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Wearables, iCoisas e outras coisas que nos podem fazer perder muito tempo e abdicar de alguns direitos

Wearable computer evolution

Wearable computer evolution

Já tinha dito ali no outro site o que achava pessoalmente dos Wearables, relógios e coisos. Muitos destes equipamentos dependem de delegarmos a responsabilidade da guarda da informação que recolhem em sistemas na chamada Cloud. Os Wearables não são apenas relógios e óculos. São eletrónica enfiada na nossa roupa, chaveiros, mesmo debaixo da nossa pele ou num cartão com um chip identificador por rádio frequência.

A não ser que sejam um maluquinho da tecnologia, um Geek, como eu, tenho pena do vosso amigo que percebe de computadores quando comprarem um destes gadgets. Vai passar muitas horas a explicar-vos porque é que o Facebook e o Google ficaram a saber que vocês tinham dormido menos esta semana.

Sabem aquele problema no vosso computador quando estão a tentar enviar aquele email que fica encravado no Outbox? Sabem aquela aplicação de video que encrava tudo e o computador fica congelado? E aqueles dados que pensavam ter guardado, mas que desapareceram sem deixar rasto? Conhecem estes problemas? Vão passar a andar com eles agarrados ao corpo porque se estão a pensar comprar uma coisa destas, um computador é o que vão agarrar ao corpo.

Vamos por um momento ignorar que esta Cloud é na realidade um computador a correr num sitio qualquer com uma legislação que pode nem ser compatível com a nossa em paradigmas de sociedade que nem compreendemos. Esta ação redunda sempre numa transferência de poder do utilizador para o prestador desequilibrando a balança para o lado de quem ainda hoje presta mau serviço com a desculpa que as regras de quem compra são muito complexas.

Vamos por um momento esquecer que os nossos telemóveis já fazem hoje muito mais do que gostaríamos que fizesse sem muitas vezes termos forma de nos vermos livres disso sem ficarmos sem telemóvel.

Vamos por um momento ignorar que as nossas televisões também já fazem uso de informação que nem nos apercebemos que fazia. Que permitirmos aos fabricantes aceder a essa informação para “melhorarem o produto”. Que o produto nunca irá mudar por ser fisico. Que as “funcionalidades para melhorar a experiência” que nos oferecem podem colocar-nos numa situação mesmo muito difícil com as autoridades porque os nossos equipamentos podem ser utilizados para lançar um ataque informático que não irá deixar qualquer rasto para nos defendermos. Que estas coisas só acontecem porque se fosse garantido que teríamos registo para nos ilibar, também teríamos um para provar o que os fabricantes fazem com os nossos equipamentos que não estão muito interessados que saibamos.

Vamos por um momento esquecer que se não aceitarmos as condições de uso que nos são apresentadas apenas após a compra do produto, o produto deixa de funcionar. Que a publicidade ao produto nada indica sobre quais as funcionalidades que deixam de funcionar se não aceitarmos o End Users Licence Agreement”.

Vamos apenas pensar na questão do esforço contra o resultado. Muitos destes gadgets definham do mesmo mal: Consumo de energia. Todos os estes equipamentos necessitam de muita energia para funcionar. Esta energia tem de lá ser metida de alguma forma. Vamos ter de delegar no equipamento alguma função ou poderá ser apenas um algo redundante. Vamos ter de configurar e gerir os vários softwares que existem no equipamento. O equipamento é extremamente dependente do funcionamento deste software.

Caixa para o Raspberry Pi feita de uma antiga caixa de cassete VHS

Caixa para o Raspberry Pi feita de uma antiga caixa de cassete VHS

Caixa para o Raspberry Pi feita de uma antiga caixa de cassete VHS

Fui visitar a Lisbon Mini Makers Faire onde encontrei excelentes ideias. A caixa para o Raspberry Pi que vêem na foto é feita de uma antiga caixa de cassete VHS. Alguns de vocês podem nunca ter visto uma caixa destas na vossa vida, mas em minha casa havia muitas e em casa da minha avó ainda há. A ideia de guardar lá dentro tudo o que o Raspberry Pi necessita pareceu-me muito interessante e bem mais barata que todas as caixas impressas em 3D que havia na feira.

As cassetes VHS eram o formato mais comum de gravação de vídeo e permitiram-me manter durante muito tempo aquilo que hoje temos por garantido nos nossos computadores ou na box do nosso operador de televisão por cabo: as gravações dos nossos filmes preferidos.

Cá em casa já não tenho nenhuma destas caixas de cassetes VHS, mas aposto que em casa da minha avó ainda vou encontrar muitas. Hoje é dia de pedincha à avó e o neto quer uma caixa vazia.

A colectivização do Zé Povinho

Mais um roubo?

Mais um roubo?

Portugal é um país de atrasados, porque somos de facto atrasados. Eu, ainda estou por cá, e por cá penso continuar. Mas as esperanças de que o País dê a volta estão esfumadas.

