Aqui no Poupar Melhor somos apreciadores de gráficos como forma de representar os dados. A imagem traduz uma análise de forma sintética e deve permitir pela visualização dos dados reduzir o esforço da interpretação.
O gráfico apresentado é retirado do livro “The Craft of Research”, literatura quase obrigatória para quem queira trabalhar em desenho de pesquisa. Os autores explicam sobre os vários tipos de gráficos e como devem ser utilizados.
Os gráficos devem facilitar a forma de pensar. Algumas pessoas conseguem visualizar os dados apenas pela leitura dos números, mas a realidade é que este instrumento apoia nessa visualização. A literatura aconselha a usar estas representações para quando os números efetivos são menos importantes do que a ideia global.
A escolha do modo de apresentação dos dados com um gráfico deve cumprir alguns preceitos de forma a com a imagem não deturpar os factos em favor de uma narrativa.
O que não pode acontecer é os gráficos serem apresentados a deturpar a análise possível dos dados. Isto acontece por várias razões e objetivos, mas tem mais casos com a moda de criar infográficos para tudo e para nada. Aqui o gráfico deixa de ter a função original para passar a ter uma função de apelo de estilo.
A @Shyznogud tem um olho clínico para estas coisas e disto deu nota sobre um conjunto de gráficos na edição de um jornal português. O caso não era único nessa edição. Isto é preocupante na medida em que alteramos o nosso raciocínio com base nas análises que fazemos dos dados. Devem estes dados ter direito a maior atenção de todos quando olhamos para os gráficos que nos são apresentados.
Como não podemos gerir o que não conhecemos, se olharmos para os dados através de um gráfico deturpador dos factos, dificilmente iremos tomar as decisões corretas.
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