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Copo de água de cabeceira

Nunca me tinha dado conta, mas o paladar e o cheiro nunca foram dos meus sentidos mais fortes…  No vídeo da Discovery News abaixo, explica-se porque é que um copo deixado num quarto durante a noite adquire um sabor distinto no dia a seguir…

A culpa é aparentemente do dióxido de carbono que exalamos durante o sono… O CO2 mistura-se com a água e dá origem a ácido carbónico, baixando assim o pH do conteúdo do copo. Tanto mais quanto mais pequeno for o quarto, mais as pessoas que aí dormem, e por aí fora…

O vídeo refere mais alguns aspectos interessantes, nomeadamente associado à forma como a água era transportada pelos marinheiros antigos, e como tinham de recorrer a outras bebidas… Dá ainda alguns conselhos de conservação da água que procurarei seguir…

Mentiras da água

Mais confusão do Ministro do Ambiente

Mais confusão do Ministro do Ambiente

Alertado por um comentário de um leitor, resolvi investigar o que é que desta vez o Ministro do Ambiente andava a fazer. A primeira notícia que me apareceu sobre o tema no Google News, até parecia ter alguns aspetos positivos: redução de 55% nos lugares de chefia da Águas de Portugal, resultante da reorganização territorial , com uma redução dos custos operacionais de 20 milhões de euros por ano entre 2013 e 2015.

Na segunda notícia que vi, parece que há críticos da coisa, mas a poupança é muito maior! 2700 milhões de euros! Neste artigo mais detalhado, o mesmo Ministro afirma que estas alterações vão permitir “uma redução anual de 90 milhões de euros“, com uma poupança total dos tais 2.700 milhões. Feitas as contas, daqui a trinta anos… Talvez se fizesse a 100 anos, fossem números ainda mais interessantes!

Mas as referências mais interessantes do Ministro Jorge Moreira da Silva, são as de que alegadamente vai promover uma ““harmonização tarifária” entre o interior e o litoral”… Mais abaixo, o Ministro faz uma afirmação absolutamente contraditória com a anterior:

  • as tarifas vão convergir no prazo de cinco anos até chegarmos à tarifa única entre interior e litoral, os cidadãos do interior norte verão reduzida a sua tarifa mensal em três euros, de imediato, e os do litoral norte terão um agravamento gradual ao longo destes cinco anos de trinta cêntimos anuais

Porque é que é contraditória? Porque todos os dados dizem que o interior tem um preço da água mais baixo que o litoral. A ERSAR, Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos, tem nesta página os dados de todo o País. Esta fonte de informação foi por nós referida neste artigo. Este infográfico do Público, também não deixa qualquer dúvida!

Enfim, mais contas engatadas, como já é habitual neste Ministro. O que o Ministro devia fazer, não faz! Talvez se falasse com a EPAL, ficaria com uma ideia do que é necessário fazer. O problema é que ele deve andar a falar com os serviços como este

Qualidade da água da torneira

ERSAR agua seguraA ERSAR publicou na semana anterior o RASARP 2014, o Relatório Anual dos Serviços de Águas e Resíduos em Portugal, com dados relativos ao ano de 2013.

O Relatório conclui que o país manteve em 2013 os elevados níveis de qualidade da água para consumo humano, com uma percentagem de 98% de água da torneira considerada segura. Esta percentagem tem vindo a melhorar de forma sistemática, nos últimos anos, o que é obviamente positivo.

O relatório fornece um conjunto substancial de dados. Optamos aqui por referenciar o mapa da página 83 do relatório, que nos dá a distribuição geográfica da percentagem de água segura por concelho em função da média de Portugal continental. Os concelhos a verde apresentam uma percentagem de água segura igual ou superior à média de Portugal continental, os concelhos a amarelo apresentam uma percentagem de água segura inferior à média do continente e superior a 95%, enquanto os concelhos a vermelho apresentam uma percentagem de água segura inferior a 95%.

Como é possível observar, é sobretudo no interior norte que se verifica a pior qualidade de água da torneira. O que não deixou de me surpreender! Ainda assim, estes estudos são muito importantes, até porque o objectivo será sempre o de nos aproximarmos o mais possível dos 100%!

