimentos.

O modelo do meu portátil era um dos referenciados no site da Toshiba dedicado ao tema. mas não está afetado. Por um lado ainda bem, mas como vou ter que substituir a bateria nas próximas semanas, não usufruo da troca grátis…

Ainda assim, se têm um portátil Toshiba dos últimos 6 anos, não deixem de dar uma vista de olhos no site. Podem primeiro procurar por modelo, e se esse estiver na lista, vão ter que dar uma vista de olhos mais de perto à bateria. Porque a segurança é definitivamente muito importante!

Watchface Generator para o Pebble Time

Watchface-generator logo

Watchface-generator logo

O Watchface generator for Pebble é um site que oferece a facilidade de criarem as vossas próprias imagens de relógio a quem não queira aprender a programar para o Pebble. O site tem a versão do editor de watchfaces para o Pebble original e também para o Pebble Time.

Já aqui tínhamos falado do site Watchface-Generator onde podemos usar o seu conversor de imagens para facilitar a criação dos vossos Watchfaces para o Pebble Time, mas ainda não tínhamos dedicado um post a esta facilidade.

O resultado é um relógio digital, com o nosso fundo e outras mudanças de estilo, que incluem cores, tamanho de letra e efeito nos números do relógio.

Esta versão não oferece as mesmas facilidades da versão do editor de watchfaces para o Pebble original. Na versão a duas cores, o gerador de Watchfaces permite muito mais opções, como seja o indicador de bateria e indicador de conectividade Bluetooth.

Os alertas do tempo

Ainda na sequência do artigo sobre o tempo publicado ante-ontem, não resisto a republicar aqui um artigo que li na semana passada no Correio da Manhã. Descreve perfeitamente o que sinto, especialmente quando alguém fala em possibilidade de mau tempo em Lisboa. Quando chove, é sempre uma pequena amostra do que chove a Norte, mas cá descrevem essas situações quase sempre como o fim do Mundo. E eu farto-me de rir… Enfim, o mensageiro não é dos meus preferidos, mas aqui o que interessa é mesmo a mensagem:

A evolução do Mundo tem trazido de facto muitas novidades. Umas mais fascinantes, outras mais delirantes. Entre ambas, está a evolução na comunicação das previsões meteorológicas. De repente, desde há uns anos, passámos a ter quase todos os dias alertas. Amarelos, laranjas, ou, graças a Deus, mais raramente, encarnados.

Uma primeira nota serve para sublinhar que estamos a falar de temas muito sérios, porque, naturalmente, o clima, a meteorologia, o tempo que faz no dia a dia é essencial para a nossa vida. Ora, como é evidente, as comunicações em torno das realidades muito sérias devem merecer todo o cuidado.

Mas o que se tem constatado nos últimos anos? De vez em quando há alertas que o devem ser porque se justificam. Quando estamos perante condições meteorológicas particularmente adversas, com risco para a integridade física das pessoas, aí justifica-se que se use a palavra alerta.

Agora, quando a realidade meteorológica é algo mais ou menos comum, dentro de um tempo normal de chuva ou frio e até de vento, e é feito um alerta amarelo, sinceramente, penso que se entra muitas vezes no campo do exagero. É que a palavra alerta em si mesma indicia alguma perigosidade e queda de aguaceiros que não sejam fortes ou vento de 30 ou 40 km por hora, não penso que justifiquem qualquer tipo de alerta.

Para além do exagero na utilização da palavra alerta, existe outra questão a que temos assistido nos últimos tempos e que, provavelmente, se prenderá com as alterações climáticas. Ainda nas semanas mais recentes se pôde observar que eram feitas previsões de mau tempo, vento forte, trovada, granizo, mas depois, durante o dia, em várias regiões onde se esperavam essas condições adversas, havia céu azul.

Tenho amigos que vivem do turismo, um deles do turismo equestre, e que ficam destroçados e revoltados com essas previsões, que lhes afastam a clientela e prejudicam o negócio. E, hoje em dia, chegam a publicar fotografias no Facebook com legendas a dizer chuva, vento forte ou trovada e com uma imagem de céu azul e tempo calmo.

É que, para além das questões económicas de quem é prejudicado, há também o sossego na cabeça das pessoas. As pessoas só têm más notícias quando ligam as televisões, depois ouvem as previsões meteorológicas e quase sempre há alertas de cor variável. Se houver razões para alertar para tempo perigoso, sim senhor, isso deve ser feito, mas o que se espera de serviços como estes é que tenham contenção, não queiram estar sempre a falar com o público e que sejam moderados.

Compreendemos que com as alterações climáticas seja mais difícil acertar, mas não de um dia para o outro, ou, às vezes, no próprio dia. Posso estar a ser injusto, mas é isso que eu e muitas pessoas com quem falo sentimos nesta nova realidade dos alertas. Isto hoje em dia é muito sensível falar seja do que for ou fazer seja o que for, mas que diabo, ao fim e ao cabo, vivemos em democracia, temos direito a dizer o que pensamos e sentimos.