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Menos mortes nas estradas

Uma campanha da ANSR

Vários jornais destacaram ontem a notícia: as mortes na estrada caíram no ano passado para mínimos de 60 anos. Segundo o balanço provisório da ANSR, os acidentes rodoviários provocaram 580 vítimas mortais em 2012, menos 15.8% que no ano de 2011. Note-se que estes valores são um grande avanço não só sobre 2011 mas também 2010.

Esta é sem dúvidas uma boa notícia! A explicação da ANSR parece-me razoável, pois segundo este link, “avança algumas explicações para a queda nas vítimas mortais, entre as quais a diminuição do número de carros nas estradas, a melhoria da segurança em algumas estradas e a diminuição média da velocidade derivada da crise”.

Para quem anda na estrada, estas explicações são claras. A redução de automóveis a circular é evidente, e para além da crise, em termos genéricos, há que apontar também o elevado preço dos combustíveis. Por outro lado, é perceptível a redução das velocidades praticadas, especialmente em autoestrada. E são cada vez mais os Portugueses a utilizarem estratégias de poupança de combustível, pelo que todos nós poupadinhos damos uma ajuda…

Por isso, para mim, andar com cautela e devagar, mas sobretudo com segurança, sempre foi uma prioridade! E posso avançar que as minhas técnicas de hypermiling já não merecem as apitadelas de há uns anos atrás… Assim, se todos ajudarmos, podemos melhorar ainda mais este número, mesmo que a crise vá embora (que não vai infelizmente acontecer)

10 cêntimos na GALP e Continente

Como referi neste artigo, ando constantemente a reciclar talões e cupões da GALP e do Continente, na sua promoção Vice-Versa.  Esta reciclagem aparentemente vai ficar ainda melhor. No site associado à parceria, surgiu agora a notícia de uma promoção que promete 10 cêntimos em cada sentido! Ou seja, o dobro da promoção anterior…

Segundo a página de FAQs, a coisa parece linear:

1) Faça compras no Continente
Nas lojas Continente, por compras de valor superior a €30 no seu Cartão Continente, recebe um cupão de 10 cêntimos de desconto por litro de combustível.
2) Abasteça na Galp
Nos Postos Galp aderentes, abasteça o seu automóvel e no momento de pagamento apresente o cupão conjuntamente com o Cartão Continente que originou o desconto
3) Poupança no seu Cartão
Por cada litro abastecido, acumula 10 cêntimos no seu Cartão Continente.

Um dos truques associado a esta promoção é a necessidade que passa a existir de entregar o cartão Continente correspondente, na altura do abastecimento na GALP. Parece-me claro que o objectivo é acabar com a passagem dos talões entre pessoas, para os quais eu também contribuía… Tenho também que saber se acumula com os descontos que se recebem por SMS da GALP… Há ainda um passatempo associado, que promete 5 prémios no valor de 1000 € cada.

Ainda assim, há qualquer coisa nesta promoção que não me agrada. Vou ter que experimentá-la no próximo fim de semana, para ver se não há truques! Depois, contarei como foi a experiência!

3 em 1: gasolina, dinheiro e reclamação

Desde que comecei a andar de mota, as bombas de gasolina que exigem pré-pagamento entraram na minha mira. Preciso de encher o depósito para poder fazer as contas ao consumo, mas algumas bombas de gasolina obrigam os motociclistas a:

  1. Entrar na loja e esperar na fila para entregar o pré-pagamento; e
  2. Voltar à loja depois de encher o depósito para ir buscar a parte que sobra.

Não podemos pagar na janela da loja porque enquanto a loja está aberta só aceitam o pagamento dentro da loja. A opção do pagamento com cartão junto à mangueira chega mesmo a estar desligada enquanto a loja estiver aberta.

Entendo o problema de ser quase impossível na justiça portuguesa cobrar de forma eficiente o valor perdido em caso de fuga após o abastecimento, mas isso não é justificação para os motociclistas serem discriminados.

Para além de discriminarem motociclistas, somos obrigados a entrar na loja. A temperatura dentro da loja é quase sempre mais elevada o que obriga a tirar luvas, capacete e casaco e carregar com tudo, só para voltar a vestir tudo de novo após abastecermos.

A última vez que que fui abastecer e me exigiram pré-pagamento, decidi poupar uma volta à caixa automática de levantamentos e deixar também uma mensagem na caixa de pagamento da bomba de gasolina:

  1. Entreguei 60,00 € em pré-pagamento com o cartão eletrónico de pagamento;
  2. Abasteci cerca de 12,00 €;
  3. Recebi a diferença em dinheiro.

