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24º gráfico: o do consumo do frigorífico sem o congelador, da variação do custo do combustível e estatísticas sobre oportunidades de poupança

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Esta semana temos um podcast dedicado a temas de férias como o consumo do frigorífico sem o congelador e a análise da variação do custo do combustível com os períodos de férias.

Falamos também das estatísticas sobre oportunidades de poupança e de como as contas estão cada vez mais difíceis para os cidadãos.

Agradecemos a quem nos ouve e que usa o iTunes que nos deixe o vosso comentário ao Podcast e nós vamos referir esses comentários em futuros episódios.

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Variação custo dos combustíveis em função dos períodos de férias escolares

Variação do custo da gasolina por @designerferro

Variação do custo da gasolina por @designerferro

Do registo sistemático que faço dos consumos de gasolina fica também registado o custo da gasolina, mas isto já não é novo.

No gráfico aqui apresentado estão assinalados os abastecimentos feitos na mota fora da bomba de gasolina mais barata, mais concretamente o primeiro em Lisboa e os outros dois junto ao mês de Junho numa bomba de gasolina com promoção cruzada.

Ao observar o gráfico, podemos ver que a curva tende para subir junto aos períodos de férias, algo não relacionado com as subidas do custo do petróleo.

Assim, enquanto as notícias apontam para outras coisas, a minha ideia é que as coisas para as quais deveriam apontar são um bocado mais próximas de nós, como seja os nossos hábitos de consumo.

Comparar os custos dos combustíveis com outros países, a circular no Facebook

Margens do combustível no Facebook

Margens do combustível no Facebook

Porque prever o custo do combustível é uma das grandes dificuldades na gestão do orçamento doméstico, o assunto interessa-me sempre.

Quando se começa a discutir como é que este flutua, há sempre quem fale do custo do petróleo, dos malandros das petrolíferas e dos pilhos do Estado que o incham de impostos.

Até hoje ouvia, e até participava destas discussões, tentando dizer que não era bem assim ou que podiam sempre poupar combustível de muitas maneiras para não serem afetados pela sua variação constante, mas a partir de hoje, e depois disto, passo a alinhar no clube dos que dizem que aqui há gato.

O que me suscita a dúvida vem da imagem que andava a circular no Facebook e de eu próprio ter constatado algo estranho nos valores de comparação visíveis  na captura de imagem abaixo do site onde estes dados estão agregados.

fuelprice @energy.eu

fuelprice @energy.eu

Os dados são do site www.energy.eu, que só por si já era digno de um post próprio, mas reparem no preço do combustível em Portugal, esse país riquíssimo, muito ao nível da Finlândia.

Acelerómetro no telemóvel

Accelerometer Monitor

Há muito tempo que andava à procura de um acelerómetro para “brincar”. Sei que tenho um no meu portátil Toshiba, mas apesar de ter um software incorporado, não permite o acesso aos seus dados. Nesta busca incessante, descobri o óbvio: o telemóvel tem um! Uma pesquisa rápida apontou-me na direcção do Accelerometer Monitor, que me deixou logo encantado! Tentei verificar logo se tremia muito, mas o resultado foi estonteante: só riscos em todas as direcções.

Depois levei o carro a dar uma volta, com o software a registar as vibrações/variações nos eixos dos xx, yy e zz. Depois foi só importar o ficheiro gravado e fazer o gráfico abaixo. Recordando o trajecto efectuado, dá para perceber as subidas e descidas, sobretudo na curva a roxo. A tecnologia ainda está longe de estar dominada, mas promete ser melhor que um copo de água do tablier… E ajudar noutras situações, que não apenas na poupança de combustível. Como muitos dos leitores terão um telefone Android, a experiência está mesmoa às mãos de semear! E depois conte-nos as suas experiências…

Acelerómetro num trajecto em Lisboa

Concorrência nas auto-estradas

Painéis comparativos de preços nas auto-estradas por @designerferro

Painéis comparativos de preços nas auto-estradas por @designerferro

A Autoridade da Concorrência elaborou uma “Análise do impacto da introdução de painéis de preços decombustíveis nas auto-estradas“. É uma análise extensa, com mais de 350 páginas, e por isso muito detalhe, mas que na sua página 14 do PDF resume o essencial:

Em suma, resulta da análise realizada que, no curto prazo (1 ano), a introdução dos painéis comparativos de preços nas auto-estradas não proporcionou reduções no nível médio de preços.

