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A importância da poupança de água

A principal motivação para pouparmos, e aquela que mais evidenciamos no Poupar Melhor, está associada ao benefício que retiramos do acto de poupar. Mas, por vezes, para além desse benefício, podemos alcançar outras vantagens importantes, num contexto de Sociedade.

Vem isto a propósito da seca que se instalou neste País nos últimos meses, e que pode dificultar a forma como habitualmente vivemos. E enquanto alguns esperam que chova, os leitores do Poupar Melhor podem desde já ajudar a contribuir para a poupança desse recurso escasso que é a água!

Na nossa tag sobre a água temos referenciado algumas técnicas de poupança, bem como contabilizado os consumos habituais. Temos recebido igualmente dicas muito interessantes dos leitores, estando a implementar as recebidas neste artigo.

Na verdade, a nossa Sociedade tem um consumo excessivo de água. Basta ver na sua factura da água quantos metros cúbicos consome por mês: visualize depois quantos desses cubos de um metro de aresta, cheios de água, consome ao fim de um mês. Irá rapidamente perceber que tem muito por onde começar a poupar, quer para a sua carteira, quer para evitar o desperdício deste recurso, que vai ser muito escasso durante os próximos meses…

Como a humidade se propaga

A humidade propaga-se em nossas casas, para dentro ou para fora, em três formas distintas:

  • correntes de ar
  • transferências de calor
  • difusão através de materiais

Destas três formas, as correntes de ar são responsáveis por 98% dos movimentos de humidade. O ar move-se naturalmente de uma zona de maior pressão para uma de menor pressão, normalmente nas nossas casas através de buracos e fendas. Nesse sentido, a obstrução desses buracos e fendas inpede essas circulações de ar e potencialmente humidade.

As outras duas formas, por transferências de calor e difusão através de materiais, são muito mais lentas, mas implacáveis. Os edifícios modernos, com os materiais de construção mais recentes e melhores isolamentos, contribuíram para baixar significativamente a importância destes dois factores.

Como vimos neste artigo, em que falamos sobre a formação da condensação há muitas situações que levam à formação de humidade em nossas casas. Para minimizar a propagação de humidade, temos várias opções, mas uma das mais eficientes passa pela redução da humidade, o mais rapidamente possível. Como é fácil de perceber, o aumento da temperatura também reduz as hipóteses de condensação dessa humidade. A ventilação é igualmente uma opção, mas devemos ter em atenção que, por vezes, a humidade relativa exterior também é elevada…

Podcast do Poupar Melhor – 2ª emissão

Poupar Melhor já está no iTunes

Desta vez conseguimos produzir o episódio em menos tempo que da última vez, mas este tem mais tempo de duração que o anterior porque me esqueci de ligar o cronometro quando iniciámos a gravação.

Falamos sobre Arejar a casa e a criação das humidades das casas, Gaiolas de Faraday e a Bento para levar o almoço para o trabalho, mas também sobre coisas que ainda não publicámos como Wifi e Obsolescência programada.

O podcast já está inscrito no iTunes para ser listado na diretoria. Para subscreverem diretamente podem usar o url http://www.pouparmelhor.com/podcast/.

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Como se forma a condensação?

A condensação ocorre numa superfície sempre que a temperatura dessa superfície é inferior à do ponto de orvalho do ar envolvente. A humidade relativa no ar vai aumentando à medida que o ar arrefece, e chega a uma temperatura na qual satura, não suportando mais humidade: esse é o ponto de orvalho.

Quando a temperatura baixa, e o ar não consegue aguentar toda a humidade, essa humidade irá migrar para as partes mais frias da casa, e condensar nas paredes, janelas, etc.

