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46ª feira: a da fidelização no mercado de energia desregulado, do racional dos painéis fotovoltaicos e do melhor dia da semana para abastecer

Podcast do Poupar Melhor

Nesta edição falamos da fidelização no mercado de energia desregulado e de como há razões que a razão desconhece.

Falamos de como custa descobrir um valor para calcular o racional de investir em painéis fotovoltaicos.

Esta semana vamos publicar uma análise dos preços de combustível, mas contamos-vos aqui que descobrimos qual o melhor dia da semana para abastecer de combustível o vosso veículo.

Podem aceder aqui à lista completa de episódios do Podcast. O Podcast do Poupar melhor está também no iTunes.

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Juntos Pagamos Menos?

leilãoNos últimos dias tem sido divulgada uma acção meritória da DECO, intitulada “Juntos Pagamos Menos”. O objectivo é “ajudar os consumidores a reduzir a despesa mensal com a eletricidade”, promovendo-se um leilão de electricidade, sendo a participação dos consumidores totalmente gratuita. Parece bom demais para ser verdade, e se é totalmente gratuita, não admira que centenas de milhares de portugueses se tenham inscrito. Se ainda o não fez, ainda vai a tempo até dia 30 de Abril.

E eu fi-lo também, mas primeiro li bem as letras miudinhas (“Perguntas sobre o Leilão”, no canto superior direito da página). E o que aí li, não me deixou muito descansado… Mas, primeiro, os aspectos positivos.

A DECO afirma que “só serão aceites os fornecedores que apresentem contratos sem cláusulas lesivas dos direitos dos consumidores nem penalização por cessação antecipada do contrato de fornecimento”. Um bom princípio, especialmente o de não poder haver contratos de fidelização. A DECO espera “negociar uma nova tarifa que seja a mais baixa do mercado”. Ainda melhor, se o leilão não resultar numa tarifa que seja a mais baixa do mercado, a DECO promete indicar-lhe “a melhor opção disponível no mercado para o seu caso, se nos tiver facultado os elementos do seu consumo”.

Mas o que ganha a DECO com isto? Novos associados? Não. Cobra comissões? Sim! Nas suas próprias palavras, “a DECO poderá vir a receber uma comissão por cada contrato assinado pelos consumidores junto do fornecedor que ganhar o leilão”. A DECO promete todavia que “aos associados, será devolvido todo o montante respetivo recebido”. Ainda segunda a DECO, “este montante servirá para cobrir os custos administrativos, de organização, de publicidade e de gestão da ação. Em suma, tudo o que permite a boa organização do leilão de eletricidade”. E quanto é isso?

Tudo isto é um cenário de intermediação. Para nós consumidores, teoricamente, quantos menos intermediários, melhor. O que provavelmente vai acontecer é que a EDP se vai “baldar” ao leilão. Apenas marcará presença. Quem tem mais a ganhar com a iniciativa é quem quer mais clientes. Essas empresas apresentarão um preço mais baixo, a que acrescerá a comissão da DECO. Nesse mesmo dia, provavelmente a EDP, e possivelmente outras eléctricas, terão uma oferta comercial melhor. Mais que não seja, por isto, valerá a pena.

A DECO dá ainda o exemplo de diversos países em que o leilão já ocorreu, como a Alemanha, a Bélgica, a Holanda e a Inglaterra. Por isso, nada melhor que ver como correu a experiência nesses países. A recolha de informação é dificultada por questões linguísticas, pelo que resolvi começar pelo exemplo de Inglaterra.

O evento em Inglaterra chamou-se “Big Switch”, e decorreu há um ano atrás. Segundo a página, houve menos inscrições que em Portugal, tendo cinco eléctricas participado no leilão, tendo 37000 mudado de fornecedor. Mas a leitura dos Media dá uma visão menos favorável que a da Which, uma organização à semelhança da DECO em Inglaterra. Segundo esta notícia, apenas a 10% dos participantes do leilão foi oferecida a tarifa mais vantajosa, tudo porque a empresa que ganhou era demasiado pequena. Ao contrário de cá, para beneficiar da tarifa, há uma fidelização de 12 meses. Ainda pior, a oferta que ganhou o leilão não era a melhor do mercado! Segundo outra notícia, a Which? cobraria a cada fornecedor 40 libras pela mudança. Segundo a mesma notícia, o leilão terá custado à Which? qualquer coisa como £570000, pelo que ainda terá ganho algum dinheiro com o leilão. Estes montantes levaram mesmo outras organizações a realizar outros leilões, por comissões mais pequenas.

