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64ª refrigeração: a da eletricidade à borla, do que é um Bitcoin e da refrigeração do Raspberry Pi

Podcast do Poupar Melhor

Esta semana falamos de eletricidade à borla, mas que por cá não vamos ter direito a nada. Começamos a falar sobre o que é um Bitcoin e de como já houve altura em que poderia ter dado dinheiro.

Fechamos a contar o que nos enviou o amigo Luis F. e as suas experiências para a refrigeração do Raspberry Pi.

Podem aceder aqui à lista completa de episódios do Podcast. O Podcast do Poupar melhor está também no iTunes

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A culpa é da energia eólica?

Cada vez mais confuso!

Cada vez mais confuso!

Quando ouço referências a que o custo da electricidade está a subir, o meu subconsciente pensa imediatamente que o preço do petróleo/gás natural está a subir. Mas eu já devia saber melhor, conforme até já evidenciamos aqui no passado.

Por estes dias, voltei a ser acordado para a realidade. Neste artigo do Jornal de Negócios, somos alertados para um aumento do défice tarifário do sector eléctrico em 200 milhões de euros. Reparem que o valor de 200 milhões é o valor do aumento, não do défice… Segundo a EDP, este aumento tem os seguintes três factores principais:

  • o “volume anormalmente elevado de energia eólica e mini-hídrica”, gerando um sobrecusto (face aos preços grossistas da electricidade) acima do previsto nos pressupostos da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE)
  • estava previsto descontar nos custos do sistema eléctrico até Junho uma verba de 111 milhões de euros oriunda da venda pelo Estado de créditos de carbono, mas tal não aconteceu.
  • o facto de a ERSE ter previsto uma subida do consumo de energia de 1,7%, mas ele na verdade ter caído quase 3%.

Ora, isto é mais do mesmo! Quanto menos consumimos de electricidade, seja pela crise, seja pela poupança, mais vamos pagar por isso. E quando chove mais e sopra mais vento, em vez de previsivelmente termos uma electricidade mais barata, não! Olhando para o documento da EDP percebemos até que o preço spot da electricidade foi muito inferior ao do ano anterior! Segundo os dados da EDP, na página 10, podemos constatar que o preço do MWh no mercado spot foi de 36€. Todavia, na página 16, dizem-nos que o preço médio de venda do MWh da energia eólica foi de 108€, exactamente três vezes mais!!!

Estes sobrecustos das eólicas dão-me muito que pensar! É desafiador de qualquer lógica! Então, quanta mais energia renovável se produz, mais o défice cresce, e mais pobres ficamos como colectivo? Será que precisamos de um D. Quijote moderno para por ordem nisto? Parece que aqui ao lado, em Espanha, o companheiro literário de Sancho Panza já está no terreno

The Pratical Meter: porque nem todas as ligações USB são iguais


O site Kickstater é realmente um ponto de passagem obrigatório de quem quer fazer melhor. A minha procura pela solução para a alimentação do Raspberry Pi lá me fez ir parar a este site. Já não é a primeira vez que falamos neste site.

Desta vez, para além de oferecer uma novidade, aprendemos também que nem todas as ligações e cabos USB funcionam da mesma forma. No video podem ver que os telemoveis Android e iPhone carregam a velocidades diferentes mediante se estão ligados a um PC ou Mac. Para alimentar o Raspberry Pi, uma das coisas que fiquei logo a saber era que este não funcionaria se alimentado por uma ligação USB que não tivesse 5V.

A ideia do Pratical Meter é dizer-nos que Voltagem devemos esperar de uma ligação USB sem termos de recorrer a aparelhagem de medição com fios e botões e niveis e… O A.Sousa depois explica-vos.

Aproveitar uma lâmpada fluorescente para fazer uma lanterna

Enquanto procurava por uma solução para alimentar o meu Raspberry Pi a baterias, encontrei este vídeo. Segundo o autor, a parte da lâmpada economizadora que se estraga é a eletrónica e não o tubo com os químicos que produzem a luz. Sendo assim, depois de eliminado o circuito original e montado um novo feito à mão, a lâmpada é aproveitável com pilhas de 1,5V. As conhecidas pilhas AA.

Quando vi o vídeo seguinte lembrei-me das n medições que o A.Sousa já fez. Uma das coisas que gostei de ver foi a forma como o autor tentou sempre explicar cada valor e como aproveitou o seu conhecimento para construir uma lanterna de uma lâmpada de baixo consumo.

Estes dois vídeos explicam a forma como é construída e como funciona em detalhe a lâmpada.

Subir e descer escadas

Subir e descer escadas

Subir e descer escadas

Subir e descer escadas é algo a que me desabituei ao longo dos anos. Recentemente, em função da análise dos consumos de electricidade do condomínio, dei-me conta que uma parte substancial do consumo de electricidade do prédio onde moro é devido ao elevador. Ao mesmo tempo, comecei a reparar que os meus vizinhos, mesmo já morando num andar elevado como o meu, desapareciam para a caixa de escadas… Comecei a fazer o mesmo, e sempre que me lembro, lá desco eu agora as escadas. A mentalização para a parte da subida segue dentro de momentos!

