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Resistência ao Rolamento

É muito habitual ouvirmos falar da importância dos pneus, quando se abordam formas de reduzir o consumo de combustível nos veículos automóveis, e não só. A mais habitual diz respeito a manter a pressão adequada, aspecto ao qual nos referiremos proximamente. Por agora, concentremo-nos na importância do pneu, e vamos supor que essa variável está correctamente tratada.

Nem todos os pneus nasceram iguais, como todos sabemos. Muitas vezes desconhecemos até a importância de algumas das suas características. Conforme decorre deste artigo cerca de 1/3 da energia transmitida pela direcção às rodas são perdidas na resistência ao rolamento! Tal consiste essencialmente em percas de calor, devido ao aquecimento do pneu em contacto com o pavimento. Os fabricantes acenam com valores fantásticos que devem todavia ser tomados com cautela. Mas, a verdade é que raramente olhamos para este parâmetro na hora de escolher um novo jogo de pneus… Felizmente, segundo a imagem ao lado, retirado deste extenso documento americano, os fabricantes de pneus têm melhorado este parâmetro ao longo dos anos!

Segundo o documento anterior, para a maioria dos veículos de passageiros, uma redução de 10% na resistência ao rolamento permitirá uma redução de 1% a 2% no consumo de combustível. Considerando que um pneu fará umas dezenas de milhares de quilómetros na sua vida útil, qual será a poupança? Façamos as contas:

  • Pneu para 40 000 Km, fará 400 x 100 Km.
  • Se o consumo médio for de 7l/100Km, então serão consumidos 7 x 400 = 2800 Litros de combustível
  • Uma estimativa conservadora de poupança, 1%, significa 28 Litros de poupança
  • Considerando um custo de combustível de 1,50€, a poupança seria de 42 euros
  • A dividir por quatro pneus, dá pouco mais de 10,50 euros por pneu

Se o preço dos pneus for igual, então compensará comprar o de menor resistência ao rolamento. Se for muito maior, ainda se poderá justificar se as variáveis anteriores forem distintas. Cabe ao leitor complementar as contas para o seu caso!

Primeira etapa: configurar troços

Para calcular a melhor solução para conseguir aumentar a eficiência das deslocações para o trabalho, tive de identificar todos os troços e quais os que obrigatoriamente terão de ser de carro por causa das crianças.

Alguns dos troços só fazem sentidos numas modalidades, como é o caso dos percursos que envolvem mudar de carro para mota ou em que para chegar a horas de ir buscar as crianças um dos pais tem de vir de barco e depois de recolher as crianças, voltar ao cais para ir buscar o outro.

As modalidades atualmente são:

  • Todos vão e voltam de carro;
  • Os adultos vão de transportes públicos; e
  • Os adultos vão de mota.

Os valores já encontrados estão em baixo, já apontam para um derrotado pelo tempo, mas:

  • Ainda só estão contados como diários;
  • Não incluem custos de manutenção das viaturas;
  • Não têm em conta os dias em que o tráfego está congestionado;
  • Não incluem os períodos de espera pelas crianças ou transportes públicos; e
  • Não têm em conta os investimentos necessários da opção.
Troços Duração
Todos de carro 8 94
Carro e Barco 11 138
Carro e Mota 10 114

Deixar o carro à sombra no Verão e ao sol no Inverno

É frequente nos queixarmos da temperatura dos automóveis, quer no Inverno, quer no Verão! No Verão temos a tendência de procurar a sombra, mas já não é tão comum no Inverno procurarmos um lugar ao Sol. Como todos sabemos, o efeito de estufa de um carro é notável, e no Inverno, mesmo com temperaturas baixas, o Sol consegue fazer milagres!

No Verão, a utilização de um para-sol ajuda muito a minimizar a temperatura interior. Tal poupa obviamente no ar condicionado, que é um dos factores que mais afecta o consumo dos automóveis modernos. Ao mesmo tempo, preserva os equipamentos interiores, dado que as temperaturas interiores podem ultrapassar os 60ºC! Com esta técnica simples, as temperaturas interiores podem chegar a baixar 8ºC… No Inverno, ou num dia mais frio, o objectivo é deixá-los ao Sol!

Os novos carros eléctricos, por exemplo, já podem ser instruídos no sentido de pre-aquecerem ou pre-arrefecerem o ambiente, antes do seu arranque, e enquanto estão ligados à corrente. Tal permite que o habitáculo seja ambientado sem recurso às baterias. Em qualquer caso, esta técnica permanece válida, mesmo para este tipo de veículos.

