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Valores NPK

Quando compramos adubo ou qualquer outro produto que constitua “alimento” para as plantas, os valores NPK devem ser sempre equacionados com atenção. O termo NPK vem das iniciais dos elementos químicos Azoto (N), Fósforo (P) e Potássio (K).

As plantas, cujo “alimento” principal é a água (H20) e dióxido de carbono (CO2), para efetuar a fotossíntese, precisam no entanto de outros nutrientes. E os nutrientes NPK são os principais, sendo essenciais para as seguintes vertentes:

  • O azoto (N) é sobretudo responsável pelo crescimento das folhas das plantas.
  • O fósforo (P) é o que contribui para o crescimento das raízes, e o desenvolvimento das flores e frutos.
  • O potássio (K) é o nutriente da qualidade, contribuindo para o tamanho, cor, sabor, etc.

Dos valores NPK há que saber essencialmente dois aspetos:

  • Quanto maior são os valores, maior é a concentração do nutriente. Assim, um NPK de 10-10-10 tem o dobro de nutrientes de um 5-5-5, quando comparado o mesmo peso.
  • O valor de N representa a percentagem de peso de azoto. Assim, um NPK de 10-10-10 significa que existem 100 gramas de azoto por quilo. Os valores de P e K estão relacionados percentualmente, mas a conversão não é linear, conforme pode ver neste artigo.

Os valores de NPK aplicam-se quer a adubos químicos, quer orgânicos. Alguns destes últimos não têm esta informação, pelo que deverá estar atento à sua possível qualidade.

Em termos téoricos, deveria conhecer a composição do seu solo, antes de adicionar nutrientes. É como uma planta que já tenha água: não precisa mais. Se o solo já tem um dos nutrientes, só precisará dos restantes. Adicionalmente, determinados nutrientes serão mais importantes em determinados momentos do crescimento das plantas, mas esta e outras vertentes analisaremos em artigos subsequentes.

Flower Power uns meses depois

Há cerca de três meses ofereceram-me um Parrot Flower Power. Como referi no artigo da Internet das Flores, é um aparelho interessante, e permite-me acompanhar o crescimento da minha roseira…

Passados estes três meses, tenho gráficos mais completos, como se pode ver abaixo. No primeiro, relativo à temperatura, podemos observar uma subida sistemática das temperaturas. Note-se que os valores muito elevados resultam da exposição do sensor directamente à luz solar. Note-se igualmente a subida das temperaturas mínimas, por duas ocasiões, nas últimas semanas:

Temperatura nos últimos três meses

Temperatura nos últimos três meses na minha roseira

Em termos de humidade, a mesma tem-se mantido estável. À custa de uma rega praticamente diária. Naqueles dias em que me esqueço, os valores descem rapidamente… Ainda assim, tenho conseguido manter níveis de humidade particularmente estáveis ao longo das últimas semanas:

Humidade no solo da minha roseira

Humidade no solo da minha roseira

Internet das Flores

Há umas semanas, ofereceram-me um Parrot Flower Power. É um gadget giro, que se “planta” junto a uma planta, num vaso, ou numa qualquer parte de um jardim. Depois, é só conectá-lo a um dispositivo Bluetooth… A partir daí, a minha roseira ganhou um companheiro!

Agora, de vez em quando, aproximo o meu telemóvel da roseira, e num instante fico a saber como é que ela está. O Flower Power dá-me várias indicações, desde a temperatura que tem estado, o nível de luminosidade, e o nível de humidade no solo, entre outras coisas.

