You are currently browsing the Poupar Melhor posts tagged: Electricidade


A taxa da televisão

Provavelmente, já pensou, ou terá mesmo equacionado o que fazer para deixar de pagar a contribuição áudio-visual, que todos os meses lhe aparece na conta da electricidade. Ou já terá recebido um dos muitos emails sobre o tema que grassam pela Internet.

A minha contribuição

O que vulgarmente se conhece pela taxa de televisão, teve a sua origem nos finais de 1957, com o Decreto-Lei 41 484, de 30 de Dezembro de 1957. A taxa há umas dezenas de anos era por aparelho receptor. As confusões por essas alturas eram muitas, como aliás se pode ver no preâmbulo do Decreto-Lei 389/76. Nesse ano de 1976, instituiu-se que a taxa seria paga na conta da electricidade, com 10 escudos mensais para todos os consumos anuais entre os 120 kWh e 240 kWh, e de 30 escudos mensais para consumos anuais superiores a 240 kWh

Em 1982, a taxa duplicou. No ano seguinte, para os que consumiam mais de 240 kWh anuais, a taxa subiu de 60 escudos mensais para 100 escudos mensais. Em 1984, a taxa passa a ser de 25 escudos para consumos anuais entre 120 kWh e 240 kWh, e de 125 escudos mensais para consumos anuais superiores a 240 kWh. Em 1989, o limite da isenção passa a ser para os consumos anuais até 270 kWh, passando a taxa a ser definida pelos Ministros, em vez de nos Decretos-Lei. Em 1990, o limite da isenção passa a ser de 400 kWh

A lei actualmente em vigor e que regula esta taxa é a Lei 30/2003. Ela mantém o limite da isenção nos 400 kWh, apesar do cada vez maior consumo de energia eléctrica nas nossas casas. Fixa o valor mensal da contribuição em € 1,60, isentando “do pagamento da contribuição para o áudio-visual os consumidores não domésticos de energia eléctrica cuja actividade se inclua numa das descritas nos grupos 011 a 015, da divisão 01, da secção A, da Classificação das Actividades Económicas – Revisão 3 (CAE – Rev. 3), aprovada pelo Decreto-Lei 381/2007, de 14 de Novembro, relativamente aos contadores que permitem a individualização de forma inequívoca da energia consumida nas referidas actividades”.

Dois anos depois, o Decreto-Lei 169-A/2005 extende o pagamento a todos os consumidores de energia eléctrica! Em 2010, através do Decreto-Lei 107/2010 isentam-se determinadas actividades económicas associadas à agricultura

Entretanto, pelas facturas cá de casa, a contribuição mensal tem vindo a subir. Destaque para a subida entre 2010 e 2011, para compensar a redução das indemnizações compensatórias à RTP.

  • 2005: 1.63+0.10 €
  • 2008: 1.71+0.10 €
  • 2010: 1.74+0.10 €
  • 2011: 2.25+0.14 €

Resumindo, se pensa que se pode safar da taxa de Televisão, está bastante longe de o conseguir. Conseguir gastar menos de 400 kWh por ano é praticamente uma missão impossível. Mas é uma meta que podem tentar atingir aqueles que têm, por exemplo, uma casa fechada durante grande parte do ano. Ou então, algum esquema ligado à agricultura… Para os restantes, a única solução, por enquanto, é continuar a pagar… Tal como se faz, de formas distintas, em outros países

Mercado liberalizado de electricidade e Bi-horário

A minha simulação na ERSE

As datas associadas ao mercado liberalizado da electricidade vão avançando. Com a publicidade que anda por aí, resolvi ir verificar se havia novidades, e alternativas para o tarifário bi-horário cá de casa.

No simulador da ERSE, inseri os dados de consumo dos últimos doze meses, de Setembro de 2011 até Agosto de 2012. Nesse período consumimos 825 KWh em horário de vazio e 1438 KWh em horário de fora de vazio. Os resultados do simulador foram claros, conforme se pode ver na imagem (clicar para ver melhor).

A ERSE diz que a melhor solução para mim é o Galp On. eletricidade – Plano Comfort, preferivelmente a opção em que contrate simultaneamente o consumo de gás natural. A ERSE diz ainda que o valor é válido para os “que adiram a um serviço de assistência sujeito a uma mensalidade“, um tal Plano Comfort, que tem um custo de apenas 3.90 € por mês, ou seja de 46.80 €/ano. Olhando para os resultados do simulador, não é dificil concluir que a melhor opção passa a ser a terceira, o Serviço Universal, em bi-horário.

A utilização do simulador da DECO confirma que o Serviço Universal é igualmente a melhor opção…

Assim sendo, não admira que vá continuando quieto. E é francamente surpreendente que ainda não haja nenhuma oferta de bi-horário no mercado liberalizado! Porque será?

26ª lista: a da liberalização do mercado de eletricidade, a das taxas de televisão e a dos métodos de ter as coisas feitas

O Poupar Melhor já está no iTunes

Esta semana o A.Sousa conta-nos como a liberalização do mercado de eletricidade se pode transformar numa perca de poupança, mesmo para aqueles que têm tarifa bi-horária.