114º antimónio: do relatório da ERSAR e de uma ideia para derreter gelo nas pistas de aeroporto

Podcast do Poupar Melhor

Esta semana o A.Sousa entreteve-se a descobrir o que podemos tirar de útil do relatório de qualidade da água da ERSAR.

Terminámos a falar de uma invenção que estava no Lisbon Mini Makers Faire e que se propunha aquecer o pavimento de aterragem dos aeroportos para derreter o gelo por menos custos que os atuais geradores a gasóleo.

Podem aceder aqui à lista completa de episódios do Podcast. O Podcast do Poupar melhor está também no iTunes

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A negatividade e a estrutura da água

Esta gota não foi maltratada!

Esta gota de água não foi maltratada!

Por vezes há coisas que nos deixam boquiabertos! Desta vez foi a actriz Gwyneth Paltrow, que numa newsletter do seu site, sugere que devemos tratar bem a água, porque a água tem sentimentos! Obviamente, as novidades “físicas” chegaram aos Media rapidamente, primeiro pelas antípodas, até jornais como o Guardian.

Segundo a newsletter, e numa tradução livre, Gwyneth Paltrow está fascinada com a ciência por detrás da energia da consciência e do seu efeito na matéria! Baseia as suas crenças no trabalho de Masaru Emoto, que supostamente chegou à conclusão que a água reage de forma diferente se berrarmos, falarmos ou cantarmos para ela (a água, claro)!

É claro que a risota se instalou na Internet, e rapidamente os Media se “converteram” às teorias! O Daily Mail fala em como a negatividade altera a estrutura do H2O, enquanto o Independent aborda como os sentimentos da água podem ser feridos com sons e palavras negativas. Por cá, o Activa no Sapo parece ter sido o primeiro a dar conta da novidade sentimental, enquanto o observador.pt refere que gritar com o arroz também pode alterar as suas propriedades

Enfim, serve este artigo para, uma vez mais, alertar para as alarvidades que por aí grassam!

Poupança ilógica de água em Barcelos

E esta, hein?

E esta, hein?

Na quinta-feira da semana passada li uma das notícias de poupança mais ilógicas de que tenho memória! Foi no Correio da Manhã, e a notícia, que não chegou a sair online, tinha o título “Poupam mais se gastarem água”.

A notícia descreve como em Barcelos, em determinadas circunstâncias, uma factura da água fica mais barata se se deitar fora água! O artigo apresenta o testemunho do presidente da Junta de Arcozelo, que descreve que “há pessoas que têm de cometer um atentado ambiental, gastar água sem precisar, só para pagar menos de fatura“. O artigo explica que isso acontece a todos aqueles que têm um consumo zero de água, como é por exemplo o caso dos emigrantes. Nesse caso, o presidente da Junta explica que “basta gastarmos um ou dois metros cúbicos de água para pagarmos um valor inferior ao dessa taxa”. Um outro morador, que trata justamente da casa de um emigrante, diz na primeira pessoa: “Venho cá todos os meses abrir as torneiras para assim a fatura ser mais reduzida. São menos dois ou três euros“.

Olhando para o tarifário da água disponibilizado no site das Águas de Barcelos, parece que esta poupança ilógica está baseado nas tarifas de conservação e utilização, respeitantes ao saneamento, e que são visíveis na página 3. Resumidamente, o que acontece é o seguinte:

  • Um consumidor doméstico que não consome água durante um mês paga nesta alínea 6.43 € + IVA
  • O mesmo consumidor doméstico, caso consuma apena 1 m3 de água, paga na mesma alínea 0.35 € + IVA
  • Por cada m3 de água adicional vai pagando mais 0.35€ + IVA por cada m3

Assim, realmente para quem não consuma nenhuma água durante um mês, se abrir as torneiras e despejar 1 m3 de água pelo cano abaixo, poupa nesta alínea mais de 6 euros, mais IVA! A poupança na factura é todavia ligeiramente inferior, pois há que pagar a componente variável do consumo, neste caso correspondente a um m3 de água.