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Mais detalhes sobre preço da electricidade

Neste artigo evidenciamos como a energia que consumimos é apenas cerca de 40% daquilo que pagamos por kWh. Acontece que no mesmo documento da ERSE que utilizamos no artigo anterior, se encontram outros gráficos, os quais nos ajudam a perceber um pouco mais como funciona o mercado da electricidade em Portugal, e como ele afecta os consumidores dessa mesma electricidade.

Na imagem a seguir, retirada da página 198 do documento da ERSE, podemos verificar uma decomposição mais detalhada dos precos da electricidade:

Decomposição tarifas electricidade

Decomposição tarifas electricidade

Ordenados por ordem decrescente de percentagem, temos a seguinte decomposição para os consumidores em BTN, com potência instalada igual ou inferior a 20.7 kVA:

  • 39.7% Energia
  • 26.8% Uso Global do Sistema
  • 20.1% Uso Rede de Distribuição de BT
  • 5.4% Uso Rede de Distribuição de MT
  • 4.1% Uso Rede de Transporte
  • 2.5% Comercialização
  • 1.2% Uso Rede de Distribuição de AT

Neste aspecto, o mais surpreendente são os 2.5% relativos à comercialização. Não admira que os comercializadores não consigam descer substancialmente os preços! Se 97.5% do preço da electricidade já está definido à partida, como hão-de eles baixar?

O documento da ERSE tem muitos mais gráficos interessantes. Revelam a loucura que se tem vivido no sector nos últimos anos, mas também a factura pesada que continuaremos a pagar nos próximos anos! A isso voltaremos em próximos artigos.

56ª taxa: a dos detalhes sobre o preço da eletricidade, do que significa o CIEG e da gasolina sem chumbo com um preço mesmo baixo

Podcast do Poupar Melhor

Nesta edição falamos dos detalhes sobre o preço da eletricidade, de como é composto o que pagamos na fatura e da percentagem disso que é realmente o custo da energia. Explicamos também como esse valor está ligado a um conjunto de valores a que chamam CIEG e o que o acrónimo significa.

Terminamos a constatar como a gasolina sem chumbo nunca teve um preço tão baixo desde que começámos o Poupar Melhor.

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Decomposição do preço da electricidade

Recentemente, neste artigo sobre o preço da energia na Europa, colocamos um gráfico onde se evidencia que os impostos e taxas que pagamos no preço da electricidade, são dos mais elevados na Europa. Enquanto isso, o preço da energia propriamente dito, permanece baixo. Mais recentemente, e conforme referenciado pelo nosso leitor João Santos, o presidente da EDP referiu que o “preço da electricidade em Portugal está abaixo da média da UE“. Perante esta confusão, a que não é alheia investigação que fizemos no passado, como por exemplo a confusão de preços nas estatísticas oficiais, fomos procurar levantar mais um pouco o véu sobre este tema.

Para este artigo, baseamo-nos num documento da ERSE, “Tarifas e Preços para a Energia Elétrica e outros serviços em 2013“. O documento é particularmente extenso e de difícil leitura. Todavia, na página 200, está um gráfico bastante elucidativo sobre a composição dos preços da electricidade em Portugal. O gráfico, visível abaixo, decompõe o preço da electricidade pelas parcelas “Energia e Fornecimento”, “Uso de Redes e Gestão do Sistema” e “Custos de Interesse Económico Geral”:

Decomposição do preço da electricidade

Decomposição do preço da electricidade

No gráfico podemos observar que a parcela da energia é a maior, mas que as restantes duas não lhe ficam muito atrás. Tal é particularmente verdade para os consumidores em BTN (Baixa Tensão Normal), a metade direita do gráfico, que corresponde nomeadamente aos consumidores domésticos. A análise do gráfico permite assim constatar que, para nós, os clientes domésticos, o custo “Energia e Fornecimento” não representa nem sequer metade do que pagamos na factura da electricidade…

55ª desconstrução: a da eletricidade, do gás e do Raspberry Pi

Podcast do Poupar Melhor

Nesta edição fazemos desconstrução com base nos documentos da ERSE do que é faturado pela eletricidade. Aproveitamos para analisar a oferta de tarifários de gás em Portugal e fechamos com uma atualização sobre o Raspberry Pi do A.Sousa e do que por se vai publicando na Internet acerca deste pequeno computador.

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A proposta da DECO

deco_leilaoNo início da semana recebi finalmente o email prometido da DECO, relativo ao leilão em que a Endesa foi o único comercializador a marcar presença. No essencial, aconteceu aquilo que havíamos previsto há meses atrás. O email que recebi foi o que se pode ver ao lado.

O email surge quase duas semanas depois do prometido, e a tal não é certamente alheio os desenvolvimentos respeitantes às novas propostas da EDP, e que também tínhamos previsto. Mas havia outro problema que a DECO tinha que descalçar. Uma promessa que havia feito:

Promessão em vão da DECO

Promessão em vão da DECO

No meu caso, e fazendo a simulação no site da ERSE, o meu consumo em Serviço Universal em bi-horário custa-me anualmente 494.12 €.  A oferta Edp Casa Click custa-me 485.95 €. A melhor oferta (provavelmente engatada, requerendo igualmente subscrição de serviço) é a da Iberdrola, “10% Desconto sobre a Energia Ativa”, com uns estonteantes 387.29€. Se é assim, porque não me diz a DECO qual é objectivamente a melhor proposta? É que a deles promete uma poupança de apenas 4€:

Poupança de 4€ na DECO

Poupança de 4€ na DECO

Havíamos declarado meritória a acção da DECO. Infelizmente, o seu posicionamento peculiar e fechado, fez com que todo o processo tenha descambado num conjunto de promessas e expectativas que não foram capazes de cumprir. Ainda seria capaz de subscrever a oferta deles, se tivessem dito que realmente há propostas melhores, mas que a deles tinha contribuído para as restantes. Não sendo assim, juntam-se ao conjunto de entidades que me andam a atirar areia para os olhos!

Verificar consumo de lâmpadas incandescentes

As lâmpadas incandescentes, as antigas lâmpadas, aquelas que já não se vendem, mas que eram bem baratinhas, são um item interessante para controlo e aferição de consumos. Neste aspecto, elas têm outra característica interessante, que é ter um factor de potência de 1, o que faz com que se possa aplicar a fórmula P=VI. Tal não acontece, por exemplo, com as lâmpadas económicas (compactas fluorescentes).

Guardo uma série de lâmpadas incandescentes antigas por esta razão. Recentemente fiz uma medição dos seus consumos, quer utilizando o medidor de consumos, quer através de um multímetro. Como se pode ver pela tabela abaixo, as lâmpadas tendem a ter uma potência ligeiramente superior à anunciada. Olhando para os valores da tabela seguinte, confirmamos que as medidas dadas pelo multímetro e medidor de consumos, conferem. Por isso, estas lâmpadas são uma forma relativamente fácil de calibrarmos medições de consumo.

Potência Anunciada (Watts) Wattímetro (Watts) Wattímetro (Volts) Multímetro (mA) P = VI
40 40.8 232 175.7 40.76
40 40.7 232 175.2 40.65
60 60.4 231 261.3 60.36
60 61.6 232 265.8 61.67
40 40.3 232 174.2 40.41
40 41.1 232 177.6 41.20
40 39.8 232 171.6 39.81
40 40.1 231 173.2 40.01
40 39.2 231 169.8 39.22
60 61.7 231 267.4 61.77