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Evite beber café na rua

Chávena de café

A small cup of coffee, Author: Julius Schorzman

Um dos sorvedouros escondidos dos nossos trocos é o cafézito. Lá diz o ditado: Grão a grão…

Se cada café custar 0,60 € e bebermos 1 por dia útil dá um total de 13,20 €. Se bebermos um cafézinho de manhã e outro durante o dia são 26,40 €. No final do ano são 316,00 €. Isto pode parecer miserento, mas se tivermos em conta que o café que compramos por 0,60 € na rua é de qualidade bastante duvidosa e que por menos deste valor poderíamos estar a beber um café de qualidade superior, então já não vai parecer tão miserento.

O mercado oferece hoje soluções de vários valores que se sobrepõem de longe em sabor à que os cafés de rua oferecem:

  • Nespresso a começar nos 99,99 €; &
  • Delta a começar nos 89,00 €.

O preço médio por cápsula para usar nestas máquinas ronda os 0,30 €, o que multiplicado pelos 2 cafés diários, multiplicando o resultado pelos 22 dias, e esse valor pelos 12 meses do ano dá um total de 158,40 €.

Mesmo somando o valor total em cápsulas ao custo de 99,99 € da máquina Nespresso, ainda fica mais barato por ano do que a zurrapa que bebem na rua.

Terceira etapa: Fazer as contas à greve

Com as filas da Greve, não há como usar um motociclo para não estar dependente destas ou dos transportes públicos, mas a decisão de substituir um carro por um motociclo não pode ser feita sem as avaliarmos quantitativamente o que vamos poupar.

Para calcular a melhor solução para conseguir aumentar a eficiência das deslocações para o trabalho, já identifiquei todos os troços, medi e somei a distancia de todos os troços que compõem os percursos, determinei os valores que entravam para o cálculo e quais os que deveriam resultar.

Para a folha de cálculo do custo diário e para termos comparativos foram tidos em conta:

  • Custo do Gasóleo por litro;
  • Custo da Gasolina sem chumbo 95 por litro;
  • Consumo médio atual;
  • Consumo médio previsto de moto; e
  • Passe Transtejo com parqueamento.

O problema aqui é o custo dos combustíveis. A melhor solução para este problema seria mesmo fugir ao combustível fóssil com um motociclo elétrico, mas o valor inicial de aquisição, a autonomia e a falta de forma de a carregar tornaram a opção proibitiva.

O custo dos combustíveis também é um problema difícil de controlar uma vez que ou está sempre a subir ou também está sempre a subir, e com o gasóleo quase ao preço da gasolina sem chumbo 95, o que irá fazer a diferença será o consumo do veículo e não o combustível.

Para que a opção da moto (motociclo) estivesse em pé de igualdade com as restantes, os seguintes itens foram tidos como custo inicial:

  • Equipamento para 2 pessoas: Capacetes, Luvas, Casacos e Botas;
  • Cadeados;
  • Alarme;
  • Ancora; e
  • Licença de condução para motociclo com mais de 125cc.

Nos cálculos para comparação, todos os veículos tiveram direito a valores para

  • Custo de revisão; e
  • Ciclos de revisão.

Os custos com seguros foram descartados por não serem muito diferentes para o meu perfil.

Como tenho dois carros, provavelmente não será poupado manter um carro parado, com custos de impostos, seguro e outros, por isso coloquei um carro à venda em stand online e também no Facebook. O valor poderá reduzir o tempo que a troca leva a pagar-se a ela própria, mas para questões de clareza a folha de cálculo prevê zero euros na venda, o que permitiu mais facilmente obter uma conclusão.

Para os transportes públicos, contei com as seguintes despesas:

  • Passe Metropolitano;
  • Parque no terminal fluvial; e
  • Passe Transtejo com Metropolitano 22 dias uteis.

