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Os truques das slot-machines

slot-machinesComo em muitas coisas na vida, as slot-machines podem arruinar por completo as nossas poupanças. Tal como o Euromilhões ou as raspadinhas. Não jogando, não se perde! Mas, como não somos fundamentalistas, e se gostam de dar uma voltinha pelo Casino de vez em quando, façam como eu: deixem a carteira em casa, e entrem só com uns euritos…

Quando entramos num casino (tal como quando entramos num supermercado), as coisas são feitas para gastarmos o nosso dinheiro. A arquitectura, o design, as luzes, tudo está lá para nos convidar a apostar…

Neste artigo da Vox, podemos apreender um pouco mais sobre a ciência das slot-machines. Hoje em dia, representam até 85% dos proveitos da indústria do jogo. Natasha Dow Schüll, autora do livro Addiction By Design: Machine Gambling in Las Vegas, passou 15 anos em Las Vegas a “investigar” porque é que as slot-machines são assim tão viciantes…

A razão principal para esta evolução está relacionada com a tecnologia. Aquelas velhas slot-machines eram limitadas, embora o som fosse bem característico. Na última década, com a informatização das slot-machines, os casinos passaram a controlar muito melhor as probabilidades, possibilitando a oferta de jackpots cada vez maiores.

O artigo tem muitas mais dicas interessantes sobre como o vício é fomentado. As cadeiras mais ergonómicas, o término das moedas, as apostas múltiplas, a variação das probabilidades ao longo do tempo, etc.

Por isso, não se deixem enganar! As probabilidades são sempre a favor da casa, e são poucos os sortudos (há excepções surpreendentes)… Se quiserem mesmo assim ir lá, deixem o dinheiro e os cartões em casa!

Os perigos do Bitcoin

Bitcoin by zcopley

Bitcoin by zcopley

Já aqui nos referimos à moeda virtual que é o Bitcoin. É uma moeda que inicialmente era possível obter através de um processo que se designa por minar. Hoje em dia é difícil competir nesse terreno, mas podem sempre verificar se o retorno de investimento compensa

Recentemente, uma agência de protecção dos consumidores dos Estados Unidos elaborou um pequeno documento, sobre os riscos para os consumidores na utilização de moeda virtual.

O principal problema está relacionado com a guarda da moeda virtual. Tem que se a manter longe de hackers e organizações duvidosas. Os exemplos passados devem-nos fazer pensar, como a bancarrota da Mt. Gox ou do utilizador que deitou ao lixo a chave.

Em qualquer caso, se utilizar bitcoins, ou outra moeda virtual, leia com atenção o documento e proteja-se!

Custo do ouro

O ouro é um metal que todos conhecemos pelo seu valor. Nunca fui de investir em ouro, há quem o faça e quem também se desfaça dele. Há quem diga que no longo prazo não deixará de se valorizar…

Depois de ver a infografia abaixo, acredito que possam ter alguma razão. O custo de produzir umas onças de ouro é uma coisa proibitiva. Tinha essa noção da série Gold Rush, do Discovery Channel. Mas tal saiu reforçado com o infográfico abaixo, retirado deste artigo do Visual Capitalist.

Nele podemos observar que o custo de produzir uma onça de ouro é mais económico nos Estados Unidos e mais caro em África. A maior parte do custo está no acto de minar. Todavia é em África que estão neste momento a maior percentagem de reservas. Mas, o que mais impressiona, é a quantidade de terra que é preciso mover para produzir: nos 50 locais mais produtivos, é preciso mover uma tonelada de terra para produzir 5.3 gramas de ouro! Mas isso é nos locais onde há muito, porque a mineração que se vai fazer no Alentejo parte do pressuposto de que há apenas 1.57 gramas por tonelada…

Custo do ouro

Custo do ouro

Técnicas para roubar turistas

Quando vamos de férias, normalmente os ladrões vão connosco, pois já lá estão. Os turistas são muitas vezes alvos fáceis num sem número de esquemas, mas todos estamos sujeitos aos contos de vigário

O site Just The Flight criou um infográfico particularmente interessante, onde alerta para 40 esquemas, dos quais os ladrões se aproveitam um pouco por todo o Mundo. A maior parte deles consiste em despertar a atenção do burlado, para que destraído, não dê pelo ataque do cúmplice. Todavia, a que mais me impressionou foi a dos taxistas de Las Vegas…

A infografia está em inglês, mas é uma referência obrigatória para este período de férias, sobretudo quando vamos lá para fora, onde as técnicas são diferentes das dos carteiristas do eléctrico 28.

Técnicas de roubo, esquemas, etc. a turistas. Previna-se!

Técnicas de roubo, esquemas, etc. a turistas. Previna-se!

