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Ligação standard para veículos elétricos anunciada

A Society of Automotive Engineers (SAE), um organismo de que nunca ouvi falar, mas aparentemente existe e tem peso na área da construção automóvel, anunciou a aprovação de uma ligação para recarregar carros elétricos normalizada.

Aparentemente por enquanto é só válida nos Estados Unidos da América, mas esperemos que chegue até aos nossos lados ou pelo menos que se decidam em relação a uma na Europa.

Isto pode parecer irrelevante, mas a principal razão pela qual não comprei a mota elétrica foi mesmo por causa da autonomia. Até conseguia ir até ao trabalho, mas voltar já era outra conversa.

Com esta normalização, estas questões podem deixar de existir pois os postos de abastecimento nos locais de estacionamento deixaram de ter de se preocupar em ter múltiplas fichas, nenhuma das quais poderá ser a que servia o nosso veículo.

Como faz o Google?

Na passada quarta-feira, o Google revelou alguns dos segredos dos seus datacenters. Nesta página podem ver um extenso conjunto de fotografias dos locais onde o Google mantém os seus muito milhares de servidores, que permitem alimentar todo um conjunto de serviços, que todos nós conhecemos, desde o Gmail, até ao Youtube… Eles deram-se mesmo ao trabalho de permitir que possamos percorrer um dos seus datacenters, com a tecnologia streetview:

Passeio virtual pelo Google…

Embora esta divulgação surpreenda, porque o Google sempre foi muito reservado na exposição da sua tecnologia, o que provavelmente mais interessa referenciar, no contexto do Poupar Melhor, é a metodologia e as práticas que o Google emprega, no sentido de ser mais eficiente.

Como referenciamos no artigo “You cannot manage what you cannot measure”, é preciso primeiro medir bem, para depois se conseguir gerir eficientemente. Por isso, não nos surpreeendeu que essa seja a primeira melhor prática que o Google recomenda a todos.

Nas outras melhores práticas do link atrás verificarão que algumas das propostas que temos avançado, adaptam as melhores práticas que gigantes como o Google praticam, às realidades de nossas casas…

Embora com um enquadramento naturalmente “geek”, os vários artigos que o Google lançou esta semana merecem uma leitura atenta. Bem como o artigo da Wired, que teve a felicidade de ter um dos seus jornalistas a visitar o interior de uma infraestrutura fulcral daquilo que é um dos players mais importantes da actual Internet: o Google.

Consumo de comandos remotos de energia

Há quase um ano referíamo-nos aos comandos remotos de energia. São muito úteis para matar os consumos stand-by em casa, mas têm um problema: também eles consomem energia!

O nosso leitor J. Aparício é também um grande adepto desta solução. E tem uma colecção completa destas tomadas com comandos, como podem ver na imagem abaixo, que gentilmente nos enviou. Mas o mais interessante é que J. Aparício conseguiu avaliar o consumo destes comandos, e todos eles consomem bastante menos que o meu, da marca Chacon, que consome uns impressionantes 3 W:

  • Tomadas Quigg (adquiridas no Aldi) – 1,5 W
  • Tomadas Lidl (as mais antigas) – 0,25 W
  • Tomadas Lidl (mais recentes marca SilverCrest) – 0,5 W
  • Tomadas Ikea (modelo que apareceu há uns anos e depois foi retirado) – 0,25 W
  • Tomadas Avidensen – 0,5 W

Várias tomadas de comando à distância de J. Aparício

Maior poupança faz subir custo da electricidade

Isto é confuso…

Aqui há umas semanas referimos como Passos Coelho se queixou que os Portugueses compraram este ano menos carros, e como isso dá, nas palavras dele, um contributo para a crise… Ainda no podcast do passado fim de semana falavamos sobre este tema…

Agora, há mais um contra-senso para o tema da poupança. A ERSE (Entidade Reguladora do Setor Energético) determinou que o preço da electricidade deve subir 2.8% em 2013. O problema está quando se olha para as justificações para tal subida.

Segundo o documento original da própria ERSE, a subida fica-se a dever a unicamente dois factores. O primeiro é relativo aos custos de produção de energia eléctrica, mas surpreendentemente verificamos que neste primeiro item vamos pagar mais porque:

  • Espanha legislou no sentido de “diminuir o seu deficit tarifário
  • Porque há mais “energia elétrica a partir de fontes renováveis e resíduos, a produção em processos de cogeração de energias elétrica e térmica e microprodução” e “o custo de produção ser superior ao das tecnologias convencionais
  • O preço do petróleo vai manter-se a um nível elevado

O segundo factor resume-se ao facto de que há menos consumo de energia eléctrica, e como os Portugueses estão a poupar energia, e a consumir aos níveis de 2006, e como as rendas têm que continuar a ser pagas, então o custo do KWh tem que subir!