Subir e descer escadas é uma forma muito interessante de fazer exercício físico. É igualmente uma das formas bem rápidas de queimar calorias, especialmente a parte de subir escadas. Nunca fui de ginásios, mas é certamente uma excelente alternativa ao step. E de poupar nessa eventual mensalidade…

Obviamente, fazer exercício tem normalmente um impacto positivo na nossa saúde. Tenha todavia cuidado no esforço aplicado, ou se tem algum problema de saúde específico, nomeadamente associado ao joelho ou articulações. Mas ao fazê-lo frequentemente, vai reforçar a capacidade muscular e das próprias articulações, pelo que aumentará a preparação nesse domínio.

Nalguns casos, subir e descer escadas pode até permitir poupar tempo, sobretudo em ambientes onde existe congestionamento a nível de elevadores. E, finalmente, a poupança energética será quase sempre uma constante. Por isso, da próxima vez que tencionar utilizar o elevador, lembre-se que há um lanço de escadas ao lado…

Sabe o que são os CIEG?

Em artigos anteriores evidenciamos como a energia que consumimos representa apenas cerca de 40% daquilo que pagamos por kWh e como uma decomposição maior revela outras parcelas para onde vai o custo da electricidade.

Observando o documento da ERSE em que nos baseamos para os artigos anteriores, podemos assim compreender mais facilmente para onde vão as taxas que pagamos na electricidade, e que são das mais elevadas da Europa. Dão por um nome estranho, CIEG (Custos de política energética, de sustentabilidade e de interesse económico geral), e a lista seguinte foi retirada das páginas 217 e 218 desse documento da ERSE:

  • Diferencial de custos com a aquisição de energia elétrica a produtores em regime especial (PRE) mediante fontes de energia renovável e não renovável (cogeração), imputados à parcela II da tarifa de Uso Global do Sistema.
  • Rendas de concessão pela distribuição em baixa tensão.
  • Custos com o Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de energia elétrica.
  • Custos de natureza ambiental.
  • Custos com os terrenos afetos ao domínio público hídrico (amortização e remuneração).
  • Custos com mecanismo de Garantia de Potência.
  • Custos com a Autoridade da Concorrência (AdC).
  • Custos com a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos.
  • Custos com a convergência tarifária na Região Autónoma dos Açores.
  • Custos com a convergência tarifária na Região Autónoma da Madeira.
  • Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC).
  • Amortização e juros do défice tarifário, relativo aos custos com a convergência tarifária na Região Autónoma dos Açores em 2006 e 2007 não repercutidos nas tarifas.
  • Amortização e juros do défice tarifário, relativo aos custos com a convergência tarifária na Região Autónoma da Madeira em 2006 e 2007 não repercutidos nas tarifas.
  • Amortização e juros do défice tarifário das tarifas de Venda a Clientes Finais em Baixa Tensão, relativo a 2006.
  • Amortização e juros do défice tarifário das tarifas de Venda a Clientes Finais em Baixa Tensão Normal, relativo a 2007.
  • Custos inerentes à atividade de gestão dos CAE remanescentes, pelo Agente Comercial, não recuperados no mercado.
  • Custos com a Gestão das Faixas de Combustível no âmbito do Sistema Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios (limpeza de corredores de linhas aéreas).
  • Amortização e juros referente à repercussão nas tarifas elétricas dos custos diferidos de anos anteriores, respeitantes à aquisição de energia elétrica, ao longo de um período de 15 anos, nos termos do n.o 4 do Artigo 2.o do Decreto-Lei n.o 165/2008, de 21 de agosto.
  • Amortização e juros referente à repercussão nas tarifas dos custos diferidos de anos anteriores, decorrentes de medidas de política energética, de sustentabilidade ou de interesse económico geral, ao longo de um período máximo de 15 anos, nos termos do n.o 4 do Artigo 2.o do Decreto-Lei n.o 165/2008, de 21 de agosto.
  • Ajustamentos da atividade de aquisição de energia do comercializador de último recurso, referentes a 2011 e a 2012, definidos para efeitos da sustentabilidade dos mercados.
  • Tarifa Social.
  • Diferencial positivo ou negativo definido para efeitos de sustentabilidade, equidade e gradualismo financeiro do CUR a repercutir na parcela II da tarifa de UGS do ORD.
  • Sobreproveito associado ao agravamento tarifário nos termos do n.o2 do artigo 6o do Decreto-Lei n.o104/2010, de 29 de setembro.

Da análise desta extensa lista, verificamos que a conta a pagar em 2013 é de 2588 milhões de euros. Sim, mais precisamente 2588432000 euros! Que vão ser pagos por mim e por si, e por todos os consumidores de electricidade. A evolução destas taxas ao longo dos últimos anos é visível no gráfico abaixo, retirado da página 221 do documento da ERSE, onde se nota claramente o impacto do sobrecusto da PRE, derivado essencialmente das renováveis/eólicas e da cogeração (nada surpreendente para quem olha para uma factura de electricidade). Quando se queixarem das taxas, ou do preço da electricidade em Portugal, lembrem-se que o palavrão-chave é o CIEG, e que este é o gráfico que interessa, e que explica a evolução do preço da electricidade nos últimos anos:

Evolução dos CIEG

Evolução dos CIEG