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Custo da factura da água

Aumento da água

Aumento da água

No passado ano, havíamos referenciado uma análise aos custos da água em Portugal. Este ano, a ERSAR voltou a efectuar uma análise dos custos, que foi nomeadamente referenciada no Público.

Uma das conclusões interessantes é que os Portugueses terão pago, “em média, mais 8% na factura da água, saneamento e tratamento de lixo em 2012 do que no ano anterior“. Mas quando se observa o aumento das parcelas que compoem o preço da factura, na imagem ao lado, não é a água que aumenta mais, mas sim o saneamento e os resíduos.

Mas, a leitura do artigo deixa-me várias interrogações. Segundo Armando Varela, presidente da autarquia de Sousel (onde se registou o segundo maior aumento em termos percentuais), a empresa que presta o serviço a esse município, a Valnor, tem uns módicos dois milhões de euros de lucro por ano, e como ele diz, “o lixo não é para ganhar dinheiro“. O que levanta naturais questões sobre todo este negócio. Aliás, algo com contornos semelhantes aos que referenciamos ainda recentemente relativamente à Valorpneu.

Estas empresas, que por um lado nos incentivam a reduzir, reutilizar e reciclar resíduos, por outro lado sugam o nosso dinheiro nestas taxas, neste caso na factura da água. E elas são cada vez maiores, como se podem ver no gráfico.

Logo, e mesmo que reduza e reutilize, só há uma forma de poupar na factura. Como estas taxas estão indexadas ao seu consumo de água, quanto menos água consumir, menos taxas pagará. Por isso, não deixe de dar uma vista de olhos na nossa etiqueta da água.

Ano e Dia da Água

seca planetaAmanhã é o Dia Mundial da Água. E água é coisa que não tem faltado nos últimos tempos… A maior parte de nós já ansiava pela Primavera há muito tempo, depois de um Inverno particularmente generoso em termos de chuva. Tal é confirmado pelos registos do IPMA, que confirmam que os cenários de seca que experimentamos o ano passado estão naturalmente ultrapassados.

Como todos sabemos, a água é fundamental em vários aspectos da nossa vida. E até nos pode ajudar a sair um pouco da crise, como esta notícia de há uns dias nos referia: Portugal foi exportador líquido de electricidade a Espanha nos primeiros meses de 2013. A consulta dos dados detalhados da REN, relativamente ao mês anterior, dá-nos conta que aumentou em 300%, relativamente ao ano anterior, a produção de electricidade a partir de barragens. Tal contribuiu certamente para o aumento de 790% nas exportações para Espanha, enquanto as importações se reduziram quase em 80%. Tal terá naturalmente um aspecto positivo em termos de evolução dos preços da electricidade, embora saibamos que o sector se rege por situações no mínimo estranhas.

Ainda assim, não devemos descurar nunca a sua utilização. Neste caso, não é apenas uma questão de poupança financeira, mas também uma contribuição para a sustentabilidade. Tal como o exemplo que referimos da EPAL há duas semanas atrás, todos nós devemos contribuir para a poupança no consumo de água, evitando o seu desperdício. Para isso, não deixem de dar uma vista de olhos nos artigos que temos na categoria água.

O WONE da EPAL

Ontem vi no jornal Oje uma notícia muito interessante, sobre as reduções das perdas de água que a EPAL conseguiu. Enquanto aparentemente 40% da água em Portugal se perde, na EPAL as perdas limitaram-se em 2012 a apenas 8.7%.  Tudo isto graças ao WONE (Water Optimization for Network Efficiency), referenciado no vídeo no final deste artigo, e que se baseia na seguinte estratégia:

  • Medição e Telemetria
  • Objetivo das intervenções de Deteção de Fugas
  • Deteção Macro das Fugas
  • Localização das Fugas
  • Reparação das Fugas e Validação do Objetivo

Pessoalmente, esta estratégia segue a minha filosofia de optimização. Que começa, como sabem, por “You cannot manage what you cannot measure”. Ao mesmo tempo, combatendo as perdas de água, a EPAL evita perdas financeiras, e aumenta significativamente a sustentabilidade.

Uma interessante análise do problema das perdas de água está disponível neste documento. Entretanto, este artigo do Wikipedia traz-nos igualmente indicadores de uma perspectiva internacional, que nos dá um enquadramento de valores ligeiramente diferente dos referenciados pelo artigo do Oje. Na verdade, ao contrário do que o artigo da Oje refere, em Tóquio não se perde 8% da água, mas apenas 3.1%. Na verdade, vale a pena seguir o link anterior, pois tem um gráfico muito interessante, sobre o que é que acontece quando há um evento desportivo muito importante, e como as pessoas parece que vão às casas de banho nos respectivos intervalos:

Consumo de água em Tóquio durante um jogo de futebol

Consumo de água em Tóquio durante um jogo de futebol

Não deixem todavia de ler o artigo da Oje na íntegra. Um bom exemplo de como no século XXI se pode poupar com estilo e tecnologia. E como podemos transmitir esses ganhos para todos, quando estamos a falar de um serviço público. Se tudo em Portugal funcionasse como aparentemente funciona na EPAL, estaríamos a exportar soluções, em vez de carregar com défices.