Não vos proponho que façam o mesmo, mas retirei algum gozo pessoal em pensar que vos vinha aqui contar esta pequena subversão. Devem ter um lugar reservado para mim no inferninho das pessoas que escrevem coisas sobres os postos de abastecimento.

Em que dia da semana devo abastecer?

O RACC (Reial Automobil Club de Catalunya) elaborou uma análise interessante sobre os preços dos combustíveis em Espanha. O estudo completo está disponível neste link.

O estudo revela alguns aspectos interessantes, e tal como cá, começa por evidenciar a importância dos impostos na formação do preço final. Aliás, é interessante observar que as províncias onde os combustíveis são mais caros são algumas das que fazem fronteira com Portugal. E pior, a nossa GALP, que tem 6.7% das gasolineiras em Espanha, tem as duas gasolineiras com gasóleo mais caro em toda a Espanha!

Mas a conclusão mais surpreendente do estudo foi descobrir que o melhor dia para abastecer combustível em Espanha, estatisticamente é à segunda-feira. Como se pode observar no gráfico abaixo, os preços sobem imparavelmente ao longo da semana! E o estudo vai mais longe, ao revelar um padrão de subida de preços à medida que se aproximam os dias com maior circulação automóvel em Espanha.

É por isso interessante observar alguns dos conselhos que o RACC dá aos automobilistas espanhóis, os quais também provavelmente nos serão úteis, e alguns dos quais já mesmo avançamos aqui no Poupar Melhor:

Custo de combustíveis em Espanha por dia da semana

É igual ao litro…

A DECO lançou ontem as conclusões de um teste que efectuou a três tipos de gasóleo. Testou o premium Galp Gforce, o normal Galp Hi-Energy, e o gasóleo low-cost do Jumbo e Intermarché. Juntou quatro automóveis em condução controlada, fizeram 12 mil quilómetros, e no final a conclusão foi a de que é tudo igual ao litro!

Embora curiosamente o gasóleo normal da GALP tenha tido o comportamento melhor, ele foi de apenas 0.13 litros aos 100 Km inferior ao pior dos gasóleos low-cost, ou seja com pouco ou nenhum significado. Foi igualmente analisado o impacto nos motores da utilização dos diferentes tipos de gasóleo, mas nenhuma diferença parece ter sido detectada.

No vídeo abaixo percebe-se que houve alguma preocupação com a metodologia, embora eu pessoalmente preferisse testes mais controlados. Neste forum da especialidade há naturalmente muitas mais visões específicas, sobre um tema que ainda vai dar muita polémica, até porque há críticas válidas aos testes efectuados…

A DECO sugere ainda a assinatura de um abaixo assinado, mas pessoalmente não o assinei, porque penso o problema não ser na existência de MAIS um regulador, mas no do actual não fazer mais pela elucidação do Mercado. Todavia, não se pode discordar com “que todas as alegações sobre os combustíveis à venda em Portugal passem a ser comprovadas“.

Quantas motas se compraram

Vendas de motociclos entre Janeiro de 2011 e Setembro de 2012

Vendas de motociclos entre Janeiro de 2011 e Setembro de 2012 por @designerferro

Agradecendo desde já a gentileza da Autoinforma, podemos dizer-vos que a venda de motociclos, depois de toda a publicidade, poderá ter aumentado, mas nada que para já a quantidade de dados com que gerámos o gráfico nos permita fazer uma análise muito complexa. Os dados para o gráfico estão partilhados no Google Drive.

Com os preços dos combustíveis a aumentar porque sim e porque não, e com as greves a acontecer dia sim dia não, quem quer ir trabalhar e voltar para casa sempre a horas não teve outro remédio que não fosse comprar um motociclo.

Embora o gráfico demonstre que em Julho de 2012 as vendas ultrapassaram a linha das 2100 unidades vendidas, a verdade é que não sabemos se os motociclos vendidos foram para recreio ou para deslocações para o trabalho. O que é de notar é que se venderam bastante mais motociclos entre os 50cc e os 125cc do que com maior cilindrada.

Um motociclo de 125cc é essencialmente para andar na cidade, mas ter aquela potência adicional às 50cc sem ter de tirar uma licença de condução para motociclos com mais de 125cc. Isto aponta para que os portugueses se estejam a desenrascar e a resolver os seus problemas de deslocação com muita força de vontade e espírito de aventura do que lhes é apontado, investindo em meios de deslocação alternativos.

É pena que estas motas todas não sejam elétricas. Eu sei que preferia não estar dependente das variações dos custos de combustível porque faço bastantes kilometros por dia, mas quem circula dentro da cidade pode pensar no motociclo elétrico pois a autonomia será suficiente.