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Pit-stop fora da autoestrada

Já não me lembro da última vez que abasteci numa estação de serviço de uma autoestrada. Só paro nelas normalmente para ir à casa de banho.

Quando preciso de abastecer, conheço uns desvios onde vou abastecer mais barato. Neste fim de semana que passou, foi a mesma coisa. Utilizando um desvio que utilizo noutras circunstâncias, vindo do norte na A1, saí para o IP3 e fiz o trajecto a seguir descrito:

Pit stop fora da A1 em Coimbra

Pit-stop fora da A1 em Coimbra

Vamos ao pior primeiro: para fazer este pit-stop, que incluiu meter 58 litros de combustível, pagar, ir à casa de banho, dar uma olhada aos jornais e revistas, perdi 19 minutos no ETA (estimated time of arrival), medida imediatamente antes de sair da A1 e logo depois de voltar a entrar nela. Mesmo que tivesse abastecido numa estação de serviço, obviamente teria perdido bastantes minutos…

Vamos aos proveitos. Ao sair da autoestrada, poupei no trajecto que fiz fora dela, 90 cêntimos de portagem.

Em termos de combustível, o preço de gasóleo era de 1.399 € por litro nas estações de serviço da A1 (continuam todas com o preço igualzinho…), mas na estação de serviço onde meti gasóleo, este estava a 1.334 € por litro. Em 58 litros, a poupança imediata foi de 3.77 €.

Ademais, como utilizo tradicionalmente os cupões de 10 cêntimos da GALP/Continente, fiquei com um saldo acrescido de 5.80 € no cartão Continente.

Fiz mais uns quilómetros, mas a uma velocidade mais baixo. Devem compensar-se mutuamente…

Em resumo, poupei 10.47 €. Perdi 19 minutos, dos quais não sei quanto é relativo ao abastecimento em si. O Google Maps refere que este desvio “custa” 9 minutos, mas 10 minutos para abastecer parece-me excessivo… Talvez me consigam ajudar: quanto tempo demora aos leitores um pit-stop na autoestrada?

107ª partição: a do pit stop fora da autoestrada e da lei de Murphy contra o Zonhub

Podcast do Poupar Melhor

Esta semana o A.Sousa vai falar de como perde 19 minutos, mas ganha no preço do gasóleo a abastecer fora da auto-estrada.

Terminámos a falar de como a lei de Murphy se uniu ao Zonhub para numa tempestade perfeita me roubarem o tempo de descanso e tudo o que tinha num disco de 500GB.

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Mapa da subsidiação do combustível fóssil

Mapa da subsidiação do combustível fóssil

Mapa da subsidiação do combustível fóssil

Enquanto andamos aqui a tentar preparar-nos para o debate sobre fracking, eis que surge um mapa com a subsidiação do combustível fóssil e uma teoria de que se deixarem de subsidiar o combustível fóssil para subsidiarem na mesma medida as energias alternativas, o problema do aquecimento global desapareceria. O estudo é de um David McCollum, do programa energético do International Institute for Applied Systems Analysis (IIASA).

A proposta deste estudo é que será possível reduzir 2º celcius globalmente seria necessário investir 1,2 triliões de dolars, mas que o dinheiro podia vir dos subsídios de 1 trilião de dolars atribuídos ao combustível fóssil. Uma das conclusões interessantes deste estudo é que será mais rentável manter algumas das atuais centrais termo-elétricas a carvão a substituí-las, por estas exigirem um investimento inferior ao necessário para construir novas e mais eficientes centrais termo-elétricas a carvão.

 

Gasolina sem chumbo volta a subir

Gasolina sem chumbo 95 volta a subir

Gasolina sem chumbo 95 volta a subir

Com o registo sistemático que faço dos consumos de gasolina já não é a primeira vez que aqui anoto quando sobe o seu preço. Já tinha sugerido que a variação podia acompanhar o calendário escolar. Ao observar o gráfico, podemos sempre ver que a curva tende para subir junto aos períodos de férias, algo não relacionado com as subidas do custo do petróleo.

O A.Sousa e eu não temos isto fixo porque certamente que não haverá apenas uma razão. Quem trata o tema fala de oferta e procura justificando depois menos as razões que podem provocar essa variação.

