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Velocidade do disco

Ainda sou daqueles que tem um disco duro dos antigos, daqueles que ainda rodam mecanicamente. Por isso ainda não experimentei muito os discos SSD, mas a tendência parece claramente apontar para que sejam o futuro.

Enquanto ainda tenho os discos duros que rodam a grande velocidade, vou optimizando-os. Um disco duro tem a sua zona de maior performance na parte exterior do disco, e tal pode ser claramente visualizado com recurso a um software de testes, como o HD Tune. A imagem abaixo é respeitante ao meu disco duro:

Velocidade do meu disco

Velocidade do meu disco

A parte à esquerda representa a parte externa do disco, a qual tem uma velocidade de transferência que é quase cerca do dobro da parte mais interior do disco. Como se pode ver neste documento, é aí que devem residir os dados que mais utilizamos:

Localização ideal no disco

Localização ideal no disco

Reduzir o tempo perdido a tratar emails

Quem trabalha comigo sabe que sou o nazi dos emails. Os emails têm de andar todos ali na linha. Aqui estão algumas das regras mentais que uso para disciplinar a caixa de email:

  1. Nenhum email não solicitado será tolerado;
  2. Todos os emails terão de ter claramente descrito no Subject a ação/projeto/tarefa a que dizem respeito;
  3. Nenhum cortinado de letras modelo enciclopédia Larousse será enviado por email;
  4. Todos os emails serão respondidos nos próximos 5 minutos depois de abertos até que se concluam tratar-se de uma armadilha geradora de um lençol de letras, momento em que serão ignorados e tratados como se de likes no Facebook se tratassem;
  5. Nenhuma teima será feita com o email.

O filme que mostramos acima estava no Washington Post e ajuda-nos a criar algumas das regras para gerirmos o nosso email. O que necessitamos é de ter regras e cumpri-las.

Ainda a Lei da cópia privada

O antigo Projeto Lei 118 (#PL118) era o nome que deram ao projeto lei que pretendia estender um direito de cobrança sobre o meu direito privado de fazer backups/cópias ao conteúdo em suporte digital. Já muito se disse e escreveu sobre o tema antes e agora, infelizmente, lá se teve de voltar a repetir.

A @Jonasnuts é uma autora. Escreve no blog dela e no Twitter, assim como nós aqui do PouparMelhor, mas compilou um conjunto de informação para acompanhar o tema. Juntou nesta página links para as noticias na comunicação social.

Se forem ao site da @Jonasnuts também vão lá encontrar uma página com perguntas e respostas para facilitar o entendimento de todos sobre o tema “FAQ Lei da cópia privada #pl118“. Uma das pérolas desta lei para que se chama a atenção neste FAQ da @Jonasnuts é este:

18 – Porque é que os autores de software, não têm o direito de receber uma “compensação”, como os autores de música?

Mais um mistério. Vai-se a ver e esta lei é bastante misteriosa. Provavelmente porque não são artistas. Provavelmente a ANSOL poderá contribuir para esta resposta.

Uma das pessoas que gosto de ler para limpar o cérebro do ruído de marketing e publicidade falaciosa é o do blog Que Treta! Escreveu este pequeno texto sobre o tema: Treta da semana (passada): “direitos”, “autores” e “cultura”:

A “cobrança dos direitos” é uma noção incoerente, porque direitos não são algo que se cobre, mas sugere haver um direito moral suficientemente importante para justificar termos de pagar uma taxa à SPA quando compramos equipamento digital.

O que é afinal o Copyright

Depois de termos resmungado aqui sobre o problema das rendas criadas com a extensão e âmbito dos direitos de autor, aqui está um vídeo que explica o que é o Copyright. Esta é a versão americana do problema português com os direitos de cópia, aqui chamada de direitos de autor.

O filme demonstra bem de quem são os direitos que estão a ser defendidos com a extensão e âmbito das leis que estão a ser defendidas, mas também o resultado do reforço destes direitos.

Na prática, o reforço deste tipo de leis, em lugar de incentivar a criação, elimina a sua continuidade. Hoje não teríamos citações artísticas ou piadas sobre trabalhos prévios, não fosse a possibilidade de reutilizar os conteúdos para esse fim.

O caso mais conhecido é hoje em dia diz respeito ao uso dos personagens criados por Sir Artur Conan Doyle. Sherlock Holmes e Dr. Watson, serão provavelmente os mais conhecidos detetives do século vinte. O seu autor morreu em 1930, mas os seus herdeiros, alguns deles que nunca conheceram ou viveram na dependência do autor, continuam a considerar-se no direito de exigir taxas sobre a utilização desta criação. Estas taxas alimentam não a criatividade, mas a falta dela.

Se um prestador de serviços pode cortar unilateralmente um contrato de prestação de serviços web com a morte do seu cliente, mesmo que este tenha pago para manter o serviço disponível até uma data que ia muito para além da sua morte, porque razão pode ser cobrar uma taxa sobre as criações de um defunto? De repente até serve para criar um serviço pago para os herdeiros.

Limpar a biblioteca do iPhoto

iPhoto Galery

iPhoto Galery

Cá em casa deixámos de ter fotografias em papel há muito tempo. Noutros tempos a gestão de fotos era feita com o Picasa da Google, mas desde que voltei para o MacBook Pro que me deixei disso.

A Apple oferece com os computadores novos uma aplicação chamada iPhoto que serve só para gerirmos fotos e filmes de família. O sistema ocupa-me neste momento mais de 60 gigabytes e tornou-se um problema de gerir. Por causa disto já tive de alterar o meu Raspbmc para servir de NAS (Network-Attached Storage) e garantir que tinha espaço para tamanha enormidade em fotos.