Eu pessoalmente não me sinto afectado por estes preços mais elevados, pois pura e simplesmente não abasteço nas auto-estradas. Já não me lembro da última vez que o fiz, certamente há muitos anos, e faço muitos milhares de quilómetros por ano em auto-estradas portuguesas… É só uma questão de planeamento, e de aproveitamento das promoções.

Em qualquer caso, a análise da Autoridade da Concorrência é muito interessante. Estabelece mesmo comparações detalhadas com Espanha e França.  E tem muitos gráficos interessantes, como aquele visível no fundo do artigo, que evidencia as diferenças de preços de gasolina 95 na A1 durante o segundo trimestre de 2010.

A Autoridade da Concorrência chama também a atenção para um aspecto muito interessante: em 2015 termina a subconcessão de 41 postos de abastecimento localizados em auto-estradas (32% dos postos de auto-estradas actualmente subconcessionados), pelo que existirá uma oportunidade de corrigir este problema. Mas ele terá que ser bem pensado, até porque esta ideia de pôr os painéis foi da própria Autoridade da Concorrência, na sua Recomendação n.º 3/2004.

A importância do vento no consumo de combustível

A importância do vento no consumo dos automóveis é daquelas coisas que poucos negarão. O vento de cauda contribui para um consumo menor, enquanto um vento de frente aumenta o consumo em relação ao valor normal. E isto são apenas as generalidades do problema!

Infelizmente, não podemos tirar facilmente partido deste factor no dia a dia. Não controlamos em que direcção ele sopra, e o máximo que poderemos fazer é perceber que tipo de vento iremos ter num determinado percurso, sendo que as previsões com antecedência são muito fáceis de encontrar na Internet.

Mas podemos pregar boas partidas aos nossos amigos! Se quer exibir os seus dotes de eco-condução, só tem que dominar estas previsões. No dia em que for o condutor, assegure-se que o vento está de traseira. Noutro dia, para exactamente o mesmo percurso, à mesma hora, e com exactamente as mesmas condições de condução (velocidade, etc.), deixe a condução para o seu amigo. Certifique-se apenas que o vento não está de feição…

Quanto podem estas mudanças de vento representar no consumo? Muito mais do que possa pensar. No primeiro vídeo abaixo, observa-se um software de modelação de consumos, que podem observar em maior detalhe neste site. O caso que vamos analisar diz respeito às simulações de consumo para um Toyota Camry Hybrid LE, de 2012. Entre o minuto 3:41 e o minuto 7:00, o vídeo evidencia as variações de consumo para uma velocidade do carro de 70 milhas por hora (cerca de 112,7 Km/h), com um vento constante de 9 milhas por hora (cerca de 14,5 Km/h). Não estamos a falar de rajadas, mas neste caso da velocidade média do vento nos Estados Unidos (aos 7:50 do vídeo). Nessas condições, o consumo varia entre um máximo de 39,75 MPG (minuto 06:36) e um mínimo de 51,88 MPG (minuto 06:53). O que quer dizer o mesmo que varia entre um máximo de 5,92 L/100Km e um mínimo de 4,53 L/100Km (ver este site para as conversões).

Mas se quiser impressionar verdadeiramente os seus amigos, junte-lhe um aditivo amuleto. Um leitor do site sugeriu-me uma pata de coelho, mas eu pensei que uma pata de lebre é mais adequada! Vou pensar em fazer o teste acima, e no dia em que eu conduzir, vou colocar a pata da lebre próxima do local onde passa o tubo de combustível, com 15 graus de inclinação em relação ao eixo do carro. Quando o meu amigo conduzir, a pata de lebre vai ficar em casa. Mas vai ser no dia em que eu decidir, obviamente à mesma hora, e com o mesmo estilo de condução, e com vento à maneira.

Com a minha pata de lebre, vou poder invocar uma poupança de combustível de até 23,5%, se considerar as condições acima! Mas se conseguir aplicar mais algumas dicas, como as do segundo vídeo abaixo, ainda talvez consiga superar essa poupança; nessa altura talvez faça um terceiro teste, somando-lhe uma ferradura, para que se consiga explicar a variação adicional! E este aditivo vai poder ser certificado internacionalmente, porque os fundamentos da sua eficácia estão documentados neste documento da EPA.