No gráfico a seguir podemos ver o nível de humidade no solo, das últimas duas semanas. É a variável mais interessante para mim, até porque era aquela que eu teria mais dificuldade em medir. Notem que na primeira metade o nível de humidade foi descendo, até que decidi começar a regar. O gráfico termina no Sábado passado, depois da grande chuvada, mas mesmo assim não se ultrapassou significativamnte os 40%:

Nível de humidade nas últimas 2 semanas

Nível de humidade nas últimas 2 semanas

Também dá a temperatura, neste caso da sexta-feira passada:

temp

Temperaturas a 6 de Maio

Finalmente, abaixo podemos observar um gráfico de luminosidade, correspondente à sexta-feira passada:

lumi

Luminosidade a 6 de Maio

Nunca espreito o preço daquilo que me oferecem, mas neste caso tive curiosidade. Apesar de não ser muito económico, não é terrivelmente caro. Por aquilo que faz, é bastante interessante. E é mais um exempo do que o IOT (Internet of Things), ou neste caso o IOF (Internet of Flowers), está mesmo ao virar da esquina…

Ataques de vespas

Porque é que as vespas parecem atacar quando atingimos uma delas? É uma pergunta simples, a que a Sociedade Americana de Química deu uma resposta simples, conforme podem ver no vídeo abaixo.

Segundo o vídeo, as vespas e as abelhas libertam feronomas que funcionam como alarme para a colónia. Quando uma espeta, liberta simultaneamente o químico que desencadeia o ataque. E quando uma é morta, a colmeia reage! Tal explica também porque a fumigação aparentemente funciona tão bem:

Agrodok – documentos sobre aspectos agrícolas

De vez em quando descobrimos autênticas preciosidades. Ontem foi o caso com os documentos Agrodok, uma coleção muito significativa de documentação sobre questões agrícolas.

Ainda não tive muito tempo para digerir os documentos, na verdade só tendo lido dois deles. Mas foi o suficiente para perceber que a informação que transmitem é muito interessante!

É verdade que podem estar um pouco desactualizados, e estando essencialmente associados à agricultura em África, podem não ter muita aplicabilidade. Tem ainda aquele aspecto mais antigo, pelo facto das primeiras edições terem sido escritas há décadas atrás.

As publicações são editadas pela Fundação Agromisa, cujo site tem ainda informação adicional. Abaixo listo os Agrodok que consegui encontrar traduzidos em Português, mas não são todos. Os que for encontrando, vou colocando. Se não encontrar, porei a lista dos que faltam em inglês.

Agrodok
Criação de porcos nas regiões tropicais
Maneio da fertilidade do solo
Conservação de frutos e legumes
Criação de galinhas em pequena escala
A fruticultura nas regiões tropicais
Levantamentos topográficos simples aplicados às áreas rurais
Criação de cabras nas regiões tropicais
Preparação e utilização de composto
A horta de quintal nas regiões tropicais
A cultura de soja e de outras leguminosas
Luta contra a erosão nas regiões tropicais
Conservação de peixe e carne
Criação de gado leiteiro
Piscicultura de água doce em pequena escala
Agrossilvicultura
A cultura do tomate
Protecção dos grãos de cereais e de leguminosas
Propagação e plantio de árvores
Criação de coelhos em quintais, nas regiões tropicais
A piscicultura dentro de um sistema de produção integrado
Produção de alimentos de desmame em pequena escala
Culturas protegidas
Agricultura urbana
Comercialização destinada a pequenos produtores
Criação e maneio de pontos de água para o gado da aldeia
Identificação de danos nas culturas
Pesticidas – compostos, usos e perigos
Protecção não química das culturas
Armazenamento de produtos agrícolas
A apicultura nas regiões tropicais
Criação de patos nas regiões tropicais
Melhoria da incubação de ovos e criação de pintos
A utilização de burros para transporte e lavoura
A preparação dos lacticínios
Produção de sementes em pequena escala
Iniciar uma cooperativa
Produtos florestais não-madeireiros
O cultivo de cogumelosem pequena escala
O cultivo de cogumelos em pequena escala – 2
Produtos apícolas
Recolha de água da chuva para uso doméstico
Medicina etnoveterinária
Mitigação dos efeitos do VIH/SIDA na agricultura de pequena escala
Zoonoses
A cultura de caracóis
A exportação de produtos orgânicos
Panorama das Finanças
Acondicionamento de produtos agrícolas

 

Agrodok (Inglês)
Granaries
Water harvesting and soil moisture retention