O que corre no meu Raspberry Pi

Raspberry Pi

Raspberry Pi – Model B

Aqui em casa ainda corre o Raspberry Pi (RPi) model B que comprei faz já algum tempo com um OSMC alterado. Com o tempo e com tanta coisa que faz, dou comigo a concluir que há algumas coisas que ele leva mais tempo a fazer, o que me levou a equacionar comprar o modelo mais recente, o Raspberry Pi model B 2.

Se vier a fazer a mudança para o novo model B versão 2, terei de manter pelo menos as mesmas funções que este RPi que já tanto fez. Assim, aqui fica a lista de coisas que faz neste momento:

  1. Home Theater PC (HTPC) com o OSMC;
    • Organizar vídeos;
    • Organizar música;
    • Ver fotos;
    • Ver IPtv.
  2. Backups automáticos para o Mac com um Time Capsule.

Para funcionar como HTPC, estou a usar o OSMC. A instalação é bastante direta, bastando correr o programa do OSMC que permite colocar a imagem do sistema operativo OSMC no cartão de memória (SD Card) do RPi. Faz-se o download da aplicação na secção de downloads do site OSMC, escolhendo para isso a versão de sistema operativo que vamos usar. Depois é só seguir as instruções.

Após a instalação da imagem do sistema operativo, as primeiras configurações são feitas no ecrã já ligado ao RPi. Um teclado e um rato USB vão dar jeito neste momento. Uma vez a funcionar, a primeira coisa que faço é instalar-lhe a skin SiO2 e alguns add-ons.

Depois disto há que verificar que as bibliotecas de filmes que fui copiando dos DVD estão a funcionar mostrando as capas dos DVD que o próprio Kodi vai buscar à Internet, adicionando-lhe fotografias dos principais atores e outra informação.

Para ter um Apple Time Capsule por um preço mais baixo, têm ainda de criar o disco de backups e configurá-lo.

Mais um ano

Poupar Melhor

Poupar Melhor

Vai entrar um novo ano. Estamos todos de parabéns por termos dado mais uma volta de 365 dias ao Sol. Alguns de nós pouco mais fizeram do que sobreviver. Outros tentaram partilhar experiências e interagir, ajudando os outros a fazer melhor.

Este ano, entre quem visitou o Poupar Melhor, houve quem se interessasse por saber muita coisa, mas a maioria dedicou o seu interesse também a coisas que nem são novidade, nem fazem notícias:

Houve mesmo o ressurgimento inesperado de visitas a artigos publicados em 2013:

A verdade é que o Poupar Melhor sempre foi o bloco de notas de quem por aqui passou. Aprendemos com as perguntas que nos colocaram pessoalmente e isso torna-nos a todos melhores.

Block size em máquinas virtuais

O início do processo de criação de uma máquina virtual minificada foi relatado neste artigo. Como podem ver pela demora, tem sido um desafio difícil. E agora que me aproximava do final, descobri um ponto que me obrigou a recomeçar o processo…

O “block size” é como o nome diz a dimensão de um bloco utilizada nos vários meios de armazenamento utilizados em computadores. Essa dimensão tem vindo a subir e está actualmente em 4KB na maioria dos sistemas de armazenamento.

Uma dimensão de 4KB tem todavia uma implicação muito significativa quando tentamos obter uma máquina virtual de dimensão reduzida: como é a dimensão mínima do que se pode guardar no disco, um ficheiro com um número reduzido de bytes acaba por ocupar esses mesmos 4KB! E um sistema Linux tem uma grande quantidade de ficheiros pequenos, não só durante o período da instalação, como também na sua utilização…

Utilizar um block size mais reduzido tem também outras implicações, uma das quais é o desempenho. Um block size de 4KB favorece a leitura de ficheiros de dimensão elevada. Nos discos recentes, a dimensão mínima dos sectores também já é de 4KB, mas o VirtualBox que utilizo tipicamente continua a utilizar uma dimensão de 512 bytes. Testes posteriores com o hdparm não revelaram todavia uma penalização significativa de desempenho…

Conseguir instalar o Linux Mint com um block size mais reduzido, neste caso de 1KB, não é todavia imediato. Note-se que estas experiências se coadunam com a criação de máquinas virtuais, mas que a sua utilização, em quaisquer circunstâncias, pressupõe que se sabe o que se está a fazer. O que está referenciado abaixo pode variar em função de múltiplos aspectos. Se formatar alguma coisa por engano, não se venha queixar!

