Há um ano falamos do programa Extreme Couponing, e de como os cupões ainda eram uma novidade em Portugal. As coisas têm mudado muito desde então, e ontem foram mesmo tema para uma reportagem na RTP1. Acontece que nem tudo o que parece é!
A história desconhecida do Extreme Couponing é a natureza fraudulenta de muitos dos seus participantes. Quando comecei a escavar a história fiquei verdadeiramente surpreendido. Logo no primeiro episódio, a participante J’aime Kirlew gabou-se de ter comprado por $103 produtos com um valor de $1900. O problema começou quando Jill Cataldo, outra couponer, lhe topou o esquema. Dias depois, Jill documenta melhor a fraude. Numa entrevista no mês a seguir, ao blog SmartMoney, do Wall Street Journal, J’aime Kirlew admite ter utilizado os cupões de forma indevida!
A saga chegou a outros sítios no Media. A revista Time referiu-a e voltou depois à carga. E mais exemplos surgiram:
- Mercado que duplicou os cupões para a TV, mas que não o faz para os restantes clientes
- Outro Mercado admitiu que participou numa encenação
- Um menor falsificou cupões para o programa, mas depois a mãe pagou tudo
- Falsificação de cupões Tide
- Nada como um telefonemazinha antes do programa para curto-circuitar as regras
- Para ter mais cupões, nada como roubar os jornais que os têm
- Quando não se tem os cupões que dão jeito, compram-se por mais do que aquilo que valem!
Enfim, não são certamente estes os exemplos de poupança que devemos perseguir. Eu pessoalmente deixei de ver o programa, pois aquilo convida mais ao açambarcamento que à poupança. E, para quem possa pensar que a Jill Cataldo está com dor de cotovelo, a resposta foi dada neste post. Há que concordar com ela, pois os cupões não podem ser uma obsessão… Mas quem quiser mais informação sobre este tema dos cupões, a Coupon Information Corporation é um bom sítio para começar. Eles até oferecem $100.000 a quem os ajudar a apanhar os envolvidos na contrefacção de alguns cupões…