Os tempos, não contando com imprevistos, são bastante semelhantes entre a modalidade que usa a opção motociclo e a que usa apenas carros. Aqui, já era de esperar os transportes públicos serem mais demorados, mesmo não contando com a totalidade dos tempos de espera entre ligações e fazerem greve uma vez por ano, pelo menos:

Modalidade Meio  Minutos por dia Totais
Carro e Barco Barco 60 145
Carro 39
Metro 46
Mota e Carro Carro 27 98,6
Mota 71,6
Todos de carro Carro 101 101

O vencedor no tempo será sempre, e desde que não chova muito, o motociclo (mota): consegue fugir ao transito e como vamos ver custa menos por dia que o carro, mantendo a liberdade:

Modalidade Meio  € por dia Totais
Carro e Barco Barco, Metro e Parque 4,15 € 5,83 €
Carro 1,68 €
Mota e Carro Carro 1,01 € 5,93 €
Mota 4,92 €
To dos de carro Carro 8,12 €  8,12 €

Os transportes públicos são o vencedor por uma nesga em custo diário.

Assim ficamos com maior poupança de tempo na moto e maior poupança de dinheiro no conjunto dos transportes públicos. Na questão do tempo e da distância, os transportes públicos são bastante penalizados pois os horários dos transportes públicos são algo incompatíveis entre eles e com a necessidade de ir buscar as crianças antes das 19h30m.

Dois  preconceitos que tinham de ser testados:

  1. Que andar de motociclo permitia poupar; e
  2. Que andar de transportes públicos permitia poupar.

As conclusões não foram todas as que esperava. O dilema aqui parece claro:

  • Poupar tempo; ou
  • Poupar dinheiro.

Horário de verão: Poupança ou mera perca de tempo?

Como explica o filme, aquilo a que nós decidimos chamar “Horário de verão” (HdV) e que os americanos chamam “Daylight Saving Time” (DST) não é algo trivial, nem é factual que atinja o objetivo pela qual existe, e que é, poupar energia.

A DST ou o HdV, é instuído por decreto pelos governos dos países com o objetivo de condicionar o comportamento das populações a utilizarem mais energia solar para iluminarem as suas tarefas.

A ideia, embora anterior ao inicio do século passado, foi no século passado que teve a sua primeira aparição no nosso país. Entretanto, este ano, a Rússia decidiu não mudar de hora.

Como se pode ler aqui artigos científicos a questionar as poupanças, propondo-se que o DST ou HdV provoca um incremento de energia de de cerca de 2%.

No dia Mundial da Poupança, a minha dúvida, e do autor do filme também, é se a ideia nos poupa ou faz perder tempo e dinheiro. –

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Está disposto a pagar para lhe dizerem como poupar?

Atualmente existem consultores de tudo. Da moda ao crédito, o papel do consultor é pensar por quem, estando demasiado perto do problema, não encontra forma de o resolver.

Quando falamos em poupar, o consultor de poupança não passa de um vendedor de investimentos infiltrado numa secção de aforro.

O PouparMelhor.com tem feito o papel de difusor de pequenas práticas de poupança desde o seu inicio, mas a pergunta coloca-se: Pagaria a alguém para ir a sua casa resolver-lhe os problemas de poupança?

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Crowd funding: para quando os bancos não emprestam dinheiro

Uma das origens da atual crise está na forma como a riqueza foi re-distribuída através do crédito fácil. Agora, depois da casa roubada, os bancos puseram trancas à porta e estão a dificultar o acesso ao crédito pois… nem eles mesmo têm. Embora o acesso ao crédito não seja propriamente o tema habitual aqui do PouparMelhor.com, a poupança de tempo e dinheiro são.

Para lançar projetos pequenos como o do filme, ou com dimensões ainda menores, o empreendedor vê-se perante a situação de ter de aceitar condições pouco eficientes de crédito, que acabam mesmo por se tornar a razão do fim dos seus negócios, pagando mais pelo dinheiro do que o que o valor emprestado foi capaz de produzir.

Com o crowd funding, um empreendedor pede à população geral que micro-financie o seu projeto, podendo prometer como retorno desde nada até edições limitadas do resultado final. O crowd funding é semelhante ao modelo de avanço sobre um produto ainda por concluir já bem conhecido das distribuidoras de discos, filmes e livros, mas sem a perca de direitos.

O custo do dinheiro neste modelo de financiamento é o no máximo o da entrega de uma ou mais amostras do produto com a conclusão do projeto. O dinheiro sai quase a custo zero ao empreendedor e não se arrisca a ser sangrado pelo investidor. Uma poupança de perto de 100%.