Quando se arranca o Live CD de instalação do Linux Mint, antes de começar a instalação propriamente dita, deve-se criar uma partição, seguida de um filesystem. Tipicamente, utilizo o gparted e utilizo sempre o ext4 em Linux. De volta à linha de comandos, reescrevo a partição, executando:

  • sudo mkfs.ext4 -b 1024 /dev/sda1

Para confirmar que o block size é mesmo de 1024 bytes, pode utilizar o comando

  • blockdev –getbsz /dev/sda1

embora possa ter que montar/desmontar o filesystem para reflectir alterações efectuadas.

Depois, pode iniciar a instalação do Linux Mint, escolhendo a opção “Something else” na definição das características do disco. Terá ainda que definir o “mount point” “/” no filesystem criado. Vários alertas vão surgir subsequentemente, mas depois de os ler com atenção, deverá bastar carregar em “Continue” e concluir normalmente a instalação do Linux Mint. No final, terá bastante menos espaço de disco desperdiçado… No meu caso, a máquina virtual final ficou mais de 600 MB mais pequena!

Marteladas Estatísticas

No Mundo em que vivemos, a Estatística é muito utilizada para nos enganar! Andam nos sempre a enganar, sejam os Políticos, sejam os investigadores, os Bancos ou os Anunciantes…

A arte de martelar as estatísticas é bastante conhecida, e quem domina essa arte costuma ser bem sucedido. Por isso, decidimos abrir uma nova etiqueta, marteladas, onde vamos dar alguns exemplos de como martelar as Estatísticas e a Matemática de uma forma geral.

A martelada estatística mais básica é a manipulação da média. O Álvaro Ferro resume isto de forma bastante simples:

  • Duas pessoas têm dois frangos para comer. A primeira come os dois, pelo que cada uma comeu em média um frango. A segunda, eventualmente, morre de fome…

A utilização da média aritmética é problemática por diversas causas:

  • O valor da média é extremamente afectado pela presença de outliers., ie. a presença de um valor, ou um reduzido conjunto de valores, bastante diferentes da grande maioria de valores.
  • O valor da média pode não traduzir nada de concreto. Tal acontece por exemplo quando, no domínio de inteiros, resulta um valor real.
  • O valor da média tende a introduzir um conceito de normalidade, sendo que tal não ocorre em muitos exemplos.

Ainda assim, a média é muito utilizada, pois é fácil de calcular. A sua utilização pode todavia servir múltiplos fins…

166º RPi: o do Raspberry Pi novo do A.Sousa

Podcast do Poupar Melhor

Esta o A.Sousa vem contar-nos as histórias do Raspberry Pi (RPi) 2 model B que está a instalar como home theater PC (HTPC) lá da casa dele. Terminamos a lembrar algumas diferenças entre o RPi model B que tinhamos e a nova versão 2.

Podem aceder aqui à lista completa de episódios do Podcast. O Podcast do PouparMelhor está também no iTunes.

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Poupança portuguesa em mínimos históricos!

Pouco antes do Natal, saiu uma notícia pouco animadora: a poupança das famílias renovou mínimos históricos no terceiro trimestre deste ano que está a acabar!

Segundo os dados do INE, “a taxa de poupança diminuiu para 4,0% (4,8% no trimestre anterior), o que corresponde ao valor mais baixo desde o primeiro trimestre de 1999“. Tal significa que no ano que acabou em Setembro deste ano, os portugueses pouparam 4 euros em cada 100 euros.

Para o INE, a redução da poupança deveu-se a um aumento do consumo, conjugada com uma ligeira diminuição do rendimento. Todavia, acho que falta aqui um pouco a perspectiva dos valores muito baixos da Euribor, com influência nas taxas de juro dos depósitos a prazo. Afinal, o que o Banco Central quer é que consumamos mais, pelo que a grande maioria lhes está a fazer a vontade…

Evolução da poupança das famílias portuguesas