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Ar Condicionado a diferentes temperaturas

Já todos ouvimos referências às diferenças de consumos quando programamos um ar condicionado a diferentes temperaturas. Tive oportunidade de constatar isso com bastante clareza este fim de semana.

Para que a comparação seja justa, é preciso dizer que quer no Sábado, quer no Domingo, a temperatura máxima foi de 35ºC. No Sábado a mínima foi de 19ºC, enquanto no Domingo a mínima foi de uns estonteantes 25ºC.

No Sábado, a temperatura do espaço a condicionar foi de 24ºC. O gráfico de consumo de electricidade no Sábado é o visível abaixo, e como se pode constatar, o ar condicionado esteve a consumir electricidade durante praticamente todo o período em que esteve activo, consumindo sistematicamente mais de 1 kWh:

Electr

Electricidade consumida para arrefecer espaço a 24ºC

No Domingo, a temperatura do espaço foi programada para 26ºC, e como se pode ver pelo gráfico abaixo, o ar condicionado teve muitos períodos em que o seu consumo de electricidade foi nulo. Os valores de pico foram bastante semelhantes, ou até marginalmente mais elevados. A diferença de consumo entre os dois dias foi de cerca de 6 kWh, mas como no Domingo arrefeceu cerca de uma hora menos, então a diferença de consumo terá sido de cerca de 5 kWh, um custo adicional de cerca de um euro, no Sábado, para arrefecer mais 2ºC…

Diferença que fazem 2ºC

Diferença que fazem 2ºC…

Consumos de um ar condicionado

Nos últimos dias o calor tem sido substancial. Aproveitei por isso para fazer um gráfico de consumo de um ar condicionado num espaço em que ele teve que se esforçar um pouco. O resultado é a imagem abaixo, que evidencia uma evolução específica de consumo.

Numa primeira fase, pelas 7:30 da manhã, verificou-se o arranque do sistema. Após um pico de consumo de alguns minutos, baixou ligeiramente, seguindo a partir daí uma tendência de aumento de consumo, até pouco depois do meio dia. Durante esse período, a temperatura foi descendo, até se aproximar da temperatura programada no ar condicionado. A partir daí, começaram a ser observados momentos alternados de consumo de energia, com outros de ausência de consumo (apenas o consumo marginal). Esses períodos de ausência de consumo foram-se tornando cada vez mais frequentes, tendo também diminuído os picos ao longo da tarde.

Consumo de um ar condicionado

Consumo de um ar condicionado

Uma análise ao período do início da tarde, em que se iniciaram os períodos de alternância de consumo, evidencia que os períodos de ausência de consumo foram mais ou menos semelhantes, com esses períodos de ausência de consumo a se tornarem mais frequentes à medida que a temperatura estabiliza:

Detalhe do período do meio dia

Detalhe do período do meio dia

Esta evolução é interessante porque alimenta a discussão se se deve manter os equipamentos ligados, mantendo estável a temperatura, ou se porventura se devem desligar sob pena do consumo ser maior quando se liga, conforme a primeira imagem…

Ar condicionado

O ar condicionado é uma maravilha da técnica, apesar de não ser um grande utilizador. Pouco percebo desta tecnologia, e os conceitos de split, inverter, e outros que tal, não estão totalmente interiorizados…

O infográfico abaixo foi obtido a partir de do site de energy.gov, sendo possível descarregar também em formato pdf., e explica-nos muitos dos conceitos associados ao ar condicionado. Explica também como funciona, os diferentes tipos, os problemas associados e como podemos poupar na sua utilização. Está em inglês, como quase todos os infográficos que temos aqui referenciado, e é muito extenso, mas muito iinteressante:

Infográfico sobre Ar Condicionado

Infográfico sobre Ar Condicionado

Calculadora de Carbono na Caixa Geral de Depósitos

Calculadora de pegada de carbono

Calculadora de pegada de carbono da Caixa Geral de Depósitos

Ultrapassa-me por completo o que pode levar um banco a fazer uma Calculadora de pegada de carbono, mas já sabem que aqui no Poupar Melhor não resistimos a testar estas coisas.

O A.Sousa escalpeliza isto melhor que eu, mas lá fui até ao site experimentar os valores que devolvia e o resultado está abaixo.

A pegada de carbono do @designerferro

A pegada de carbono do @designerferro

Para obter aquelas três barras com um “Plano de redução” tive de inserir uma série de valores, muito pouco exatos como se o meu carro tinha mais ou menos de 2000 de celindrada. Parecem-me valores muito exatos para tão pouca informação. Digam-me vocês.

Como faz o Google?

Na passada quarta-feira, o Google revelou alguns dos segredos dos seus datacenters. Nesta página podem ver um extenso conjunto de fotografias dos locais onde o Google mantém os seus muito milhares de servidores, que permitem alimentar todo um conjunto de serviços, que todos nós conhecemos, desde o Gmail, até ao Youtube… Eles deram-se mesmo ao trabalho de permitir que possamos percorrer um dos seus datacenters, com a tecnologia streetview:

Passeio virtual pelo Google…

Embora esta divulgação surpreenda, porque o Google sempre foi muito reservado na exposição da sua tecnologia, o que provavelmente mais interessa referenciar, no contexto do Poupar Melhor, é a metodologia e as práticas que o Google emprega, no sentido de ser mais eficiente.

Como referenciamos no artigo “You cannot manage what you cannot measure”, é preciso primeiro medir bem, para depois se conseguir gerir eficientemente. Por isso, não nos surpreeendeu que essa seja a primeira melhor prática que o Google recomenda a todos.

Nas outras melhores práticas do link atrás verificarão que algumas das propostas que temos avançado, adaptam as melhores práticas que gigantes como o Google praticam, às realidades de nossas casas…

Embora com um enquadramento naturalmente “geek”, os vários artigos que o Google lançou esta semana merecem uma leitura atenta. Bem como o artigo da Wired, que teve a felicidade de ter um dos seus jornalistas a visitar o interior de uma infraestrutura fulcral daquilo que é um dos players mais importantes da actual Internet: o Google.

Gelo para arrefecer quarto II

Há cerca de uma semana, neste artigo abordamos o impacto da colocação de um litro de gelo num quarto. Como então referimos, o momento da colocação não foi o mais favorável, porque não permitia avaliar se a descida de temperatura então verificada se deveu à introdução do gelo, ou a uma evolução normal da temperatura.

Nesse sentido, foi efectuada uma segunda experiência, introduzindo um bloco de um litro de gelo, nas mesmas condições anteriores, nomeadamente do tempo de congelação. A introdução do gelo verificou-se num momento em que as temperaturas já tinham iniciado o habitual padrão de subida, por forma a averiguar mais facilmente a resposta da temperatura a essa introdução de gelo.

Como se pode observar na imagem seguinte (as curvas têm o mesmo significado do gráfico do artigo anterior), verifica-se uma resposta clara, com a manutenção da temperatura entre o gelo e a janela durante cerca de uma hora, registando uma progressiva subida a partir daí. A estabilidade no interior do quarto é ainda maior, mas isso é uma resposta igualmente expectável.

Temperaturas num quarto com introdução de 1 litro de gelo

Olhando para os valores em termos absolutos, verifica-se que a eficiência do arrefecimento não é certamente significativa. Como o leitor Santos refere nos comentários ao artigo anterior, há outras formas mais eficientes de arrefecimento. Esta é todavia apenas uma experiência, como outras que fizeram furor na Internet. Este Verão já não dará para fazer muitas mais experiências deste género, mas valerá a pena nelas insistir, até porque é bastante mais difícil realizar um arrefecimento de uma divisão, que o seu aquecimento…