Bebida de fruta com 0,5% de sumo

0,5% de limão por @designerferro

0,5% de limão por @designerferro

Depois de termos andado a analisar as percentagens para os Gráficos do Mapa 1 das Receitas dos Serviços Integrados, por classificação económica do Orçamento de Estado para 2013 quando olho para um produto é já com outros olhos porque procuro pelas percentagens que façam sentido representar.

O produto é daquelas águas com sabor que são mesmo só isso: água com sabor.

No exemplo da imagem, um produto que se diz de limão, a fruta propriamente dita é tão baixa que desconfio que nem é isso que sentimos quando bebemos.

Transcrito do rótulo:

  • Água Mineral 80,7%;
  • Maçã 11,5%; e
  • Limão 0,5%.

Já tínhamos falado aqui de maquilhar preços, mas esta é a primeira maquilhagem de percentagens de que falamos. Será que o texto escrito daquela forma tinha por objetivo obscurecer a verdadeira quantidade de sumo? Eu continuava a beber se fosse um rótulo mais genuíno que dissesse que era de maçã e limão.

As desvantagens de poupar água

O acto de poupar é normalmente encarado como qualquer coisa de positivo. Todavia, nem sempre é o caso, e podem surgir efeitos não previstos e mesmo indesejáveis. Já aqui referimos no passado alguns exemplos interessantes, como o do Primeiro Ministro se queixar da poupança dos Portugueses a que se juntou depois o Ministro das Finanças. Já referenciamos também que quanto mais electricidade os Portugueses poupam, maior é a subida do seu custo

Depois de ter desentupido o lava-loiças, ocorreu-me que isto de poupar na água pudesse contribuir para que os esgotos ficassem mais rapidamente entupidos. Faz algum sentido, porque ao utilizarmos cada vez menos água, a percentagem da “porcaria” é naturalmente maior!

Fiz uma pequena pesquisa na Internet, e descobri um artigo imperdível! É do Der Spiegel, um jornal alemão, que num artigo do início deste ano, nos mostra como os poupadinhos dos alemães andam com problemas nos seus esgotos! O artigo revela como a poupança de água trouxe os maus cheiros, sendo que as autoridades estão agora a perfumar os esgotos para esconder os maus cheiros! Parece ser igualmente claro que a poupança dá cabo da rede de esgotos, como podem ver pelas imagens deste documento, da autoria do Centro de Competência referido no artigo do Der Spiegel. E ainda pior, a água que é poupada pelos consumidores tem que ser utilizada pelos Serviços para desentupir os canos? Segundo o artigo, nalguns dias, são injectados nos esgotos de Berlim meio milhão de metros cúbicos de água para garantir um fluxo de água apropriado. E eu diria que os consumidores acabam por pagar esses milhões de metros cúbicos de água à mesma!

Por isso, fica a dúvida: devemos continuar a poupar água? Por mim, parece-me óbvio que sim! Mas também estou seguro que isso implica, no caso da água, ter que desentupir canos mais frequentemente… E aguentar com maus cheiros?

Como desentupi o lava-loiça

Há umas semanas, referi-me aos problemas que havia tido em desentupir a canalização do lava-loiça. Utilizei várias técnicas, meti mãos à obra, mas nenhuma resultou, nomeadamente a dos produtos para desentupir canos.

Depois de várias experiências mal sucedidas, voltei à carga com um normal desentupidor de canos. Comprei um por 1.99 €, e meti novamente mãos à obra. Mas como sabia que a tarefa não ia ser simples, preparei mais alguma força bruta.

Para aumentar a pressão, resolvi encher o lava-loiças de água. Como era bastante água para mandar pelo cano abaixo, programei a actividade para depois de um banho. Tomei um duche, com o ralo da banheira fechado, e depois transferi parte dessa água (sim, ainda sobrou…) para o lava-loiças, como a imagem abaixo assinala.

Pronto para desentupir lava-loiças

Antes de encher o lado direito, tive o cuidado de tapar bem o orifício superior, com uma série de fita-cola, para que o lava-loiças ficasse mesmo bem cheio, e para que quando utilizasse o destupidor, impedisse a passagem de ar.

Com tudo preparado, retirei as tampas de ambos os lados do lava-loiça. Como estava bem entupido, praticamente nenhuma água saiu. Depois foi só meter a ventosa na saída para o cano, e começar a bombear. Rapidamente, a água começou a sair! Tapar o orifício superior revelou-se particularmente útil, mas a fita-cola não resistiu ao fim de uma dúzia de bombagens… Todavia, continuei a bombear até a água sair toda. Depois, fui ainda buscar mais água à banheira, e observei como a água já fluía com normalidade. No final, uma limpeza/desinfecção revelou-se necessária!

Fiquei mentalizado para a necessidade de repetir a tarefa mais vezes, e em mais locais, como o caso das banheiras e lavatórios da casa de banho…