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30º gráfico: o das Receitas Correntes do Orçamento de Estado de 2013, dos Gráficos com os dados da Autoinforma e dos truques dos hipermercados

Podcast do Poupar Melhor

Esta semana falamos de alguns truques menos claros dos hipermercados para convencer os clientes que estão a usufruir de uma promoção movendo os preços ao longo do tempo.

Agradecemos à Autoinforma os dados que disponibilizou para gerarmos o gráfico de compra de motociclos e voltamos a perseguir os Mapas dos Orçamento de Estado de 2013, desta feita os das Receitas Correntes. Falamos das dificuldades de usar os dados nos ficheiros, da manualidade associada aos gráficos que estamos a gerar da proposta de Orçamento de Estado para 2013 e pedimos ao Ministro Vitor Gaspar que nos empreste os ficheiros dele para torturarmos os números.

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Regressões Lineares e outliers

Multiplicadores e ouliers por A.Sousa

Multiplicadores e outliers por A.Sousa

A semana passada evidenciámos como os gráficos podem ser “entendidos” para fazerem passar determinadas conclusões, ou popularmente “torturar os números até que digam o que queremos”. Nesse gráfico foi utilizado o método de regressão linear, que permite aproximar a uma reta um conjunto de pontos. Este método é, todavia, muitas vezes pouco utilizado, porque, supomos nós, a maior parte das pessoas os considere de difícil cálculo.

Já várias vezes podíamos ter utilizado regressões lineares aqui no Poupar Melhor, mas nunca se propiciou. Quando falamos da evolução de temperaturas, da evolução dos juros, ou doutras variações de valores, podemos facilmente utilizar este método. Todavia, esta semana, em função da troca de ideias que mantemos entre os autores do Poupar Melhor, resolvemos demonstrar a utilização do método da regressão linear no âmbito da polémica do multiplicador do FMI.

O problema é descrito originalmente neste documento do FMI, páginas 61 a 63 do PDF (agradecimentos ao @JotaNR que nos facilitou a vida, apontando-nos diretamente aos factos). Os dados originais da Figura 1.1.1 estão neste link. Depois de meter os dados na nossa folha de cálculo (Ver Google Drive), é fácil criar um gráfico animado que demonstra a variação da reta com base na remoção dos valores anormalmente diferentes da maioria.

Cada um dos gráficos é um gráfico XY (Scatter) gerado pelo OpenOffice Calc. Depois, é só carregar com o botão direito do rato nos pontos do gráfico, e seleccionar “Insert Trend Line“. Selecciona-se o tipo “Linear”  com “Show equation“… Et voilá. Já têm um gráfico com a regressão linear, e correspondente multiplicador do FMI, que é o valor que se observa no coeficiente de x.

Para fazerem a animação que facilita o entendimento de toda esta discussão, os gráficos gerados são depois exportados em formato de imagem para ficheiros separados. Fazem o upload para um site de geração de imagens animadas como o makeagif.com e geram a animação em menos de 2 minutos.

A interpretação dos factos registados deve levar em linha de conta se dos factos recolhidos existem alguns que se distanciem especialmente da maioria dos registos. Estes podem ocorrer por acaso, mas também por um erro/falha do processo de recolha ou mesmo por um erro/falha na teoria. A interpretação dos dados sem a remoção destes outliers pode levar a erros de análise que se pagaram pelas decisões mal tomadas que forem suportadas nos mesmos. Assim, como exercício, gerei as variações na animação com base nas seguintes notas:

  1. Ninguém se quer comparar com a Grécia;
  2. A Alemanha aqui também parece ser um caso à parte… e
  3. A Roménia o que faz no gráfico?

A utilização destes outliers já foi questionada em artigos especializados, nomeadamente do Financial Times. No artigo “Has the IMF proved multipliers are really large?” questiona-se a robustez da análise do FMI, enquanto no artigo “Robustness of IMF data scrutinised” essa robustez é claramente escrutinada, equacionando-se por exemplo porque foram retirados países como a Nova Zelândia, Estónia, Letónia e Lituânia. Ambos os artigos são apenas visíveis mediante registo, mas é possível fazê-lo gratuitamente. Como bónus, eles dão uma folha de cálculo com mais dados que os nossos, e uma imagem elucidativa. Com os dados do FT, ou com os que deixamos acima, ficam preparados para que possam dar uma vista de olhos, e “torturar” o método, que afinal está ao alcance de todos para facilitar o entendendimento destas questões complexas.