O “fenómeno” Telexfree

Ontem ouvi falar pela primeira vez no Telexfree. Nem queria acreditar no que lia, neste caso no Correio da Manhã: que havia pânico para os lados da Madeira, por causa de um “esquema em pirâmide” segundo o jornal. No artigo referia-se que haveria cerca de 40000 contas apenas na Madeira, e que a dimensão do “fenómeno” preocupava as autoridades devido à sua dimensão. E segundo o site telexfree.pt, recolhido ontem, na Madeira estarão a ser movimentados 55 milhões de euros:

Site telexfree.pt em 2014-04-16

Site telexfree.pt em 2014-04-16

Fui procurar um pouco mais sobre o “fenómeno”, e uma das primeiras coisas que descobri foi que o Telexfree deve ir ainda este ano a julgamento no Brasil. O Telexfree parecia anunciar um serviço de VoIP, conforme se pode ver pela sua página na Internet, guardada no arquivo da Internet. O site verdadeiro, desconfio que nunca mais voltará a funcionar…

Mas como há muita gente que pensa que se pode enriquecer facilmente, parece que ele durou uns inacreditáveis dois anos e dois meses. Aliás, este site Tenho Dívidas está cheio de informação sobre o Telexfree, e vários outros sistemas semelhantes…

Esta semana, a empresa que geria o Telexfree ficou em apuros. O que se passa exactamente não parece ser muito claro…

Mas o que se passa na Madeira é verdadeiramente preocupante. Basta ler algumas notícias para perceber a dimensão do problema. Ler as centenas de comentários é ainda mais educativo. O “fenómeno” parece ser tão expressivo, que até há artigos sobre a “sociedade multinivel”, o qual referencia até Alberto João Jardim, que há dias referia que “A agricultura constituiu, permitam-me a comparação, uma espécie de Telexfree neste tempo de crise”…

Enfim, andam por aí muitas coisas deste género. Umas mais escandalosas de que outras. Promessas de dinheiro fácil, algo que todos deveríamos saber que não é bem assim!

Medidas de prosperidade financeira

 

Real Gross Domestic Product (GDP) and Genuine Progress Indicator (GPI) per capita in the U.S. between 1950–2004 (in year 2000 dollars).

Real Gross Domestic Product (GDP) and Genuine Progress Indicator (GPI) per capita in the
U.S. between 1950–2004 (in year 2000 dollars).

O A.Sousa andou a ler sobre o consumo por causa de uma notícia relativa ao recuo de vendas de micro-ondas nos Estados Unidos. Para o A.Sousa seria interessante saber se há indicadores deste tipo para Portugal.

Os autores do artigo procuravam verificar se o consumismo era um melhor indicador para a prosperidade económica, em detrimento dos níveis de rendimento. A discussão não é nova e com a financeirização da política, passámos a ouvir muitas vezes falar no Produto Interno Bruto (PIB) como um indicador de prosperidade.

A principal acusação que existe contra a utilização do PIB como indicador de prosperidade financeira é uma velha anedota que me contaram sobre frangos e pessoas para explicar o problema da utilização da média como forma de síntese:

Se tivermos 4 pessoas e 4 frangos para essas pessoas, não há nada que nos garanta que cada pessoa come um frango.

A média não é um bom indicador de divisão igualitária. Assim, quando se fala do total de valor (PIB) para um total de população (Pessoas) ficamos com a história dos frangos e das pessoas: O guloso pode ter comido 3 frangos sozinho e o egoísta comido o que sobrava, deixando os pobres sem qualquer frango.

Na narrativa dos ocupadores de Wall Street, se 1% da população acumular 99% da riqueza disponível, dificilmente um indicador de conjunto que não tenha em conta a divisão da riqueza servirá de indicador de bem estar de toda a população. Este indicador de conjunto apenas indicará que os bens existem, mas não se todos os habitantes têm acesso a esses bens, quer seja dinheiro, quer sejam fornos micro-ondas.

Decidi pegar no desafio e procurar uma resposta para a pergunta do A.Sousa. Deparei-me logo com o gráfico deste post que retirei desse estudo. O artigo é um estudo para o Estado de Maryland na demanda por um indicador prosperidade melhor. Escolheram para isso um indicador que sintetiza um conjunto de variáveis que se comportam aparentemente de forma relacionada.

As experiências com este tipo de variáveis não são novas, mas também não são aceites de forma generalizada por se suportarem em variáveis que podem ser entendidas que tenham outras razões de variação. Vou pegar nas base de dados sociais disponíveis livremente na internet e ver se haverá alguma coisa que permita gerar gráficos de prosperidade financeira para Portugal que não sofram do problema dos frangos e das pessoas.