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Um Apple Magsafe para todos

"<a href="http://commons.wikimedia.org/wiki/File:MagSafe2_MBA.jpg#/media/File:MagSafe2_MBA.jpg">MagSafe2 MBA</a>" by <a href="//commons.wikimedia.org/w/index.php?title=User:Emanuele1212&action=edit&redlink=1" class="new" title="User:Emanuele1212 (page does not exist)">Emanuele1212</a> - <span class="int-own-work" lang="en">Own work</span>. Licensed under <a title="Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0" href="http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0">CC BY-SA 3.0</a> via <a href="//commons.wikimedia.org/wiki/">Wikimedia Commons</a>.

MagSafe2 MBA” by Emanuele1212Own work. Licensed under CC BY-SA 3.0 via Wikimedia Commons.

Há uns anos a Apple introduziu uma invenção a que chamou Magsafe. Não obstante todos os cuidados, não seria a primeira vez que puxávamos o cabo que liga a fonte de alimentação ao nosso computador portátil com mais força do que esperávamos. Isto pode acontecer por acidente e provocar um estrago fora da garantia do produto que só será reparado se o equipamento for aberto e o conecto no portátil for substituído, soldando-se um novo à placa de gestão de energia ligar à motherboard.

Sei do que falo porque quando tinha o meu Asus os meus filhos me fizeram o favor de puxar pelo cabo por acidente tantas vezes que tive de proceder à sua reparação. Foi necessário comprar o componente interno do Asus e, uma vez que as minhas capacidades de proceder à solda dos componentes de forma limpa são miseráveis, tratei de encomendar o serviço a quem sabia.

Embora não o tenha experimentado, achei engraçado ver que havia quem se tivesse dado ao trabalho de produzir as instruções de construção de algo semelhante para outros computadores, que é o que partilho hoje convosco.

MagSafe for the Rest of Us: A DIY Magnetic Power Adaptor

MagSafe for the Rest of Us: A DIY Magnetic Power Adaptor

A construção não é simples, mas parece possível. As instruções completas de como construir um componente destes encontram-se no site Instructables.com. Aqui a dúvida é o efeito que terá a utilização de ímanes e eletricidade.

Medidor de voltagem do Apple Magsafe

SMC Voltmeter

SMC Voltmeter

Passava na Internet a noticia que alguém tinha criado um voltímetro a partir do conector MagSafe da Apple. O MagSafe é um conector da Apple em que o contacto depende de um ímã, o que faz com que se por acidente puxarmos o cabo não danifiquemos as peças de contacto.

Como não podia deixar de ser, já fui buscar o software, instalei e há-de servir para alguma coisa. Para já, sei que:

  • Corre um script quando ligo ou desligo o cabo de alimentação do MacBook Pro;
  • Gera um gráfico de voltagem; e
  • Tem um histórico de medições que regista o par Voltagem e data/hora da medição.

O programador dá-nos acesso não só ao programa, como ao código-fonte, como ainda disponibiliza no site uma versão de linha de comandos, muito útil se pretendermos reservar recursos do computador para outras tarefas. O A.Sousa vai querer um destes.

142º cabo: o dos cabos HDMI e da marca do ruído

Podcast do Poupar Melhor

Esta semana falamos com a voz rouca, mas falamos. O A.Sousa esteve à procura de ventoinhas menos ruidosas para arrefecer computadores e encontrou um site que lista equipamentos certificados por serem menos ruidosos.

Terminamos a rever as diferenças entre cabos de HDMI caros e baratos para substituir uma ligação que estava por SCART.

Podem aceder aqui à lista completa de episódios do Podcast. O Podcast do Poupar melhor está também no iTunes

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Lei de Moore

Amanhã, a Lei de Moore faz anos. Fará 50 anos que Gordon Moore, que fundaria em 1968 a empresa que mais tarde se chamaria Intel, escreveu um artigo chamado “Cramming more components onto integrated circuits”. Nesse artigo, Moore previa que por cada ano que passasse seria possível duplicar o número de componentes num circuito integrado. Ele fez essa previsão com base nos valores de componentes que se haviam encaixado num circuito integrado, nos anos anteriores:

Imagem do artigo de 19 de Abril de 1965

Imagem do artigo de 19 de Abril de 1965

10 anos depois, em 1975, a sua previsão não estava muito longe do alvo, dado o crescimento a que se assitira na década anterior. Corrigiu num novo artigo, “Progress in Digital Integrated Electronics” a sua previsão para uma duplicação a cada dois anos. Passados 50 anos, a sua previsão continua muito certeira, conforme se pode observar neste gráfico elaborado pelo Wikipedia:

Evolução da Lei de Moore nas últimas décadas

Evolução da Lei de Moore nas últimas décadas

Muito poderíamos mais falar sobre esta lei de Moore. Para além da página do Wikipedia linkada acima, há outros bons artigos, nomeadamente esta compilação de artigos elaborado pelo IEEE, incluindo uma entrevista ao próprio Moore. Este infográfico da Intel dá igualmente uma visão rápida da evolução.

