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Calculadora de Carbono na Caixa Geral de Depósitos

Calculadora de pegada de carbono

Calculadora de pegada de carbono da Caixa Geral de Depósitos

Ultrapassa-me por completo o que pode levar um banco a fazer uma Calculadora de pegada de carbono, mas já sabem que aqui no Poupar Melhor não resistimos a testar estas coisas.

O A.Sousa escalpeliza isto melhor que eu, mas lá fui até ao site experimentar os valores que devolvia e o resultado está abaixo.

A pegada de carbono do @designerferro

A pegada de carbono do @designerferro

Para obter aquelas três barras com um “Plano de redução” tive de inserir uma série de valores, muito pouco exatos como se o meu carro tinha mais ou menos de 2000 de celindrada. Parecem-me valores muito exatos para tão pouca informação. Digam-me vocês.

Poupar quando ferver água

Activity Efficiency Adjusted Efficiency
Boiling water on gas stove, full blast, no lid 16%
Boiling water in same pot, smaller burner, with lid 27%
Boiling water in kettle on small gas burner 27%
Heating water in microwave oven 43% 15%
Boiling water in electric kettle 50–80% 18–28%
Hot water heater, including tank loss 55%
Hot water heater, without tank loss 64%

A tabela acima é o resultado de um estudo sobre a eficiência de aquecer água de várias maneiras diferentes e foi feito por Tom Murphy, Professor Assistente do departamento de física da UCSD (Universidade da Califórnia, San Diego).

De forma a fazer este estudo de eficiência ele viu-se obrigado a gerar os seus próprios meios de registo de variação, como um laser para controlar o consumo de gás no próprio contador.

Os estudos teve também em conta a utilização de combustíveis fósseis na geração de eletricidade e até uma tentativa de aquecimento da água no forno. Como ele diz no final do estudo e bem, o essencial a reter da leitura é entendermos que, face ao desperdício de energia, devemos aquecer de cada uso apenas a água que necessitamos.

Estando os dados corretos, aquecer água no forno micro ondas é uma asneirada cientificamente comprovado. Por outro lado, comprar uma chaleira elétrica para aquecer água é cientificamente comprovada a maneira mais barata de aquecer água.

NODE: medição na palma da mão compatível com o smartphone

Já aqui vos falámos de como podem financiar um projeto que tenham andado a preparar e também já vos mostrámos o que fazemos com os nossos meios de medição.

Na Engadget falavam de um projeto com um gadget que permite um conjunto de possibilidades de medição que até hoje não eram possíveis num único equipamento compatível com o vosso smartphone.  O projeto chama-se NODE e é um projeto no Kickstarter que se propõem construir um equipamento compatível através de Bluetooth com Android e iPhone e que irá permitir o mais variado tipo de medições e recolhas de dados

O NODE permitirá:

  • Medir movimento;
  • Medir a pressão atmosférica;
  • Controlar jogos;
  • Medir a presença de gases;
  • Medir a Radiação;
  • Medir a temperatura; e
  • Utilizar um conjunto de LED.

Como todos os projetos no Kickstarter, se o valor pretendido não for atingido, o vosso dinheiro não é cobrado, mas se for recebem o produto do projeto antes dele chegar ao mercado.

Como detectar fugas de calor?

Temos falado aqui muito sobre como evitar as fugas de calor. Mas um pormenor importante é detectar essas fugas de calor! Quando a casa ainda não está bem calefetada, essa tarefa é inicialmente mais simples. Mas, à medida que vamos fechando essas fugas, a descoberta das restantes torna-se mais difícil…

É possível contratar serviços especializados, e realizar mesmo auditorias energéticas. Mas essas soluções têm normalmente um custo significativo. A estratégia seguinte foi a que eu utilizei para detectar muitas fugas de calor e entradas de ar frio, dentro da nossa casa.