A mais recente prova está relacionada com a taxa da Cópia Privada, que já referenciamos em vários artigos. Vai aparentemente ser aprovada hoje (o leitor ainda pode fazer alguma coisa!). Num país de velhos do restelo, já nada me admira, especialmente depois de ter visto o Prós e Contras da passada segunda-feira e ouvido parte do Fórum TSF de quarta-feira.

Há muitos argumentos contra esta taxa anacrónica e estupidificante, mas quem a apoia deve meditar profundamente nos exemplos abaixo. O ridículo mistura-se com a realidade, e quem está a favor de um exemplo não pode estar contra os restantes:

  • A taxa da cópia privada é como a taxa da televisão: não interessa se tem TV em casa, ou se nunca vê a RTP: paga à mesma!
  • Em França, em 1845, Frédéric Bastiat advogava uma petição pelos fabricantes de velas, produtores de sebo, e coisas que tal, para que se taxasse a luz solar, que tanto prejudicava esses fabricantes;
  • Nos EUA, no ano passado, alguém propôs taxar o correio electrónico para salvar os CTT lá do sítio. Tipo um centésimo de um cêntimo por email
  • Num comunicado da  Sociedade de Autores de Culinária e Afins, os Chefs indignam-se com a cópia privada que se faz na Internet das receitas culinárias. Eles também querem uma taxa…
  • Pedro Veiga, no Prós e Contras da passada segunda feira, referiu as taxas que os ferreiros requereram quando surgiram as primeiras rodas de automóveis. Mais felizes ficaram quando perceberam que também podiam sacar dos pneus utilizados nos aviões, apesar de ainda não haver cavalos voadores… Infelizmente não encontrei um link para esta, mas é só ver o Prós e Contras.
  • Por falar em cavalos, em meados do século XIX, em Inglaterra, os autocarros a vapor, foram forçados a andar mais devagar para não prejudicar o negócio dos transportes a cavalo. A partir de 1861, a velocidade de tais avanços tecnológicos foram reduzidas a 8 Km/h, e quatro anos depois a apenas 3 Km/h, sendo adicionalmente obrigatório que um homem caminhasse à frente do autocarro a abanar uma bandeira vermelha…
  • A taxa/imposto da cópia privada é uma medida colectivista de um governo dito liberal. O PCP é que não podia ficar fora da convergência de extremos políticos e apresentou uma alternativa:o mecanismo CCCCCCCCCCCCCP (Compensação Constitucional pela Colectivização Capitalista dos Criativos Criadores Culturais sobre os Computadores e Comunicações dos Cidadãos Consumidores de Conteúdos e suas Cópias Privadas).
  • O ex-Presidente Francês Sarkozy propôs, em 2008, taxar a Internet e os telemóveis com uma “taxa infinitésima”, para compensar a Televisão Pública francesa pela perda de espectadores para as outras televisões.

Não se riam, porque isto é muito sério. Mas se arranjarem mais alguns exemplos, deixem-os nos comentários abaixo.

NOTA: Este artigo foi alterado para incluir mais um exemplo. Outros poderão seguir-se.

Enviar videos do Firefox para o XBMC

Send to XBMC

Send to XBMC

Se querem utilizar o vosso XBMC em todo o seu esplendor têm de ter esta facilidade de enviar vídeos do Youtube para o XBMC.  O Add On permite partilhar com a família aquilo que estão a ver no Firefox do vosso computador, mas principalmente o que estão a ver no Youtube:

Querem ver um vídeo do pai a cortar-se enquanto faz a barba?

O Youtube é uma das origens dos vídeos mais comum hoje em dia. O envio é feito do browser com o Add on Send to XBMC. Após instalarem o Add on só têm de dizer qual é o IP do vosso XBMC e têm vídeos do Youtube a correr diretamente no XBMC. Se ainda não tiverem o Add On do Youtube instalado, será sugerido que o façam.

Porque é que isto é importante? Essa é fácil. Experimentem procurar um vídeo no Add on do Youtube usando o comando remoto da televisão e descobrem a quantidade de tempo que perdem.

Smart TV Philips faz… coisas

Anúncios na TV

Anúncios na TV

Depois do que já aqui fomos dizendo do Espião na Televisão, de como se podem tornar um zombie sem deixar rasto que os estragos não foram feitos por nós e de ficarmos a saber que há conversas entre a televisão e o fabricante sobre nós das quais não sabemos o conteúdo, ficamos a saber que a festa não acaba aqui.

Quando partilhei com o A.Sousa que tinha finalmente iniciado a cusquice sobre as conversas da minha televisão com o fabricante, o interesse dele sobre o tema apontou-nos para este site onde o trabalho do autor Koen Van Impe nos dá ainda mais informação sobre o potencial para o desastre da televisão Philips.

Segundo o autor, a televisão Philips tem algumas vulnerabilidades comuns a outros equipamentos porque estas estão no software que lhe foi instalado. Um defeito que vamos começar a ver surgir novamente. Tanto eu como o A.Sousa já passámos tempos infindos a lutar profissionalmente contra estes defeitos de desenvolvimento, mas aparentemente vamos ter de repetir tudo novamente.