Baralhados? No exemplo do filme acima, os empreendedores inventaram uma pequena peça em alumínio para suportar um smartphone a que chamaram Oona. A peça é composta por várias roscas de encaixe e acompanhada de umas ventosas montáveis nas referidas roscas. O pedido de financiamento de financiamento era de 10.000 US$ com a promessa de em troca enviarem um dos produtos a quem financiasse mais de 25 US$. O projeto recebeu 131.220 US$. Ainda devem estar a encaixotar Oonas.

A saida para a crise não vai passar apenas por gastar menos, mas tem necessariamente de passar por produzirmos produtos mais procurados. Enquanto lutamos com o problema de escala, podemos investir o nosso tempo em escalas menores e nichos, produzindo mais lucros. O site mais relevante de Crowd Funding é para mim o kickstarter. Em portugal encontrei o PPL e o Massivemov.

Segunda etapa: Verificar distâncias entre troços

Quando começámos a equacionar como poupar tempo e dinheiro nas deslocações pendulares diárias entre a casa e o trabalho, comecei por prever os troços a percorrer nas várias modalidades.

Agora, fui medir e somar a distancia de todos os troços que compõem os percursos. Para isso usei o Google Maps e o Calc do LibreOffice 3 que vem com o meu Ubuntu 11.04.

Daqui resultou o resumo diário e detalhe de troços que partilho convosco.

As distancias diárias das deslocações:

Modalidade Meio Km
Carro e Barco Barco 58,68
Carro 22,35
Metro 10,2
Mota e Carro Carro 13,45
Mota 62,48
Todos de carro Carro 75,93

A duração diária das deslocações:

Modalidade Meio Minutos
Carro e Barco Barco 60
Carro 39
Metro 46
Mota e Carro Carro 35
Mota 71,6
Todos de carro Carro 101

Os detalhes dos quadros:

Modalidade Inicio do troço Fim do troço Distância do troço Duração do troço
Todos de carro Casa Escola 2,6 7
Todos de carro Escola Infantário 0,55 2
Todos de carro Infantário Local de Trabalho Mãe 29,34 32
Todos de carro Local de Trabalho Mãe Local de Trabalho Pai 5,1 9
Todos de carro ATL Casa 3,1 8
Todos de carro Infantário ATL 0,8 2
Todos de carro Local de Trabalho Mãe Infantário 29,34 32
Todos de carro Local de Trabalho Pai Local de Trabalho Mãe 5,1 9
Carro e Barco Casa Escola 2,6 7
Carro e Barco Escola Infantário 0,55 2
Carro e Barco Infantário Barco suburbio 4,2 6
Carro e Barco Barco suburbio Barco Lisboa 29,34 30
Carro e Barco Barco Lisboa Local de Trabalho Mãe 5,1 23
Carro e Barco Local de Trabalho Mãe Barco Lisboa 5,1 23
Carro e Barco Barco Lisboa Barco suburbio 29,34 30
Carro e Barco Barco suburbio ATL 2,7 5
Carro e Barco ATL Infantário 1,1 3
Carro e Barco Infantário Barco suburbio 4,2 6
Carro e Barco Barco suburbio Casa 7 10
Mota e Carro Casa Escola 2,6 7
Mota e Carro Escola Infantário 0,55 2
Mota e Carro Infantário Casa 3,2 5,1
Mota e Carro Casa Local de Trabalho Mãe 26,14 30
Mota e Carro Local de Trabalho Mãe Local de Trabalho Pai 5,1 5,8
Mota e Carro Local de Trabalho Pai Local de Trabalho Mãe 5,1 5,8
Mota e Carro Local de Trabalho Mãe Casa 26,14 30
Mota e Carro Casa ATL 3,1 5
Mota e Carro ATL Infantário 0,8 2,8
Mota e Carro Infantário Casa 3,2 5,1

De notar que o principal problema do tempo acaba por vir, não da distância, mas do risco de congestionamento.

No acesso a Lisboa, o congestionamento das vias de acesso aumenta com o número de greves, pelo que, face à austeridade anunciada, e ao valor que damos ao nosso tempo, terei em linha de conta as greves passadas, juntando-lhes um cheirinho de contestação agressiva que o garrote da austeridade exige.

Para reduzir o risco de sermos apanhados de surpresa por uma greve, perdendo assim o vosso tempo a tentar entrar em Lisboa, sugiro-vos o site Hoje há Greve.

Nos próximos posts deste estudo Em Curso, vou continuar a juntar-vos o detalhe com o qual espero escolher a maneira de vir a poupar muito tempo e dinheiro.