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Quanto custa um banho?

Munido da técnica de contabilização de consumos de água e gás que referimos anteriormente, verifiquei este fim de semana qual o consumo de água e gás durante um banho. Já sabíamos que mais de metade do primeiro minuto era um desperdício, mas ainda não tínhamos contabilizado o restante.

Um banho típico demorou-me 5 minutos e dez segundos. No Inverno, os banhos duram um pouco mais, e gasta-se um pouco de água a mais, porque se aproveita para aquecer… Durante esse tempo, utilizei 49,6 litros de água, e foram consumidos 0,223 m3 de gás no aquecimento da água. Isso significa um consumo de 9,6 litros de água por minuto, e de 0,043 m3 de gás por minuto.

Segundo os preços da água cá do concelho, a água do banho custa, no escalão mais baixo, 0,0496×0,5274 = 2,62 cêntimos de euro. Mas não se esqueçam que o custo da água é apenas uma parte da factura da água, e como vimos anteriormente, no nosso caso de apenas cerca de um terço do valor final… O valor final da água será por isso de cerca de 2,62/0,324 =  8,09 cêntimos de euros. Em termos de gás, o cálculo é muito mais difícil, como já havíamos observado neste artigo. E está envolto em contas misteriosas. Mas, se utilizarmos os valores cobrados na factura, o custo é de aproximadamente 0,223×0,70 = 15,61 cêntimos de euro. O custo total do banho foi, por isso, de cerca de 8,09 + 15,61 = 23,7 cêntimos de euro.

Como reduzir este custo, sem deixar de usufruir desta comodidade, será tema de próximos artigos.

Consumo chama piloto

Há uns meses havíamos procurado informação sobre o consumo da chama piloto num esquentador. Todavia, nada nos assegura que esses são os valores relativos aos nossos sistemas. Como referimos neste artigo de há dias, os contadores de água e gás são bastante precisos, pelo que é só contabilizar o consumo durante um período um pouco mais longo, sem outras utilizações de gás, para calcular o valor relativamente preciso do consumo da chama piloto.

No nosso caso, fiz três medições, por períodos de 3 a 4 horas. Os valores variam ligeiramente, mas em cada hora consumimos aproximadamente 0,01 m3 de gás natural. Utilizando os valores das três medições efectuadas, e transpondo para um consumo anual, encontrei valores compreendidos entre um mínimo de 80,86 m3 e 88,07 m3 por ano. Estes valores estão por isso muito próximos dos que havíamos referido, o que reforça por isso a necessidade de desligar, cada vez mais, a chama piloto! Este é igualmente um bom exemplo de como a prática verifica a teoria…

Electricidade da GALP e gás da EDP

A liberalização dos mercados de energia vai dar nisto: aumentar a concorrência! Mas maior concorrência não garante necessariamente uma descida dos preços e das condições de acesso. No mesmo dia em que saiu uma notícia do Sol sobre a competição entre a GALP e a EDP, dei comigo a descobrir o mesmo na Loja do Cidadão em Lisboa.

Infelizmente, anunciam-se grandes descontos, mas que não são significativos. No caso da GALP anuncia-se um desconto de 15% no termo fixo do gás natural e 5% na potência da electricidade. Segundo a sua página de tarifário do gás natural, 15% dos meus 3,57€ mensais representariam uma poupança de 0,54€ por mês. No tarifário de electricidade, 5% sobre a minha potência, que custa 5,33 € mensais, representam uma poupança de 0,27€. São 0,81€ por mês de poupança, mas deixo de ter bi-horário, pelo que é muito pior que a promoção do Continente! No caso da EDP, ainda não consegui descobrir detalhes exactos, mas a competição ainda parece ser ao faz de conta…

Fugas de água e gás

Aqui há uns tempos tivemos um problema de fuga de água na sanita. O mecanismo de carga tinha uma pequena ruptura, o que causava um fluxo constante de água, embora pequeno. Nesse caso detectamos o problema porque a água corria para dentro da sanita, sendo visível no seu fundo a movimentação de água. Mais recentemente, a torneira da banheira começou também a ter uma pequena fuga.

Nestes casos, foi possível detectar e corrigir os problemas. Todavia, em alguns casos assim pode não acontecer, ou porventura passarem despercebidos. Assim sendo, agora utilizo um método que me permite verificar se há fugas de água e gás: registar os valores dos respectivos contadores durante uma ausência mais prolongada.

