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Fraudes no couponing

extreme-couponingHá um ano falamos do programa Extreme Couponing, e de como os cupões ainda eram uma novidade em Portugal. As coisas têm mudado muito desde então, e ontem foram mesmo tema para uma reportagem na RTP1. Acontece que nem tudo o que parece é!

A história desconhecida do Extreme Couponing é a natureza fraudulenta de muitos dos seus participantes. Quando comecei a escavar a história fiquei verdadeiramente surpreendido. Logo no primeiro episódio, a participante J’aime Kirlew gabou-se de ter comprado por $103 produtos com um valor de $1900. O problema começou quando Jill Cataldo, outra couponer, lhe topou o esquema. Dias depois, Jill documenta melhor a fraude. Numa entrevista no mês a seguir, ao blog SmartMoney, do Wall Street Journal, J’aime Kirlew admite ter utilizado os cupões de forma indevida!

A saga chegou a outros sítios no Media. A revista Time referiu-a e voltou depois à carga. E mais exemplos surgiram:

Enfim, não são certamente estes os exemplos de poupança que devemos perseguir. Eu pessoalmente deixei de ver o programa, pois aquilo convida mais ao açambarcamento que à poupança. E, para quem possa pensar que a Jill Cataldo está com dor de cotovelo, a resposta foi dada neste post. Há que concordar com ela, pois os cupões não podem ser uma obsessão… Mas quem quiser mais informação sobre este tema dos cupões, a Coupon Information Corporation é um bom sítio para começar. Eles até oferecem $100.000 a quem os ajudar a apanhar os envolvidos na contrefacção de alguns cupões…

41ª multa: a da multa que não existe no mercado de energia e dos preços nos escaparates

Podcast do Poupar Melhor

Nesta edição falamos da multa que não existe no mercado de energia e de como a desinformação levou muitas pessoas a pensarem que existia.

Falamos também dos preços nos escaparates e de como fazemos as compras da semana.

Podem aceder aqui à lista completa de episódios do Podcast. O Podcast do Poupar melhor está também no iTunes.

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Cuidar da carteira: Contratos de permanência

Foto por Jessica Spengler (Flickr, Creative Commons CC-BY)

Foto por Jessica Spengler (Flickr, Creative Commons CC-BY)

Duas situações diferentes fizeram-me relembrar os custos dos contratos de permanências: as letras pequenas dos anúncios do produto M4O do Meo e uma tentativa de uma operadora impingir a um colega de trabalho um equipamento que ele não precisava em troca de um contrato de permanência de 18 meses.

Os contratos de permanência não são um problema. A forma como a maior parte das pessoas lidam com eles é o verdadeiro risco para a carteira. Uma mensalidade de €79,99 pela utilização de um serviço que pode ser cancelado a qualquer altura custa no máximo €79,99 (e a chatice) se descobrirmos que o serviço não nos serve. Uma mensalidade de €79,99 com um contrato de permanência de 2 anos (24 meses), é uma despesa feita de €1.919,76 (quase dois mil euros) na mesma situação.

Na aldeia do meu avô havia um senhor rico que dizia “Senhor, livrai-me das pequenas despesas, que das grandes trato eu…” Um contrato de permanência normalmente é uma grande despesa a tentar fazer passar-se por pequena. Você pensaria várias vezes antes de gastar dois mil euros, certo?

Música no supermercado

Capa de “Musique pour Supermarché”

O efeito da música em nós, é algo que já abordamos aqui, relativamente ao impacto na condução. Hoje iremos abordar o impacto que a música tem quando vamos às compras. Provavelmente já terão reparado na música que passa nos centros comerciais, e mesmo nos hipermercados, ou talvez não…

Smith e Curnow, em 1966, elaboraram um estudo onde concluíram que em mercados com música alta, as pessoas passavam lá menos tempo, quando compararado com mercados com música mais suave. Todavia, em termos de vendas e de satisfação de cliente, não notaram diferenças…

Um artigo de Milliman, de 1982, notou que a manipulação do tempo da música ambiente alterava significativamente o ritmo do fluxo dos clientes e também o volume de vendas. Um tempo mais lento (menos de 73 batidas por minuto) reduzia o ritmo do fluxo, mas aumentava o volume de vendas, quando comparado com música com mais de 93 batidas por minuto, que tinha um efeito contrário…

Há muitas mais experiências documentadas em literatura especializada (eg. http://www.evolvedsound.com.au/The_Power_of_Music_in_Retail.pdf). Há até um album de Jean-Michel Jarre, apropriadamente chamado “Musique pour Supermarché”, um álbum único (literalmente!), e cuja capa ilustra este artigo.

Por isso, quando vamos às compras, podem ter a certeza que o “DJ” que passa a música tem um objectivo. Esses objectivos são diferentes de manhã, quando a loja está cheia, ou quando faltam 10 minutos para fechar. Para combater este controlo remoto, não sugiro que levem fones nos ouvidos, mas que levem uma lista de compras, e que a sigam a preceito…

10 cêntimos na GALP e Continente

Como referi neste artigo, ando constantemente a reciclar talões e cupões da GALP e do Continente, na sua promoção Vice-Versa.  Esta reciclagem aparentemente vai ficar ainda melhor. No site associado à parceria, surgiu agora a notícia de uma promoção que promete 10 cêntimos em cada sentido! Ou seja, o dobro da promoção anterior…

Segundo a página de FAQs, a coisa parece linear:

1) Faça compras no Continente
Nas lojas Continente, por compras de valor superior a €30 no seu Cartão Continente, recebe um cupão de 10 cêntimos de desconto por litro de combustível.
2) Abasteça na Galp
Nos Postos Galp aderentes, abasteça o seu automóvel e no momento de pagamento apresente o cupão conjuntamente com o Cartão Continente que originou o desconto
3) Poupança no seu Cartão
Por cada litro abastecido, acumula 10 cêntimos no seu Cartão Continente.

Um dos truques associado a esta promoção é a necessidade que passa a existir de entregar o cartão Continente correspondente, na altura do abastecimento na GALP. Parece-me claro que o objectivo é acabar com a passagem dos talões entre pessoas, para os quais eu também contribuía… Tenho também que saber se acumula com os descontos que se recebem por SMS da GALP… Há ainda um passatempo associado, que promete 5 prémios no valor de 1000 € cada.

Ainda assim, há qualquer coisa nesta promoção que não me agrada. Vou ter que experimentá-la no próximo fim de semana, para ver se não há truques! Depois, contarei como foi a experiência!

Comprar em volumes grandes nem sempre compensa!

Para quem viu o documentário dos truques dos supermercados ingleses, uma das circunstâncias mais difíceis de engolir é a de pagar mais por unidade, quando se compra em volumes grandes. Ou seja, por exemplo, pagar mais por uma embalagem de um litro, do que pagar por duas embalagens de meio litro…

Encontrar promoções ao contrário não é propriamente fácil, mas também não é difícil. O exemplo da imagem abaixo foi retirado do site do Continente online. Reparem como a caixa de “Cereais Bolas c/ Chocolate Continente” custa 4.77€ por quilo para uma embalagem de 375 gramas, mas custa 4.78€ por quilo para uma embalagem de 625 gramas! Ou seja, embora por uma margem mínima, compensa mais comprar as caixas mais pequenas, embora duas caixas das pequenas sejam ligeiramente mais que uma caixa das grandes…

E os leitores, conseguem encontrar mais exemplos destes?

Cereais mais caros em quantidade!