Experimentando com marshmallows

Há cerca de duas semanas abordamos aqui a importância de começar a poupar cedo. Na infância, é muito importante introduzir o conceito de retardar a gratificação. Até que tomamos conhecimento da experiência dos marshmallows, a maioria de nós não acredita que esta ideia empírica tenha validação prática…

Em 1972, o psicólogo Walter Mischel da Universidade de Stanford, efectuou aquela que é conhecida como a experiência dos marshmallows. Um resumo em português, pelo Nuno Crato, está disponível aqui.

Num estudo de 1972, Mischel et al. descobriram que apenas uma pequena percentagem de crianças entre os 4 e os 6 anos eram capazes de resitir à tentação de comer um marshmallow, mesmo que lhe tivessem oferecido outro passados uns minutos. O verdadeiro impacto da experiência revelou-se quando no final da década de 80, Mischel observou que as crianças que haviam resistido à tentação de comer o marshmallow, registavam um melhor percurso académico, e uma melhor forma de lidar com a frustração e stress da adloscência.

A experiência continua hoje em dia, e já envolve mesmo análises de ressonância magnética aos agora quarentões… A experiência já foi repetida em muitos locais, sendo que na TED talk seguinte, podem observar como algumas crianças colombianas reagiram ao problema…

29ª verificação: a da experiência dos marshmallows, da análise de registos históricos e dos cálculos no Orçamento Geral de Estado para 2013

Podcast do Poupar Melhor

Nesta edição falamos da experiência dos marshmallows que colocava as crianças sozinhas numa sala com uma guloseima na promessa de receber uma segunda caso não a comecem até o facilitador da experiência voltar.

Referimos como a análise de registos históricos depende da dimensão dos dados e pode com um segmento mais curto proporcionar análises de tendência alteradas.

Fechamos a listar as dúvidas que temos sobre os cálculos no Orçamento Geral de Estado para 2013 que teimámos em analisar para podermos ter as nossas discussões políticas com base em factos em lugar de meras suposições e concluímos como o desconhecimento sobre o Rendimento Social de Inserção não tem o peso suficiente no orçamento para a discussão que gera.

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28ª visita: a do Consumo de comandos remotos de energia do J. Aparicio, do Vitor Gaspar e a austeridade lusitana e de Estacionar sem Via Verde

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Nesta edição falamos do Consumo de comandos remotos de energia do J. Aparício que tem mais comandos para as tomadas que o A.Sousa.

Apresentamos a nossa desmistificação sobre o que disse Vítor Gaspar e a austeridade lusitana.

Falamos de como Estacionar sem Via Verde pode ser uma poupança, mesmo que pequena e como as motas não pagam em quase nenhum lado.

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Responsabilidades de crédito

Há uns dias li as notícias que indicavam que podíamos consultar as nossas responsabilidades e restrições de crédito, no Banco de Portugal. Tomei nota para testar essa funcionalidade quando tivesse tempo.

No site do Banco de Portugal, há uma página onde podemos iniciar o processo. Depois de nos autenticarmos com o Cartão do Cidadão, ou com as credenciais de acesso ao Portal das Finanças, temos acesso a um documento PDF que enuncia vários aspectos dos créditos que possamos ter contratado. Inclui aspectos como o nível de responsabilidade, o tipo de Produto Financeiro, os prazos envolvidos, e o saldo associado ao crédito.

No meu caso, o mais surpreendente foi uma entrada respeitante a uma conta à ordem que detenho na Caixa Geral de Depósitos. Descobri que tenho um crédito individual, associado a um produto financeiro designado “Descobertos em depósitos à ordem”, e com um saldo de 50€. Ora, como nunca pedi para ter esta possibilidade de descoberto na minha conta à ordem, vou pedir à CGD para limpar esta entrada na base de dados do Banco de Portugal. Aproveitem para dar uma vista de olhos, e eventualmente deparar-se com surpresas…

Uma responsabilidade de crédito…