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Olhar pela janela!

Uma técnica de poupança do forno que quase todos temos assimilados é evitar abrir o forno para ver o que se passa lá dentro. Todos certamente utilizaremos a lâmpada que equipa quase todos os fornos modernos. O que muitas vezes desconhecemos é quanto se poupa com isso.

Quando se abre a porta de um forno, que esteja suficientemente quente, a queda da temperatura pode ser muito significativa. Segundo Shirley Corriher, no seu livro Bakewise, uma abertura da porta durante meio minuto, para efectuar uma observação do cozinhado, ou verificar se está pronto, pode significar uma queda da temperatura em 66ºC, ou mais. O mesmo pode acontecer quando se pre-aquece o forno, e depois se abre para inserir os alimentos a cozinhar. Uma abertura de um minuto pode significar uma queda de 79ºC, e a recuperação pode demorar vários minutos.

Obviamente, recuperar essa temperatura perdida significa um consumo adicional de energia. E mais tempo para completar o cozinhado. E em determinadas situações, o alimento a assar ou o bolo a cozinhar, pode mesmo perder qualidades… Mas isso saberão melhor do que eu!

Consumo de energia em computadores

O consumo de energia nos computadores é muitas vezes descurado. Muitas vezes fica-se com a sensação que o seu consumo é reduzido… Especialmente o dos portáteis! Mas tal não é obviamente o caso.

Para monitorizar o consumo dos computadores, há várias formas. Desde a monitorização externa, até à cada vez mais frequente possibilidade de utilizarmos mecanismos de monitorização dos próprios equipamentos. Nos portáteis Toshiba, existe uma aplicação, eco Utility, que nos dá conta do consumo em tempo real. Neste momento estou a consumir o equivalente a 8 Wh, mas num modo de poupança maior, consigo trabalhar a 6 Wh.

De uma forma geral, quando o consumo de CPU é mais elevado, o consumo é maior. Imagino que programas como o SETI@home sejam um pecado mortal para as nossas economias. Para além de promoverem a utilização permanente do computador, consomem tipicamente 100% do CPU. O mesmo acontecerá a programas que utilizem intensivamente esses recursos, como sejam os jogos de computador…

A percepção dos consumos que temos com os nossos computadores pode-nos ajudar a diminuir os nossos consumos energéticos. No caso dos portáteis, uma poupança do consumo significa também uma extensão da sua autonomia. Em quase todos os casos, um computador desligado é sempre a forma mais rápida de começar a poupar energia, e dinheiro!

Descongelar o frigorífico

O acto de descongelar o frigorífico/congelador é um aspecto que quase todos conhecem. Todavia, fazemo-lo poucas vezes… A necessidade de manter os alimentos preservados é provavelmente o motivo porque não o fazemos mais vezes. Em todos os casos, deve tomar determinadas precauções na execução desta tarefa.

Diversos estudos evidenciam que a acumulação de gelo nos congeladores diminui significativamente a sua eficiência. A acumulação de gelo deve-se essencialmente à humidade existente no congelador, pelo que esse é um aspecto que se deve combater, embrulhando por exemplo os alimentos a congelar. Cada vez que se abre o congelador está-se igualmente a contribuir para o problema. Este processo deve ser efectuado sempre que a grossura do gelo ultrapassar 5mm. Se isso acontecer frequentemente, menos de três meses desde a última vez que descongelou, convirá perceber porque tal estará a acontecer.

O acto de descongelar o congelador pode ser conjugado com outra excelente técnica de poupança. Umas semanas antes de partir de férias, planeie o esvaziamento completo do congelador. O objectivo é sair para férias deixando o congelador vazio e desligado! Sendo justamente no Verão que os congeladores mais energia eléctrica consomem, o facto de estarem desligados mesmo que apenas umas semanas, pode significar uma poupança muito significativa! Obviamente, o mesmo se aplica a outros períodos de ausência prolongada.

Adormecer os computadores

Muitas vezes optamos por deixar os nossos computadores ligados, porque vamos almoçar, ou nos ausentamos temporariamente. Porque desligar implica normalmente uma perca importante de tempo, que depois se duplica ao voltar a ligar.

Fico surpreendido por poucos não optarem por suspender (existem várias terminologias sleep, suspend, etc.) os seus computadores. Sendo mais frequente entre os utilizadores de portáteis, é menos frequente em utilizadores de computadores de secretária. Em muitos casos eles não possuem essa possibilidade, mas nos mais recentes essa é uma funcionalidade habitual.

Suspender o funcionamento de um computador é normalmente uma tarefa muito rápida, de apenas alguns segundos. O retomar do seu funcionamento é também igualmente rápido. Pode-se deixar a maioria das aplicações activas, porque depois de retomar o seu funcionamento, elas estarão imediatamente disponíveis.

A poupança pode ser substancial, mesmo em termos de tempo. Se é um utilizador habituado a fazer shutdowns sucessivos, para além da poupança de energia e dinheiro, poupará igualmente bastante tempo. A maior contra-indicação é a quebra de energia, que significa a perca do estado do computador. Nestes casos, a hibernação do computador será a melhor opção.

Preservar as baterias

As baterias de iões de lítio estão presentes em muitos dos nossos equipamentos electrónicos. Os telemóveis e portáteis são os mais reconhecidos, e uma das regras de poupança é não mantê-los a carregar eternamente, e sobretudo não deixando os transformadores ligados à corrente quando não estão a carregar nada.

Para garantir uma maior longevidade das baterias de iões de lítio, não devemos utilizar as mesmas estratégias que utilizávamos nas de níquel (NiMH e NiCd), que tinham efeito de memória. Este efeito caracterizava-se por uma cada vez menor capacidade, à medida que se efectuavam carregamentos. Alguns chegavam mesmo a advogar a retirada das baterias dos portáteis, para prolongar a sua longevidade…

Nas baterias de iões de lítio, tal efeito não se observa. Aliás, descarregar uma bateria completamente é das piores estratégias. Diversos estudos demonstram que quanto mais se deixa descarregar completamente a bateria, menos carregamentos futuros suportará. O ponto ideal parece estar nos 40%-50%, que garante a maior longevidade. Os 40% de carga são igualmente o nível de carga a que se deve guardar uma bateria durante um período prolongado de ausência de uso da bateria. Na tabela abaixo, retirada do link acima, podemos ver como as descargas totais são as que menos recargas suportam:

Profundidade descarga

Ciclos descarga/carga

100%

50%

25%

10%

500

1500

2500

4700

Cuvetes de gelo no Inverno

Já reparou que é provavelmente mais um daqueles que mantêm cubos de gelo no seu congelador durante o ano inteiro? Se é daqueles que o faz, mas raramente consome cubos de gelo, excepto no Verão, então a manutenção dos cubos de gelo no seu congelador está apenas a contribuir para um aumento no consumo da conta de energia eléctrica.

Se é o seu caso, retire-os do congelador e coloque-os no frigorífico, para aproveitar o consumo de energia anterior, como o referimos aqui. Depois guarde-os até o próximo Verão!

O mesmo se aplica às cuvetes de gelo que utilizamos nas nossas arcas portáteis. Em muitos casos, elas permanecem dentro dos nossos congeladores durante todo o ano. O desperdício é evidente, pelo que durante o resto do ano devem permanecer algures na dispensa. Além disso, acabam por libertar um, quase sempre, espaço precioso!