Para perceber o problema da condensação, é preciso perceber primeiro donde vem a humidade. Numa casa, uma pessoa pode produzir dois litros de humidade por dia, atraves dos duches, banhos, cozinha e respiração. Para além da respiração, há que contar igualmente com o suor; em casos limites, pode-se produzir um litro de suor numa hora… Numa casa com quatro pessoas, pode-se produzir mais de 50 litros de humidade por semana, e essa humidade tem que ir para algum lado…

Nas casas modernas, com menos fugas de ar, o problema da humidade coloca-se de forma mais premente. Tal provoca os problemas de condensacção referidos, que colocam problemas às paredes, um ar de menor qualidade, e possível desenvolvimento de bolor e fungos. Um problema que queremos evitar e que abordaremos em próximos artigos.

Quanto custa um banho?

Munido da técnica de contabilização de consumos de água e gás que referimos anteriormente, verifiquei este fim de semana qual o consumo de água e gás durante um banho. Já sabíamos que mais de metade do primeiro minuto era um desperdício, mas ainda não tínhamos contabilizado o restante.

Um banho típico demorou-me 5 minutos e dez segundos. No Inverno, os banhos duram um pouco mais, e gasta-se um pouco de água a mais, porque se aproveita para aquecer… Durante esse tempo, utilizei 49,6 litros de água, e foram consumidos 0,223 m3 de gás no aquecimento da água. Isso significa um consumo de 9,6 litros de água por minuto, e de 0,043 m3 de gás por minuto.

Segundo os preços da água cá do concelho, a água do banho custa, no escalão mais baixo, 0,0496×0,5274 = 2,62 cêntimos de euro. Mas não se esqueçam que o custo da água é apenas uma parte da factura da água, e como vimos anteriormente, no nosso caso de apenas cerca de um terço do valor final… O valor final da água será por isso de cerca de 2,62/0,324 =  8,09 cêntimos de euros. Em termos de gás, o cálculo é muito mais difícil, como já havíamos observado neste artigo. E está envolto em contas misteriosas. Mas, se utilizarmos os valores cobrados na factura, o custo é de aproximadamente 0,223×0,70 = 15,61 cêntimos de euro. O custo total do banho foi, por isso, de cerca de 8,09 + 15,61 = 23,7 cêntimos de euro.

Como reduzir este custo, sem deixar de usufruir desta comodidade, será tema de próximos artigos.

Custo da água

Muitos de nós não olhamos com a devida atenção para as facturas da água. Talvez por serem tipicamente inferiores, em valor, às da electricidade, não procuramos verificar como podemos contribuir para a sua diminuição. Também a poupança da água é um tema menos difundido que a poupança da energia eléctrica.

Um dos primeiros pontos mais importantes sobre o custo da água é que ele varia significativamente de concelho para concelho. Reparem como os custos da água são tão diferentes, mesmo na zona metropolitana de Lisboa (eg.   Montijo, Loures, Lisboa, Oeiras/Amadora). Nos quatro exemplos observados, os custos para, por exemplo, un consumo de 5m3 num mês, variam entre 0,91€ em Lisboa e 2,64€ em Loures. A partir dos 5m3, o preço dispara em todos os concelhos… Há, por isso, motivações diferentes para a poupança de água!

Mas tal como na factura da electricidade, na factura da água não paga apenas a água. Paga por consumi-la e por ser necessário tratá-la nas ETARs, depois de a consumir. E no nosso caso ainda pagamos taxas de resíduos sólidos, taxas de recursos hídricos e taxas de gestão de resíduos. Tudo isso indexado ao consumo de água. Ou seja, se consumir menos água, os serviços pensarão que deixará de ter menos resíduos. Num exemplo de uma factura de um dos meses anteriores, o nosso custo da água foi apenas 32.4% do total da factura!

A poupança da água é por isso muito preciosa para a sua carteira! Poupar um metro cúbico significa deixar de pagá-lo a uma taxa muito mais elevada, e significa que poupará nas taxas associadas. No nosso caso, o último metro cúbico consumido o mês passado significou um custo de mais de 5 euros!