Aparentemente, no último mês, o preço do barril tem subido bastante, mas está a baixar nos últimos dias. O pico que podemos observar pareceu-nos todavia excessivo em relação à variação.

O A.Sousa enviou-me as referências que acompanha do custo do barril de petróleo. Não sendo propriamente o indicador que afeta os preços em Portugal, a relação costuma ser grande. Já está no Dashboard do Poupar Melhor para acompanharmos.

102ª medição: a da gasolina ter subido e da latência nas comunicações

Podcast do Poupar Melhor

Esta semana falámos sobre a subida momentânea do preço da gasolina que esperamos venha a acompanhar o preço do petróleo que já voltou a descer.

Terminámos a falar sobre latência, um tema que tipicamente ouvimos falar dele na Internet e que pode vir a tornar-se mais comum ouvir-se falar se deixarmos de ter neutralidade na rede.

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Importância de vento norte na A1

Há já bastante tempo que andava a procurar contabilizar o impacto do factor vento no consumo de um automóvel. É que ainda não fiz o teste da minha pata de lebre, mas tenho que ir preparando a partida!

No passado 24 e 25 de Maio, tive oportunidade de fazer um teste mais científico. Tinha indicações das previsões de vento de que ele iria soprar quase exactamente de Norte, e com uma velocidade constante, durante o trajecto de ida e volta, de Lisboa ao Porto. Dados históricos recolhidos pelo Weather Underground revelam que assim foi, com vento durante o trajecto a soprar a cerca de 25 Km/h.

Os dados abaixo foram recolhidos entre as portagens de Alverca e Grijó, e no sentido contrário. As duas viagens foram non-stop, com uma velocidade constante de 120 Km/h, sem cruise-control. A estratégia de condução passou, ao contrário do que é meu costume, por manter a velocidade o mais próxima dos 120 Km/h, e fiz um blind-test, no sentido de que não controlei por outra forma a duração do trajecto. No final, o trajecto Sul-Norte acabou por demorar mais 31 segundos.

Infelizmente, os dados recolhidos pelo Torque não são tão exactos quanto pretendia. Ainda não consegui calibrá-lo para dar dados de consumo compatíveis com o mostrado pelo veículo, mas esse aspecto será melhorado. Um dos dados recolhidos diz respeito ao “Fuel flow rate/hour(l/hr)“, o indicador que talvez melhor esteja associado ao consumo. Como se pode ver na imagem abaixo, há uma faixa estranha de ausência de valores entre 0 e ligeiramente abaixo de 5. Note-se que os valores de zero não são estranhos, dado que em muitas situações, larga-se pura e semplesmente o acelerador, como é o caso das descidas, em que é possível manter a velocidade de 120 Km/h, sem calcar o acelerador:

A1 ventoDestaque natural para a serra de Aire, que fica situada próxima do Km 100 da A1. Note-se o consumo maior no sentido Sul-Norte, por via da subida, e bastante reduzido no sentido contrário.

Em termos médios, o valor desta variável no trajecto Sul-Norte foi de 12.250 l/hora, enquanto no regresso foi de 10.719. Tal é claramente visível, com muitos mais pontinhos vermelhos em valores mais elevados. Tal representa uma diferença de valores médios de 14%, o que é assinalável, embora inferior ao máximo teórico.

Outros dados médios relevantes das duas viagens estão na tabela abaixo. Também eles condicionam ou foram condicionados pelas duas viagens. Estejam à vontade para comentá-los:

Sul-Norte Norte-Sul
Speed (OBD) 120.53 Km/h 120.68 Km/h
RPM 2240 2243
Engine Coolant Temperature 66.48 °C 66.93 °C
Volumetric Efficiency (Calculated) 69.09% 65.93%
Turbo Boost & Vacuum Gauge 7.89 psi 6.57 psi
Engine Load 66.73% 64.86%
Fuel flow rate/hour 12.25 l/hr 10.72 l/hr
Mass Air Flow Rate 49.19 g/s 43.95 g/s
Intake Air Temperature 18.19 °C 20.38 °C
Intake Manifold Pressure 22.59 psi 21.28 psi