Da análise rápida das comunicações que intercetei de e para a minha televisão, já sei que:

  1. Quando a ligo ela liga para o fabricante;
  2. A comunicação com o fabricante envia uma forma de identificador único da minha televisão e um pacote não decifrável de informação;
  3. Algumas das aplicações disponíveis para a televisão permitem aceder à informação que é enviada para a televisão usando acessos que não verificam a identidade do servido.

Tudo isto é um potencial para o desastre. Cada dia que a televisão está ligada à internet, um pacote de informação pode ser carregado e com isso subverter o seu funcionamento.

Murphy, Zonhub e o Raspberry Pi lá de casa

Caixa de Lego para o Raspberry Pi por @designerferro

Caixa de Lego para o Raspberry Pi por @designerferro

Se alguma coisa pode correr mal, então vai correr mal. Esta é a Lei de Murphy. Aqui no Poupar Melhor temos a nossa quota de desafios da superstição de engenheiros. Costumamos referi-la, mas desta vez quero partilhar convosco algo que pode ir para além da Lei de Murphy. Os ficheiros que serviam o Raspberry Pi cá de casa a partir do Zonhub deixaram de funcionar e aparentemente o Zonhub também, algo que não sabia se estaria relacionado.

O meu prestador de comunicações eletrónicas, um nome pomposo para fornecedor de comunicações, é uma empresa a quem já disse que sou mudaria se fosse obrigado a isso. A experiência que aqui partilho poderá mesmo ter sido uma exceção e não significante para o total da prestação dessa empresa, pelo que só pode ser considerada apenas isso e não uma tentativa de generalização.

Desde o dia 16 de Julho que o Zonhub, o nome que dão ao equipamento que colocam na nossa casa para fazer a ligação da minha rede interna privada com a rede do fornecedor, e daí para as outras redes, começou com comportamentos estranhos. Primeiro tornou-se lento e depois começou a prestar serviço de forma intermitente. Os dados recolhidos pelo Samknows não me mentem. Os dados de diagnóstico de rede também não. O disco partilhado deixou de aparecer na rede e o equipamento parecia reiniciar-se sem razão a cada minuto. As luzes apareciam, mas os serviços íam desaparecendo até que o equipamento desaparecia da rede. Os equipamentos perdiam a ligação ao Zonhub.

Passado uns minutos, o Zonhub voltava a aparecer. O acesso WiFi e por cabo era reestabelecido, mas tudo só para voltar a repetir a dança… Degradação de serviço até que tudo desaparecia.

Verifiquei tudo: os cabos, as configurações… Desliguei e voltei a ligar… até que tive telefonei para a linha de apoio do fornecedor. Quando comecei a falar e referi que estaria a pagar a chamada para um problema que era da responsabilidade do fornecedor, para minha surpresa, do outro lado da linha ofereceram-se para ligar-me. Isto e a prontidão com que me enviaram o técnico a casa foi muito positivo.

Quando não conseguiu diagnosticar o problema pelo telefone, o fornecedor enviou uma equipa técnica a casa. Substituíram os cabos entre o equipamento e a tomada de parede porque, diziam, já não se usavam cabos daqueles. Substituíram a box da Televisão e a de ligação à internet por umas novas com um logótipo novo da empresa.

Não entendo muito bem porque alterariam o equipamento se o problema não fosse daí… O meu XBMC cá de casa sempre usou o disco partilhado na box. Desde que liguei o Raspbmc que o disco passou a ser parte fixa do conjunto.

Antes de sair, eu e o técnico do fornecedor fizemos todas as verificações possíveis. Ligámos e desligámos tudo. Verificámos os tempos de acesso entre equipamentos. Ligámos e usámos vários equipamentos à rede por cabo e Wifi. Tudo estava bem, pelo que o considerámos o episódio corrigido. O único senão foi o Zonhub ter atribuído a letra A ao disco, coisas do Windows, em lugar da antiga letra E. Isto tinha impacto no XBMC e por isso tinha de ser corrigido.

Na manhã seguinte, fui verificar a configuração. Desliguei a partilha de impressoras, coisa que não há cá em casa. Quando liguei a partilha UPnP dos ficheiros multimédia, a dança recomeçou. Primeiro degradação do acesso à internet, com degradação do acesso à página do Zonhub, para no final acabar sem acesso a coisa nenhuma. O equipamento parecia desligar-se e voltar a ligar.

Dança do Zonhub

Dança do Zonhub

Mas desta vez a coisa agravou-se. O equipamento quase que desaparecia. O disco, depois de removido do Zonhub deixou de ter ficheiros disponíveis e a internet desapareceu para todo o sempre… E é aqui que entra o Murphy: quando no meio disto tentei corrigir o disco, carreguei acidentalmente numa daquelas odiosas mensagens que os sistemas operativos nos mostram a perguntar se quero formatar o disco. Como tinha outro disco que ía realmente formatar ligado, lá carreguei a dizer que sim… Perdi os meus ficheiros todos.

Hoje escrevo já com tudo resolvido por mim. Os discos passaram a estar todos ligados ao Raspbmc pelo Hub USB e o Zonhub tem os serviços de partilha de disco e UPnP desligados. Parece que funciona, mas não era assim que funcionava.