Para mim, grandes ensinamentos se podem retirar da Lei de Moore. Em particular, ela evidencia como há sistemas deflacionários que funcionam impecavelmente. Note-se que a Lei de Moore não é só sobre cada vez mais poder de cálculo, mas também um custo cada vez menor. Enquanto os economistas gostam de debater se preferimos 1000 euros hoje, ou 1000 euros daqui a um ano, os engenheiros preferem discutir se teremos um processamento a dobrar daqui a um ano, ou se custará metade do que custa hoje… E neste sistema deflacionário não há dúvidas quando se pergunta se se quer o mesmo computador hoje, ou daqui a um ano?

A lei de Moore é igualmente um dos melhores exemplos de progressão geométrica. Reparem que qualquer coisa que começou com uma duplicação de 2 para 4, e por aí acima, já vai nos biliões. As progressões geométricas podem todavia ser igualmente assustadoras…

Finalmente, a Lei de Moore devia ser também uma fonte de inspiração para quem faz previsões. É que as previsões não têm que ser sempre a subir, e por isso chocam muitas vezes com a realidade

Sensores para projetos futuros

Raspberry Pi com sensor infravermelho ligado para testes

Raspberry Pi com sensor infravermelho ligado para testes

O meu Raspberry Pi já não tem o sensor de infravermelhos lá ligado. Com as múltiplas atualizações do Raspbmc o comando remoto por CEC começou a funcionar muito melhor. O suficiente para nem se dar pela diferença. Por essa razão desliquei-o e fechei o RPi numa caixa mais convencional.

Entretanto, na sequência desta diatribe sobre sensores e medições, fui ver que outro tipo de sensores se podia ligar e o que podia ser medido. Fica aqui a lista:

Sensores Medição
Acelerómetro Bússola. Direção.
Biométrico Muscular. Impressão digital. Pulsação. Flexibilidade.
Corrente Corrente elétrica
Flexibilidade Extensibilidade. Maleabilidade. Alterações plásticas do material
Força Pesar objetos.
Gases Monóxido de carbono. Metano. Fumos
Giroscópios Unidade de medida de inércia. Altímetro. Acelerometro. Pressão. Rotação.
Infravermelhos Temperatura à distancia. Distancia entre objetos.
Luz e imagem Medição de intensidade de luz visível. Separação de intensidade pelo espectro de cores primárias e rejeição de infravermelho
Magnético campo magnético
Oxidação e acidez pH de uma solução.
Determinar o nível de oxidação.
Proximidade Ultrassónico de distância entre objetos
Som Microfone
Temperatura alterações de temperatura por alteração da resistência elétrica do material e por sensor infra-vermelho
Vibração e inclinação Vibração sensível sem indicador de direção
Atmosférico Níveis de humidade, pressão atmosférica (barométrico) e temperatura .

Dados digitais de hoje, amanhã?

Onde guarda os seus bytes?

Onde guarda os seus bytes?

Todos nos fartamos de produzir bytes de informação, seja em sites ou fotografias, documentos ou emails, ou outra coisa qualquer. Todos assumimos que podemos perder esses dados, e por isso vamos tentando fazer o máximo de backups. Para alguns dos leitores, o armazenamento na cloud será porventura uma prática há muito tempo…

Pouco nos damos conta que a informação digital não é eterna. Se tentar ler dados muito antigos, como aqueles que alguns terão relativo aos primeiros computadores, como o ZX Spectrum, então é muito provável que não o consigam, por uma multitude de razões. Se guardou informação em disquetes, é também possível que já não as consiga ler, seja pelo seu estado, seja pelo facto de não ter um leitor de disquetes à mão… E os CDs/DVDs estão longe de ser eternos…

Se entendeu o parágrafo anterior, a informação que está a produzir por estes momentos, ou produziu nos últimos anos, poderá não ser capaz de ser lida num futuro próximo.

Esta é uma preocupação que tenho há algum tempo. Mas que se reacendeu na minha mente com a leitura deste artigo. Nele alude-se a afirmações de Vincent Cerf, um dos pioneiros da Internet. Ele alerta para vários problemas, incluindo os referidos acima, mas também a obsolescência programada do software. Neste seu artigo mais antigo, ele dá mesmo conta em como o Microsoft Office já não consegue ler documentos que ele próprio produziu há uns anos atrás…

No domínio técnico, há muitas histórias para contar. É um tema equacionado há muito na Internet.

Há várias formas de lidar com este género de problemas. Uma das soluções é ir copiando os backups para meios de armazenamento mais novos. Na Internet, a utilização do “Museu da Internet” é uma hipótese. A utilização de máquinas virtuais poderá permitir executar sistemas no futuro, que já não existam em máquinas físicas, mas é preciso garantir que esse mesmo software ainda mantenha compatibilidade. Manter alguns equipamentos mais antigos funcionais pode ser igualmente uma hipótese, mas múltiplas coisas podem falhar quando se voltem a utilizar. É que estas coisas acontecem mesmo a instituições importantes como a NASA (exemplo1; exemplo2; exemplo3), quanto mais a nós…