Curiosamente, a resolução (e espero que também precisão) dos contadores de água e gás cá de casa é relativamente melhor do que esperava. Em termos de água, a resolução é de 0,2 litros, enquanto em termos de gás é de um litro. Para além de detectar possivelmente fugas (ainda não detectei nenhuma por esta via), também permite monitorizar o consumo de água e gás cá em casa. A isso voltaremos em próximos artigos.

Cauções da luz, água e gás

Até 1999, era norma as empresas de electricidade, água e gás, cobrarem uma caução como garantia do cumprimento do serviço. Nesse ano de 1999, o Governo decidiu proibir a cobrança das cauções, e desde então para cá bastava dirigirmo-nos aos prestadores para ter direito à devolução.

Desde 2007, o processo é gerido pela Direcção Geral do Consumidor (DGC), que tem uma listagem dos montantes indevidamente cobrados, com um Fundo do Consumidor com uma dotação de 19 milhões de euros. Para isso, e se estiver nas condições acima referidas, o consumidor tem que se dirigir à DGC, para pedir a respectiva devolução. Os valores médios parecem rondar os 30 euros.

Tem até final de 2013 para o fazer. Não conheço ninguém que o tenha feito, pelo que não sei exactamente a burocracia associada. Não deve ser pequena, até porque desde 2007 a DGC apenas devolveu entre 30 a 40 mil euros. Mas segundo o site do consumidor da DGC, o processo até parece ser simples. De seguida transcrevemos o que de mais importante aí se diz:

Deverá ser dirgido um requerimento à Senhora Diretora-Geral do Consumidor e enviado para: Praça Duque de Saldanha, n.º 31 – 3º – 1069-013 Lisboa, por Fax: 213 564 719, ou para o e-mail: dgc@dg.consumidor.pt

Neste requerimento deverão constar as seguintes informações:

  • Identificação do titular do(s) contrato(s);
  • Entidade(s) fornecedora(s) do serviço;
  • Número(s) do(s) contrato(s);
  • Morada(s) de fornecimento;
  • Número de identificação bancária (NIB) do requerente.

No caso do contratante e do requerente não serem a mesma pessoa deverá ser indicado a qualidade em que este faz o requerimento (grau de parentesco, habilitação de herdeiros, conforme aplicável).

Os requerimentos deverão ser acompanhados da fotocópia/digitalização legível do Bilhete de Identidade e do cartão de contribuinte do requerente e  do documento comprovativo do pagamento da caução, caso ainda o possua.

No caso dos contratos de gás (e porque muitos deles foram ainda realizados junto de vários revendedores) é estritamente necessário o envio do documento comprovativo do pagamento da caução.

Quanto gasta chama-piloto?

É uma das perguntas que durante anos ficou sem resposta. A ideia até é premente, dado o aumento do IVA no gás… Agora, com o desafio do Poupar Melhor, resolvi investigar quanto gasta o esquentador de gás, cá de casa, por o deixarmos permanentemente com a chama-piloto ligada. O esquentador (na verdade, uma caldeira) não é daqueles automáticos, sendo a chama-piloto activada por pressão. Esse acto incómodo justifica porque está a chama-piloto ligada, excepto em períodos de ausência mais prolongados, como o de saída em fins de semana, ou férias.

Descobrir a resposta não é fácil. Os distribuidores estão interessados num maior consumo. O único fabricante que encontrei a revelar valores foi a Junkers. Neste link, diz-se que “a chama piloto de um esquentador pode consumir 13 gr. de gás por hora“, o que em gás natural significa que “essa poupança pode atingir 83 m3/ano“. A Junkers refere adicionalmente que “a utilização de esquentadores sem chama piloto permanente, poderá significar uma poupança de até 112kg/ano, ou seja, 9,1 botijas domésticas“. Todavia, noutro link, a Junkers deixou-me confuso, porque aí refere que “no caso de gás natural podemos falar de 120 m3“.

Para complicar as contas, os consumos de Gás Natural são facturados em kWh, em vez de m3. Para fazer a conversão, há variáveis como a temperatura… Tal torna as contas complicadas, para variar! Mas assumindo um valor médio ao longo do ano, dado pela própria factura da Lisboagás, o gasto da chama-piloto deve ficar entre 60 a 80 euros por ano, mais IVA. Um valor que não é desprezável, pelo que vamos começar a desligar mais vezes a dita chama…