Para deixarem de ouvir a mensagem de portabilidade quando ligam para um número portado, basta consultarem a página do regulador português das comunicações, a ANACOM. No seu site têm uma página com instruções de todos os prestadores de como remover esta mensagem. Basta darem um salto até lá e lerem a parte que se aplica ao vosso prestador de telefone móvel.
Eu nunca me tinha dado ao trabalho de procurar como é que se desligava esta mensagem. Não queria propriamente que os outros a deixassem de ouvir, mas não queria continuar a ouvir a mensagem pois muitos dos meus contactos andaram a portar os seus números por razões várias.
Também gostava que quando me ligassem, os meus amigos mais graçolas deixassem de fazer aquela piadola “Então agora pertences à [Nome do prestador]?!”, mas isso vai ser mais difícil e aparentemente a ANACOM não teve preocupações com as pessoas de piores graçolas, embora tenha tido em conta as preocupações de pessoas de menores recursos com a criação da mensagem de portabilidade.
A mensagem que ouvimos no telefone quando ligamos para um número portado era para mim uma daquelas coisinhas chatas, mas que até compreendia. De cada vez que ligava para um número portado, lá vinha a menina a dizer “…está a ligar para um assinante que agora…” para avisar quem paga a conta que esta pode ser afetada por ligar para outra rede. Afinal de contas nem todos temos preços fixos por chamada para qualquer rede ou chamadas carregadas no cartão pré-pago para suportar um telefonema para fora da rede de números pré-definidos.
Se há dias em que precisamos que nos lembrem como funciona um país, esses dias são quando aqueles em que não nos lembramos das necessidades dos outros cidadãos. Um país é uma coisa complicada, cheio de cidadãos com necessidades diferentes e que obriga a ter legislação que muitas vezes não foi escrita para os fracos de coração. A legislação está cheia de exceções, interpretações, mas se for feita tendo como objetivo corresponder às ansiedades de todos os cidadãos, há para lá coisas que não lembrariam ao comum dos cidadãos.
{ Comments are closed! }