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Plantar um abacate em casa

Abacate no vaso a partir de semente

Abacate no vaso a partir da semente

Com o preço do abacate pela hora da morte, mesmo com desconto, decidimos plantar num vaso a nossa própria árvore de abacate. Há vários vídeos a apresentar árvores de abacate com frutos com cerca de 1 metro, e isso pareceu-nos uma forma de termos estes saborosos frutos sem a despesa de os comprar.

  1. Colocámos a semente num copo com água suspensa por palitos e esperámos. Enquanto esperámos, fomos mudando a água.
  2. Ao fim de uma semana ou duas, a semente rachou, esperámos mais um pouco, e enquanto esperámos, fomos mudando a água.
  3. Quando de dentro da semente brotou um raminho, mudámos para o vaso com terra fofa que está na foto.
  4. Passadas 4 semanas, o pequeno ramo é agora o que está na foto.

A pergunta para a qual não tenho ainda resposta é se a árvore dará frutos.

Nas pesquisas na web encontrei muitas teorias. Uns que diziam que crescido da semente só dava flores depois de 7 anos. Outros que diziam para enxertar um ramo de fruto de uma outra árvore de abacates já com frutos. Havia ainda quem desse uma receita de múltiplos tipos de adubo.

Por agora é a nossa pequena árvore de abacates.

 

 

O que é um bom azeite?

Há cerca de um mês vi o anúncio de um livro que me sucitou curiosidade: “Os 100 Melhores Azeites de Portugal“. O livro é escrito por Edgardo Pacheco, um especialista na área.

Já tive a oportunidade de oferecer o livro, mas ainda não tive oportunidade de o ler todo. Só o folheei, mas vi o suficiente para ir para a minha lista de leitura. Entretanto, já tive oportunidade de ver mais referências online, que me deixaram siderado sobre tudo aquilo que eu não sabia sobre o azeite. Ficam algumas referências para abrir o apetite sobre o tema:

Tirar caroço de cereja

Tirar os caroços das cerejas é uma tarefa a que nunca me dediquei. Gosto das cerejas como elas são, e o caroço vai fora naturalmente. Mas, se bem se lembram, a tarefa associada a tirar caroços das cerejas teve o seu apogeu com esta entrevista.

Muitos anos depois, tropecei numa referência muito interessante na Internet sobre como tirar os caroços das cerejas. Sem recurso a utensílios especiais, porque os há! Basta pesquisar na Amazon para ver que a oferta é grande! Em qualquer caso, não deixem de ver o vídeo explicativo abaixo, pois é aparentemente muito fácil:

Locais mais perigosos do Mundo???

As Nações Unidas têm publicado nos últimos anos o WorldRiskReport. O documento relativo a 2015 evidencia alguns dos locais mais perigosos do Mundo, e para além do enfoque nos diversos riscos que existem (terramotos, tempestades, etc.), dá uma ênfase especial ao tema da alimentação. Felizmente, pelas razões que creio ficarão claras no final do artigo, o estudo só parece ter sido divulgado em Portugal na TSF.

Este enfoque na alimentação torna infelizmente o relatório muito pouco credível! Na lista de países mais expostos aparece o Vanuatu, um arquipélago do Pacífico, quase nas nossas antípodas. O problema do estudo é que mostra o Vanuatu em preimrio lugar nas tabelas, mas em todas as páginas do relatório é apenas referido três vezes, duas das quais numa caixa de destaque… Como essa própria caixa de destaque refere, nem sequer conseguem descrever os riscos correctamente, como foi o caso do Nepal, em que as Nações Unidas apenas previam uma baixa probabilidade de tremor de terra…

Enfim, dá para perceber da leitura do relatório, elaborado pela Universidade de Estugarda, que muito dos que nele colaboraram provavelmente não fazem ideia dos riscos naturais que os países realmente correm. Portugal é um dos mais “verdinhos” do mapa, mas isso deve ser porque nos últimos anos não houve tremores, inundações, tempestades a sério, e outros fenómenos que qualquer pessoa minimamente atenta à História sabe que existem. O mesmo não acontece infelizmente com os PALOP, que saem bastante mal retratados.