Na Holanda, a Consumentenbond ganhou 30€ por cada mudança, e uns estimados 1.75 milhões de euros nos dois leilões que organizou. Mas segundo o mesmo artigo, há organizações que ganham ainda mais!

Dos restantes países não consegui obter informação adicional. Todavia, outras iniciativas deste género são abordadas no ponto 4.3.3, página 48, deste doccumento da ICF GHK.

Em qualquer caso, estou inscrito para receber os resultados do leilão. Estarei naturalmente atento à minha pasta de Spam no Gmail, que é onde as mensagens da DECO vão parar. Da evolução deste leilão, e seus resultados, iremos aqui dando conta…

45ª fidelização: a do leilão de energia da DECO, do custo do combústivel à segunda-feira e da substituição da máquina de café Nespresso

Podcast do Poupar Melhor

A edição 44 foi para sempre perdida e por isso esta semana saltamos do 44 para o 45 como recordação de que o método reduz o risco de perda do resultado.

Nesta edição falamos do leilão de energia da DECO e de como há pessoas que assinaram contratos de fidelização e ainda pensam ganhar alguma coisa com o leilão sem ler as letras miúdas.

Descobrimos uma história sobre o custo do combustível à segunda-feira e de como em Espanha mudava a esse dia da semana.

Contamos a história da substituição da máquina de café Nespresso e de como já estamos tão habituados a letras miudinhas que um bom serviço nos espanta.

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MeterPlug.Lower: aparelho de medição de consumo ligado ao telemóvel

Aqui no Poupar Melhor o gosto pelos gadgets que podem ajudar a controlar e reduzir os consumos de energia já não é novo. Os projetos de microfinanciamento são ferteis em negócios de nicho e desta vez temos mais um aparelho que se propõem ajudar-nos no controlo de despesas tomada a tomada a partir do iPhone.

Neste como noutros gadgets de controlo energético, verifiquem que o uso do meio de controlo não excede o ganho que podem obter do seu uso.

Lâmpadas dos elevadores

Um elevador

Um elevador

A experiência de participar na Administração de um Condomínio é algo de novidade para mim. No início deste ano, numa administração partilhada, a necessidade de conter as despesas elevadas de electricidade foi uma das tarefas de que fui incumbido.

Utilizando a estratégia de perseguição dos consumos, uma das descobertas mais interessantes foi descobrir que as lâmpadas dos elevadores estavam sempre acesas. A razão está essencialmente associada a razões de segurança, pois na ausência de lâmpadas, nunca saberíamos bem se estamos a entrar num elevador às escuras, ou a dar um passo para o abismo. Curiosamente, a questão de saber se isso é ou não obrigatório, discute-se muito na Internet, mas sem referências explícitas aos documentos legais que regulem esta realidade.

No nosso caso, as lâmpadas são fluorescentes, sendo que cada uma delas anuncia uma potência de 18 W, pelo que dois elevadores, com duas lâmpadas destas cada, consomem em 30 dias qualquer coisa como 18x2x2x24x30 = 51.84 kWh. Ao custo de 0.1744 €/kWh (0.1418 + IVA) no Mercado Regulado para potências adequadas a um condomínio com elevador, o custo mensal da electricidade consumida pelas lâmpadas dos elevadores é de cerca de 9.04 €.

Encontra-se assim em análise um processo de optimização deste consumo, do qual iremos aqui dando conta…

Menor consumo de electricidade

De vez em quando observamos dados que nos deixam a pensar. O deste artigo é relativo ao consumo de electricidade em Portugal, nos últimos três anos, e pode ser observado num relatório que a REN publica todos os meses.

Consumos de electricidade em Portugal 2010-2012

Consumos de electricidade em Portugal 2010-2012

O gráfico evidencia claramente uma diminuição do consumo de electricidade em Portugal, menor de 2010 para 2011, e menor também de 2011 para 2012. O que não deixa de ser surpreendente é que se verificou para quase todos os meses do ano!

Todos exclamarão que tal diminuição se ficará a dever à crise que atravessamos. Mas eu não alinho só por esse diapasão. Então, depois de não sei quantas campanhas de poupança de energia, ao longo dos últimos anos, não é expectável que se consuma menos energia? Depois de substituírmos as lâmpadas incandescentes por economizadoras, de desligarmos os equipamentos em standby, o que esperavam? Que o consumo fosse maior?