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Quanta água consome o autoclismo?

O consumo de água de um autoclismo é bastante relevante numa típica habitação portuguesa. Basta pensar quantas vezes descarregamos o autoclismo, para percebermos que muita água é aí desperdiçada.

Num artigo anterior observamos como é fácil medir o consumo de água cá em casa. Os nossos autoclismos possuem um sistema de dupla descarga, e estamos habituados a premir aquele que dá a descarga mais pequena. O consumo é de 3 litros por descarga, um valor que me parece adequado, dado existirem autoclismos com descargas várias vezes superior.

Ainda assim, há várias formas de reduzir o consumo de água na sanita. Uma velha técnica é meter dentro do autoclismo uma garrafa de plástico grande, cheia de água, mas certifique-se que não interferirá com o mecanismo de descarga, ou que não lhe cause problemas no futuro. Assim, em cada descarga, poupa-se o volume da garrafa que está submersa. Ajustar o mecanismo de descarga é igualmente outra forma de reduzir o consumo de água. Há ainda autoclismos manuais, que nos permitem regular a quantidade de água descarregada. Gosto muito destes sistemas, mas estão hoje em desuso. Melhor ainda são alguns sistemas que utilizam a água de lavagem das mãos, como a imagem acima documenta (retirada daqui), mas confesso que deve ser pouco prático…

Fugas de água e gás

Aqui há uns tempos tivemos um problema de fuga de água na sanita. O mecanismo de carga tinha uma pequena ruptura, o que causava um fluxo constante de água, embora pequeno. Nesse caso detectamos o problema porque a água corria para dentro da sanita, sendo visível no seu fundo a movimentação de água. Mais recentemente, a torneira da banheira começou também a ter uma pequena fuga.

Nestes casos, foi possível detectar e corrigir os problemas. Todavia, em alguns casos assim pode não acontecer, ou porventura passarem despercebidos. Assim sendo, agora utilizo um método que me permite verificar se há fugas de água e gás: registar os valores dos respectivos contadores durante uma ausência mais prolongada.

Curiosamente, a resolução (e espero que também precisão) dos contadores de água e gás cá de casa é relativamente melhor do que esperava. Em termos de água, a resolução é de 0,2 litros, enquanto em termos de gás é de um litro. Para além de detectar possivelmente fugas (ainda não detectei nenhuma por esta via), também permite monitorizar o consumo de água e gás cá em casa. A isso voltaremos em próximos artigos.

Cauções da luz, água e gás

Até 1999, era norma as empresas de electricidade, água e gás, cobrarem uma caução como garantia do cumprimento do serviço. Nesse ano de 1999, o Governo decidiu proibir a cobrança das cauções, e desde então para cá bastava dirigirmo-nos aos prestadores para ter direito à devolução.

Desde 2007, o processo é gerido pela Direcção Geral do Consumidor (DGC), que tem uma listagem dos montantes indevidamente cobrados, com um Fundo do Consumidor com uma dotação de 19 milhões de euros. Para isso, e se estiver nas condições acima referidas, o consumidor tem que se dirigir à DGC, para pedir a respectiva devolução. Os valores médios parecem rondar os 30 euros.

Tem até final de 2013 para o fazer. Não conheço ninguém que o tenha feito, pelo que não sei exactamente a burocracia associada. Não deve ser pequena, até porque desde 2007 a DGC apenas devolveu entre 30 a 40 mil euros. Mas segundo o site do consumidor da DGC, o processo até parece ser simples. De seguida transcrevemos o que de mais importante aí se diz:

Deverá ser dirgido um requerimento à Senhora Diretora-Geral do Consumidor e enviado para: Praça Duque de Saldanha, n.º 31 – 3º – 1069-013 Lisboa, por Fax: 213 564 719, ou para o e-mail: dgc@dg.consumidor.pt

Neste requerimento deverão constar as seguintes informações:

  • Identificação do titular do(s) contrato(s);
  • Entidade(s) fornecedora(s) do serviço;
  • Número(s) do(s) contrato(s);
  • Morada(s) de fornecimento;
  • Número de identificação bancária (NIB) do requerente.

No caso do contratante e do requerente não serem a mesma pessoa deverá ser indicado a qualidade em que este faz o requerimento (grau de parentesco, habilitação de herdeiros, conforme aplicável).

Os requerimentos deverão ser acompanhados da fotocópia/digitalização legível do Bilhete de Identidade e do cartão de contribuinte do requerente e  do documento comprovativo do pagamento da caução, caso ainda o possua.

No caso dos contratos de gás (e porque muitos deles foram ainda realizados junto de vários revendedores) é estritamente necessário o envio do documento comprovativo do pagamento da caução.

Água perdida a caminho do banho

Nas experiências de poupança de água, uma das contas mais importantes que esperava para fazer, era a da quantidade de água desperdiçada quando se espera pela água quente para iniciar a toma de banho. Sabia que era significativa, mas na falta de uma estratégia de aproveitamento, também não tinha vantagem psicológica em saber de quanto era o desperdício… Agora que há uma ideia de aproveitamento das floreiras para a próxima Primavera, resolvi fazer as contas!

A nossa casa não está propriamente optimizada neste aspecto. A canalização entre o esquentador e a torneira da banheira dista uns significativos 13 metros. Nestes dias frios de Inverno, é preciso ainda contar que a água que passa vai arrefecendo à medida que progride nos canos. O resultado é que só após 35 segundos é que se está preparado para iniciar o banho. Durante esta espera, o desperdício de água é de uns impressionantes 6 a 7 litros.

As contas são para o Inverno, porque no Verão não demora tanto. Nessa altura repitirei as contas. Entretanto, irei aperfeiçoando a forma e o destino a dar a esta água desperdiçada…

Lavar os dentes com pouca água

A água potável é um bem escasso na Sociedade Moderna. Muitas vezes nem nos damos conta como desperdiçamos água! Poupar no consumo de água é poupar na nossa carteira, mas também poupar os recursos do Planeta, que não são infinitos.

O exemplo de hoje é relativo ao acto de lavar os dentes. Dantes, ao lavar os dentes, já tinha algum cuidado para não deixar a torneira de água a correr. Mas, ao bochechar, fazia uma concha com a mão, que depois levava à boca. Durante uma lavagem típica de dentes, esse gesto era repetido tipicamente quatro vezes, enquanto a água corria.

Agora, utilizo o tradicional copo, que meio cheio de água, serve para bochechar as mesmo quatro vezes. O copo meio cheio representa apenas 100 ml. Uma lavagem de dentes agora representa um total de 800 ml, conta os 3,5 litros anteriores. Considerando uma lavagem mínima, em casa, de 2 vezes por dia, 365 dias por ano, a poupança anual total será de quase 2000 litros!