Enfim, o relatório nem sequer dá realmente indicação dos locais realmente mais perigosos do Mundo. Falamos recentemente da Venezuela, onde não há comida nem pão e todos ralham e ninguém tem razão? Como é que um país que é incapaz de produzir os seus próprios alimentos não aparece num relatório que evidencia a vertente específica do risco de falta alimentar, ultrapassa-me completamente. E já não falamos realmente doutros riscos não abordados no relatório, nomeadamente associados ao crime. Dizer que o Qatar é o país com menos risco do Mundo, num relatório virado para as questões da alimentação, e em que esse país, Qatar, não tem praticamente agricultura, só pode ser uma anedota! Por isso, estudos deste género, mesmo que das Nações Unidas, não são para ser levados a sério!

Vegetarianos piores para o ambiente!

Eu já sabia que o bacon é bom...

Eu já sabia que o bacon é bom

Num artigo que saiu na Environment Systems and Decisions, intitulado “Energy use, blue water footprint, and greenhouse gas emissions for current food consumption patterns and dietary recommendations in the US” tiram-se algumas conclusões que vão obrigar muita gente a engolir em seco!

Os autores do artigo, da Universidade de Carnegie Mellon, verificaram que o consumo de mais fruta, vegetais, lacticínios, peixe e marisco é pior para o ambiente porque estes alimentos necessitam de grande quantidade de recursos, e geram uma grande quantidade de emissões de gases com efeito de estufa por caloria.

O artigo não está disponível online, pois é pago. Mas, olhando para o material suplementar e da Press Release da Universidade, as conclusões são chocantes! As que mais me impressionaram são as seguintes:

  • Comer alface é mais de três vezes pior, em termos de emissões de gases com efeito de estufa, que comer bacon.
  • Uma grande quantidade de vegetais comuns requer muitos mais recursos por caloria que o porco e galinha. Tal é o caso por exemplo das berinjelas, aipo ou pepinos.
  • Comer os alimentos mais saudáveis, um misto de fruta, vegetais, lacticínios, peixe e marisco consome 38% mais de energia, usa mais 10% de água, e sobe as emissões de gases de efeito de estufa em 6%.

Bactérias da Nespresso

A semana passada saiu um artigo na Nature sobre as bactérias que povoam as máquinas Nespresso, mais concretamente a parte inferior, que recebe os lixiviados de café, e também o recipiente das cápsulas usadas. Deve notar-se que não está em perigo a qualidade do café, e a Nespresso já referiu o evidente: que é necessário que os consumidores limpem as máquinas

Na verdade, há referências antigas a este problema, só para citar este e outro exemplo. Mas, o presente estudo de Vilanova, C. et al. vai um pouco mais longe, ao identificar os micróbios mais comuns nas máquinas testadas. Na imagem abaixo, podemos observar as bactérias por diferente versões Nespresso:

Bactérias numa Nespresso

Bactérias numa Nespresso

Num outro gráfico do artigo, visível abaixo, pode-se avaliar a evolução das bactérias ao longo de dois meses de estudo:

Bactérias ao longo do tempo

Bactérias ao longo do tempo

O estudo evidenciou como as máquinas de café são um substrato rico para o crescimento bacteriano. Revelou também que após alguns dias, a flora bacteriana se forma de espécies adaptadas ao café. Referenciou também que não foram detectadas nas cápsulas de café, pelo que a contaminação é ambiental. O estudo refere ainda que a existência de bactérias patogénicas, associadas à retoma da população mesmo depois da lavagem da máquina, evidencia a importância da manutenção dos diversos compartimentos das máquinas de café, neste caso da Nespresso.