O primeiro passo é despressurizar a casa, quando ela está totalmente fechada. Tal só é possível quando possui algum sistema de ventilação mecânico, como é o caso de ventoinhas de casas de banho, ou então um exaustor na cozinha. Eventualmente um aspirador também faz o serviço, mas não será fácil fazê-lo de forma eficiente em nossas casas, dado que é tipicamente necessário accioná-lo do exterior, e garantir que a passagem do tubo de aspiração está hermeticamente selada.

O passo seguinte é munir-se de um pau de incenso. Em todos os locais onde fugas de ar estejam a ocorrer, o fumo do incenso sofrerá uma orientação diferenciada. No caso de despressurização, tenderá a apanhar locais onde o ar exterior estará a entrar, pelo que o fumo tenderá a evidenciar esse facto! Procure nos vários locais prováveis, como as janelas e portas, mas também noutros locais mais exóticos, como a dos locais de entradas de canos, de cabos de antenas de televisão e cabos telefónicos, ares condicionados, e mesmo os buracos das fechaduras

Frio pelo buraco da fechadura

Nestes dias frios, o frio entra por todos os lados, e no nosso caso também pelo buraco da fechadura. Há uma semanas, quando fechava a porta, reparei na corrente de ar fria que entrava para casa. Depois, coloquei dois termómetros, um mesmo no enfiamento do buraco da fechadura, e outro a cerca de dois metros de distância, no meio do hall de entrada. O resultado da evolução das temperaturas ao longo de três dias foi a seguinte:

No gráifco, a linha a azul representa o termómetro junto ao buraco da fechadura, e a vermelho o da temperatura interior do hall. O espaço no gráfico colorido a verde representa o diferencial de temperatura entre os dois termómetros. No espaço a verde do meio, o buraco da fechadura esteve tapado, e verifica-se quão próximas foram as temperaturas dentro do hall. Nos restantes dois dias, com o buraco da fechadura aberto, o diferencial das temperaturas foi bastante superior!

O gráfico demonstra como o fecho do buraco melhora o comportamento térmico durante a noite. E como compensa fechar todas as entradas de ar, para evitar a entrada de ar frio. Mas também evidencia que durante o dia beneficia de temperaturas mais elevadas. E ainda nos mostra pormenores desconcertantes, como os picos observados durante a madrugada e manhã. Situação tão interessante, quanto misteriosa! Que continuamos a investigar…

Arejar a casa no Inverno

Quando se fala de poupança em termos de aquecimento, é muito habitual fugir-se à questão de como arejar as nossas habitações. E este tema coloca-se essencialmente no Inverno, quando arejar significa quase sempre deixar entrar o ar frio! Em zonas com climas mais frios, é habitual o recurso a sistemas de permutação de calor, que visam justamente evitar essas perdas, mas esses sistemas são ainda bastante raros no nosso País.

Arejar as habitações é necessário por diversas razões, nomeadamente para extrair o ar viciado que resulta da respiração humana, retirar as humidades, ou mesmo os maus cheiros. A ventilação deve ser efectuada com cuidado, e muitas vezes podemos (ou necessitamos mesmo) recorrer a meios mecânicos de ventilação, como é o caso por exemplo dos exaustores das cozinhas. Estes meios mecânicos são muitas vezes preciosos na correcta orientação da corrente de ar que se forma. Assim, por exemplo, abrir-se a janela da casa de banho pode encaminhar eventualmente a humidade mais para dentro de casa, quando o objectivo é extraí-la… Idealmente, o ar deve sair para o exterior pelas divisões de serviço, nomeadamente a cozinha e casas de banho.

Neste primeiro artigo evidenciamos pois a importância do acto de arejar, em detrimento da preservação de calor. Porque é muito importante garantir a qualidade do ar na nossa habitação, sendo certo também que as eventuais poupanças de aquecimento, devidas ao não arejar, poderão não compensar uma pintura ou renovação da casa. Em próximos artigos procuraremos trazer exemplos de práticas de arejar que procuram conciliar as várias variáveis envolvidas…