Conseguimos aumentar a eficiência das deslocações para o trabalho?

Tenho um interesse muito pessoal no problema que aqui equaciono pois trata-se do meu percurso diário.

A pergunta já está respondida, nem que seja pelo que já se disse sobre a carga do automóvel e as percas de energia nas travagens, mas a poupança de energia nas travagens traduz-se num aumento do tempo necessário para o percurso.

O problema pretende-se resolvido, não só na vertente dos consumos de energia, poupando aqui o dinheiro, mas também de tempo:

  1. Quanto tempo consigo poupar; e
  2. Quanto combustível consigo poupar.

Para poupar o segundo, vamos ter de arranjar maneira de reduzir a influência de um no outro, isto porque se trata de vencer dois percursos diários, com vários pontos, no menor tempo, com o menor consumo. Vale tudo:

  1. Transportes públicos;
  2. Out-sourcing de um dos troços;
  3. Alteração do veiculo;
  4. Utilização de Energias alternativas;
  5. Outros aqui não previstos.

Os pontos extremos dos percursos são Montijo e Lisboa, e ambos os percursos implicam:

  • Transportar uma criança de e para o infantário;
  • Transportar uma criança de e para a escola;
  • Transportar um adulto de e para Benfica;
  • Transportar um adulto de e para a Praça de Espanha.

O ponto de partida do exercício terá como medida de arranque um consumo médio de 5,6 Litros de Gásoleo ao 100 Km e uma manutenção anual a rondar os 1.500,00€.

Os fatores externos de alteração são:

  • Intensidade do tráfego rodoviário;
  • Greves do setor dos transportes;
  • Flutuação do custo do combustível;
  • Entre outros.

Estas variáveis por não serem controladas por mim, terão de ser estimadas com valores médios e estabelecido o valor a partir do qual a mudança não produz poupança.

A poupança não se pode traduzir em mais tempo afecto ao total de todos os percurso, nem o esforço total da obtenção do ganho final não pode nem implicar um investimento superior ao recuperável em 1 ano.

Está lançado o desafio.

Para onde vai o combustível dos carros?

Quando falamos de poupanças de combustível nos automóveis, devemos perceber primeiro para onde vai o combustível que inserimos no depósito. A imagem ao lado dá-nos essa representação visual, sendo que a informação foi obtida a partir deste site. Note-se que esta é uma representação genérica, podendo variar consoante o tipo de veículos, como é o caso dos híbridos, e notavelmente dos eléctricos.

A maior perca é originada claramente no motor, que em cenários de cidade ou estrada, é responsável por cerca de 2/3 das percas. Essas percas são essencialmente térmicas, manifestando-se no calor dissipado pelos radiadores e pelo tubo de escape. Ainda atribuíveis aos motores temos percas associadas à bomba de combustível, combustão e fricção. Outras percas, bastante inferiores, estão associadas ao consumo em standby, às percas na transmissão, e aos consumos eléctricos. A restante energia é transmitida às rodas. Dependendo do cenário de condução, temos então as percas atribuíveis à aerodinâmica, à resistência ao rolamento, e à travagem.

É na manipulação destas percentagens que conseguimos poupar, ou consumir mais, combustível. Como vimos neste post, o controlo das travagens pode reduzir significativamente o consumo de combustível. Ou neste outro, em que abordamos a questão do peso no automóvel, e que aqui se enquadra na resistência ao rolamento. Em próximos posts, continuaremos a abordar formas de poupança de combustível, sempre com o pensamento nestes valores.

Peso a mais no automóvel

Quanto maior é um peso de um automóvel, genericamente maior é o seu consumo. As leis da Física são claras nesse aspecto. Baixar o peso de um automóvel significa, por isso, baixar o consumo. Embora raramente se possa reduzir substancialmente o seu peso, há aspectos que podemos melhorar.

A bagageira é normalmente o primeiro sítio por onde começar. Muitas vezes transportamos carga sem necessidade, mais pela preguiça de a retirar. E em muitos casos essa carga vai-se acumulando, e sem nos darmos conta estamos a carregá-la desnecessariamente para todo o lado!

No porta-luvas andamos quase sempre temos também objectos desnecessários. Como o manual do carro, que tendo apenas umas centenas de gramas, circula quase sempre desde a compra do carro! Já pensou quantas vezes o consultou? Ou então pense no factor multiplicativo: nos milhões de carros que existem, os milhões de manuais andam quase todos a passear desnecessariamente!