Tudo isto é verdadeiramente surpreendente! Porque poupamos, temos que pagar mais? Porque os Espanhóis querem diminuir o seu deficit, temos que pagar mais? Porque há mais energia renovável, temos que pagar mais? Porque essa mesma energia é mais cara que a convencional, isto é a do petróleo, temos que pagar mais? Mas, como o petróleo vai continuar mais caro, temos que pagar mais?

28ª visita: a do Consumo de comandos remotos de energia do J. Aparicio, do Vitor Gaspar e a austeridade lusitana e de Estacionar sem Via Verde

Podcast do Poupar Melhor

Nesta edição falamos do Consumo de comandos remotos de energia do J. Aparício que tem mais comandos para as tomadas que o A.Sousa.

Apresentamos a nossa desmistificação sobre o que disse Vítor Gaspar e a austeridade lusitana.

Falamos de como Estacionar sem Via Verde pode ser uma poupança, mesmo que pequena e como as motas não pagam em quase nenhum lado.

Podem aceder aqui à lista completa de episódios do Podcast. O Podcast do Poupar melhor está também no iTunes.
 

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Parcelas da conta da electricidade

Um dos exercícios essenciais para perceber onde podemos poupar nas nossas contas, consiste em examinar o detalhe dos custos associados. Para isso, a análise de uma factura, ou de um conjunto delas, é sempre um excelente exercício para percebermos onde gastamos o nosso dinheiro.

No nosso caso, reuni um conjunto de facturas de electricidade, correspondentes a um ano de consumo. Somando essas facturas todas, cheguei aos valores abaixo, em termos parcelares, estando ordenadas pela representatividade do valor:

  • Consumo Electricidade: 278,22 € (61.71%)
    Esta é a maior parcela da factura. Corresponde ao consumo de electricidade expresso em KWh. Num tarifário bi-horário como o nosso, o KWh é tarifado de forma distinta, consoante o consumo se verifique em vazio ou fora de vazio. Nas notas de rodapé da factura 207.49 € são encargos relativos ao Acesso às Redes, dos quais 108.81 € são relativos a Custos de Interesse Económico Geral (CIEG).
  • IVA: 76.82 € (17.04%)
    Imposto a favor do Estado
  • Potência Contratada: 64.82 € (14.38%)
    Uma parcela fixa, que é tão mais elevada quanto a potência contratada.
  • Contribuição áudio-visual: 27.00 € (5.99%)
    Taxa que assegura o financiamento do serviço público de radiodifusão e de televisão.
  • IVA sobre a Contribuição áudio-visual: 1.62 € (0.36%)
    Um Imposto sobre uma taxa…
  • Imposto Especial Consumo Eletricidade: 1.52 € (0.34%)
    Um Imposto que passamos a pagar em 2012 e que poucos deram por ela… Está indexado ao consumo de electricidade.
  • Taxa Exploração DGEG: 0.84 € (0.18%)
    Mais uma taxa para financiar uma organização estatal, à semelhança da Contribuição áudio-visual.

Uma análise rápida sobre estes números permite concluir que pelo menos 216.61 € (108.81+76.82+27.00+1.62+1.52+0.84) são relativos a opções políticas, taxas, impostos e outras coisas que tal. Destes valores resulta especialmente elevado o valor do CIEG, sendo que neste documento da ERSE, no Quadro 0-8, na página 29, conseguimos perceber que tal valor, quase um quarto do total da nossa conta da electricidade, serve para alimentar de tudo um pouco, desde os PRE (renováveis, co-geração, etc.), até às famosas rendas da electricidade, passando pela sustentação de uma série de instituições estatais…

Olhando para a factura, rapidamente percebemos que diminuindo o consumo de KWh, pagamos menos de electricidade, e dos CIEG associados, do Imposto Especial sobre o Consumo, e do IVA por cima disto tudo! Cada KWh a menos é menos energia que pagamos, e menos impostos associados! Reduzindo a potência contratada, também podemos poupar bastante, como referimos aqui. No resto, infelizmente não se consegue cortar… Faça também o exercício e veja se a distribuição percentual é muito diferente?