Estivemos a falar sobre os métodos de ter as coisas feitas, mesmo aquelas que nos lembrámos de fazer há mesmo muito tempo e de como ter listas ajuda a não nos lembrar-mos delas quando não podemos tratar delas.

Falamos também de como as taxas de televisão podem ser evitadas para quem pague valores anuais abaixo do limite legal estabelecido para o pagamento da taxa audio-visual.

Agradecemos a quem nos ouve e que usa o iTunes que nos deixe o vosso comentário ao Podcast.

Play

Consumo electricidade em período de férias

Como relatamos neste artigo, antes de partirmos este ano de férias, conseguimos deixar o congelador do frigorífico desligado. O objectivo era mesmo deixar todo o frigorífico desligado, mas por mais que uma razão, tal não foi possível.

Tal permitiu analisar o comportamento do consumo de electricidade da casa, num cenário em que apenas ficou a funcionar praticamente o frigorífico. Na imagem abaixo estão expressos os valores de consumo de electricidade de quatro dias de meados de Agosto. Aí se verifica um consumo mínimo ligeiramente acima dos 30 Wh, observando-se subidas periódicas, que correspondem ao frigorífico.

Consumo electricidade em período de férias

Tais subidas já aqui foram observadas anteriormente, como por exemplo neste artigo. Todavia, observa-se apenas um primeiro patamar de consumo, o que reforça a hipótese que avançamos anteriormente de que cada um dos patamares de consumo corresponderia a um dos compressores.

O gráfico de consumo reforça as vantagens de deixar o frigorífico desligado nos períodos de férias. Ainda que só do congelador, como foi o nosso caso. Ainda assim, ter deixado o frigorífico ligado correspondeu a um importante consumo diário, cerca de metade dos 1,5 KWh consumidos durante estes dias de férias. Tal significa que o valor da electricidade diário na nossa casa desocupada foi de cerca de 25 cêntimos.

Considerando que o consumo do compressor do congelador é semelhante ao do frigorífico, como se observou anteriormente, e que se descontam os 30 Wh de consumo de base, a poupança de desligar o congelador durante três semanas terá sido de, aproximadamente:

(21 dias x (1,5 – (0,03 * 24))Kwh x 0,1323 € ) + IVA = 2.67 €

Convenhamos que estava à espera que fosse um pouco mais… Ainda assim, há as vantagens da diminuição do consumo, em função da retirada do gelo, que terá efeitos a partir de agora…

Como fazer uma máquina de lavar roupa quando não há eletricidade


Já aqui tínhamos falado de como podiam fazer um frigorífico quando não haja eletricidade.

Se tivermos mesmo de acabar com os custos de eletricidade, algo que esperamos não aconteça a nenhum dos nossos leitores, existe sempre uma forma alternativa de fazer o que já faziam antes sem gastar eletricidade.

O site Home Chunk para além de outras coisas fez uma compilação de como podemos construir uma máquina de lavar roupa sem eletricidade e sem recursos.

Máquinas Virtuais

As minhas máquinas virtuais

Um dos avanços mais substanciais na informática nos últimos anos foi a virtualização. Há vários anos que utilizo esta estratégia para segmentar o meu trabalho profissional, da vida pessoal, e de concentrar num único computador o que dantes andava disperso por vários.

Na verdade, são as características dos equipamentos mais recentes que permitem que a virtualização agora seja realmente fácil. É suportada directamente no hardware, ao contrário de há uns anos atrás, em que a virtualização tinha uma componente forte de software. A memória disponível hoje nos equipamentos permite que várias máquinas virtuais executem em simultâneo, enquanto cada processador contém o que se designa de vários cores, os quais podem até executar várias threads em simultâneo. No meu caso, tenho quatro cores com dois hyperthreads cada e 8 GB de memória, pelo que posso correr várias máquinas virtuais em simultâneo.

Do ponto de vista do utilizador, são inúmeras as vantagens! Uma das mais importantes diz respeito à facilidade com que se passa uma máquina virtual de um lado para o outro. Fazer um backup é tão rápido quanto copiar um ficheiro de computador. Então, quando se muda de computador, a transferência de ambientes pode ser quase imediata. O facto de se poderem ter vários sistemas a correr em simultâneo (Linuxs, Windows, etc.) introduz muitas outras potencialidades…

Se ainda não descobriu a virtualização, pode começar por descarregar um software como o VirtualBox ou VMware. Depois, pode começar a criar rapidamente ambientes virtuais, procedendo à instalação de sistemas operativos, como se de novos computadores se tratassem. Depois de instalar um, pode até fazer várias cópias (atenção quando há licenciamentos…), e multiplicar assim rapidamente as suas máquinas virtuais. Pode até clonar máquinas físicas, com um software como o VMware Converter.

Com as máquinas virtuais poderá poupar em imensos aspectos. Não precisa de ter vários computadores para tarefas distintas. Poupa tempo e electricidade. É muito mais eficiente que outras estratégias, como por exemplo o dual-boot. Requer, é verdade, equipamentos normalmente mais potentes, mas os computadores novos, hoje em dia, já o são… Mas se o que precisa se limita a um computador, então a virtualização provavelmente não é a solução para si