Agora era necessário gerir este repositório. Uma pesquisa pela web permitiu-me encontrar alguns resultados de como limpar a minha biblioteca de iPhoto.

O primeiro grupo de resultados apontava para a possibilidade de limpar duplicados, mas esse era pouco interessante. A minha prática é limpar duplicados ainda no momento de importação das fotos para o sistema. O problema tinha de ser resolvido de outra maneira e pareceu-me pouco prático andar a rever das 15 mil fotos as que queria manter. Algumas delas eram ainda do tempo em que 640 pixeis era muito, o que me pareceu pouco para tanto espaço.

Encontrei na web uma aplicação que dizia que limpava as fotos originais do iPhoto. Isto sim pareceu-me interessante. Não sendo eu fotografo profissional, depois de limpar os olhos vermelhos das fotos, pouco ou nenhum uso tenho para os originais. O problema com estas aplicações é que não reconhecem a biblioteca do iPhoto no NAS. O file system não tem os atributos do sistema proprietário da Apple e por isso não entendem que estão perante o mesmo conteúdo.

Procurei outra solução e encontrei um scritpt que escrevia a palavra “duplicate” nas fotos consideradas duplicadas. A ideia era selecionar as fotos que queria comparar e executar o script e foi o que fiz… em mais de 14 mil fotos da família. E demorou… Enquanto executou dei-me ao trabalho de ir ler os comentários. Entre os habituais mal agradecidos, género de troll da internet, existiam os que sugeriam melhorias e os que as apresentaram com derivações e outras funcionalidades como apagar um dos duplicados.

Pessoalmente prefiro ver para crer antes de remover. Por essa razão o script ficou a correr o tempo que quis. Azar dos azares, o script falhou. O iPhoto pediu para reparar a biblioteca e a única coisa que me lembrava era “Ainda bem que tenho um backup disto tudo.”. No final tinha um conjunto de fotos com o comentário a dizer que eram duplicados, mas só me mostrava uma das fotos e por essa razão não podia dizer se era ou não duplicado.

Como tenho a biblioteca do iPhoto no NAS não me safei com as outras aplicações. Por isso fui buscar a biblioteca para um disco externo ligado por USB e usei aí a aplicação gratuita Duplicate Cleaner for iPhoto que pode ser obtida na App Store da Apple.

60 giga depois e muito tempo de espera, a aplicação lá se propôs limpar-me uns míseros 70 mega. Foi isto. Mais um processo falhado.

Para a próxima tento um script para Apple Automator que vai às fotos e as reduz a dimensões próprias para ecrã. Está opção é bem capaz de me poupar mais espaço. A redução não me trás qualquer problema porque não tenciono imprimir nenhuma das fotos.

#PL118 é uma lei da cópia privada

Esta conversa da pirataria sobre a lei da cópia privada é uma mentira pegada. A lei não fala em pirataria, mas em cópia privada, algo mesmo muito diferente. Assim, não tem por objetivo compensar ninguém da pirataria, mas atribuir direitos a empresas sobre algo que está no meu espaço pessoal.

Na realidade o que vamos passar a pagar é o direito de fazermos, por exemplo, o backup dos nossos CD ou converter os DVD para ver num Home Theater PC, algo que dá muito jeito quando estamos doentes. E pouco lhes interessa se o disco é usado para fotos de família uma vez que, potencialmente podemos usá-lo para guardar conteúdos com direitos. Se não o fazemos é problema nosso.

O objetivo é receberem de cada vez que mudamos o meio em que experimentamos o conteúdo. Se isto é para suportar a criatividade, quanto calharia aos autores do PouparMelhor que já ultrapassámos os 1000 posts e os 100 episódios do Podcast? Nada. Zero. Ziltch. Niente.  Para recebermos alguma coisa teríamos de ser membros de uma associação monopolista de direitos de autor.

Isto é uma lei que cobra aos cidadãos da república pela possibilidade de efetuarmos um ato, quer o façamos, quer não.

“Um senhor vai a um restaurante com a esposa e no fim a conta trás o Cover. O senhor diz: mas eu não comi o cover.

O empregado responde: não comeu comesse. Estava na mesa. Podia ter comido.
O senhor manda chamar o patrão, que vem com a mesma conversa: Ah e tal, não comeu comesse. Estava na mesa.

Chateado com a situação o senhor decide pagar só o cover. O patrão e empregado argumentam: O senhor não pagou a refeição. Falta aqui muito dinheiro.

Olhando para os dois muito calmo, o senhor respondeu: a minha mulher estava aqui. Não comeu, comesse.”

Já não seria a primeira vez que veríamos as empresas de direitos a cobrarem-se de quebras de venda potenciais em tribunal, mas agora teremos empresas a cobrarem-se do potencial de uso. Isto é um negócio só suportável pelo poder político. Tratam-se de rendas em que quem as recebe nada irá contribuir para a criação de bens transacionáveis, daqueles que tanto se fala que tanto jeito davam para melhorar a economia nacional.

Quando se premeia a cobrança de rendas sobre improdutividade e essa renda só são cobráveis aos cidadãos do nosso próprio pais, não estamos a melhorar qualquer balança, mas a transferir rendimentos de um lado para o outro. Quando se premeia com rendimentos quem não produz bens transacionáveis, estamos a incentivar o oposto do que necessitamos.