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Androids condenados?

android perigoNo outro dia referenciamos os problemas de segurança envolvendo os MacBook, e ainda ontem referenciamos outros problemas de segurança envolvendo os computadores genéricos, através da porta USB.

Hoje continuamos na mesma onda, mas desta vez vamos falar de telemóveis. Os telemóveis são autênticos computadores, mas com muitos buracos, muitos dos quais ainda nem sequer temos conhecimento…

Há alguns dias, um artigo associado ao Metasploit revelou que a Google se está a marimbar para as versões mais antigas do Android, as versões anteriores à 4.4 (“KitKat”), e que não efectuará upgrades a vulnerabilidades recentemente descobertas e à solta na Internet…

O principal problema está no facto de que 60% dos telemóveis Android estão a um passo de serem tomados por sites que enviem código malicioso para os seus visitantes!

Uma forma de evitar estes ataques é mudar o browser que vem por defeito no Android pelo Chrome ou Firefox. Há outros por onde escolher. Depois, é só seleccionar o default browser, até porque o Webview, o componente que está a dar estes problemas, pode ser utilizado por apps…

Quando os fabricantes não são responsáveis pelos próprios erros

Gargoyle WiFi

Gargoyle WiFi

Por causa do que foi publicado recentemente sobre a vulnerabilidade dos routers domésticos, lembrei-me de ir buscar os apontamentos que aqui fiz sobre a criação de repetidores WiFi com o Gargoyle. Quando os fabricantes deixam de fazer atualizações de manutenção ao vosso equipamento, os erros posteriormente identificados, mesmo que possam provocar falhas de segurança, não são corrigidos, o que nos deixa vulneráveis por falta de suporte. Isto pode acontecer também ao vosso equipamento WiFi.

Os fabricantes deveriam ser os primeiros a divulgar a falta de correção para o erro ou aconselhar os seus clientes a descontinuarem o uso do equipamento com o software que já não é mantido pelos fabricantes, mas qualquer uma das duas iria afetar a venda dos novos equipamentos. Seria má publicidade informar todos os seus clientes que tinham comprado um equipamento que era da mesma marca de um outro que agora era vulnerável.

A nossa opção é no fim de vida optar por firmwares open source para substituir o software obsoleto nos equipamentos. O Gargoyle não serve para todos os equipamentos WiFi, mas em opção podem, se o vosso equipamento estiver nesta situação, ver se está incluído na lista de equipamentos suportados pelo projeto OpenWRT, de onde o próprio Gargoyle é originário, ou pelo DD-WRT, outro substituto para o software que corre no vosso Router WiFi.

128º fator: a do rácio do gasóleo e dos equipamentos de comunicação em fim de vida

Podcast do Poupar Melhor

Esta semana voltamos a falar do preço do gasóleo e de como a relação entre o valor do petróleo e o final do gasóleo pode indiciar deformações do funcionamento do mercado. Terminamos a falar sobre como alguns equipamentos eletrónicos podem ver o seu tempo de vida estendido.

Podem aceder aqui à lista completa de episódios do Podcast. O Podcast do Poupar melhor está também no iTunes

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Fim de vida do software nos equipamentos lá de casa

Misfortune Cookie

Misfortune Cookie

Recentemente lá foi publicitada mais uma vulnerabilidade em equipamentos domésticos. Desta vez nos routers domésticos de várias marcas. Este equipamentos são vendidos ao público geral e muito pouco tempo depois de abrirem a caixa, já os equipamentos estão vulneráveis. Neste caso em concreto a vulnerabilidade acontece porque estes equipamentos carregam no seu software de gestão servidores web, versões reduzidas, mas que acabam por estar vulneráveis a todos os ataques que os servidores de produção também estão, só que com menos investimento em manutenção. A vulnerabilidade só é explorável onde o serviço ficar disponível, mas se não entendem o que isso significa e como o impedir então passa a ser um problema.

O software que vem pré-instalado nos equipamentos lá de casa deve ser atualizado para corrigir os erros e as fechar vulnerabilidades descobertas após a compra. O acesso físico e eletrónico aos equipamentos deve ser mantido de forma conservadora e reservada. Os impactos desta e de outras falhas semelhantes são exponenciados pelo número de equipamentos disponíveis com potencial de conterem o software com a falha, mas também pelo desconhecimento do público em geral para a forma de a evitarem.

Ninguém nos dá formação para a necessidade de manter boas práticas de gestão dos nossos equipamentos, entre elas as de segurança. A nossa falta de conhecimento do funcionamento dos nossos equipamentos pode deixá-los expostos para que sirvam fins não previstos e mesmo essas não nos garantirão que isso não irá acontecer. Esta “funcionalidade não pretendida” a que chamaram Misfortune Cookie não é muito diferente de outras. Estes defeitos são provocadas por erros no controlo de qualidade do software provocadas pela falta de verificação de parâmetros recebidos.

Tudo o que tem software tem o potencial de sofrer dos mesmos defeitos que há muito conhecemos, mas atualmente o número de equipamentos disponíveis é muito superior e o esforço de os manter atualizados também. A informação sobre esta e outras falhas de software está disponível para consulta muito antes de sentirmos necessidade de reagir como utilizadores.

Se visitarem o site dedicado ao Misfortune Cookie vão perceber que esta falha em concreto até tem infográficos, listas de equipamentos afetados e outro tipo de informação. Os equipamentos identificados como podendo estar afetados pela vulnerabilidade são comuns em muitas casas, mas muitos utilizadores não voltam a aceder aos ecrãs de configuração depois destes serem configurados para uso, deixando as passwords por defeito, também elas disponíveis na Internet e por lapso abrindo ao exterior funcionalidades que não pretendiam nunca utilizar.

Muitos routers tem hoje em dia um site para os administrar que corre num servidor Web dentro do próprio equipamento. Este defeito em concreto só expõem os utilizadores que não temeram abrir o acesso pela Internet ao site de administração do seu router. O impacto pode acontecer quando o dono do router decidir abrir estes serviços no lado WAN (Wide Acess Network) o que não é muito diferente de outras funcionalidades dos equipamentos que os utilizadores nem desconfiam que existem e por isso não sabem como controlar.

Este tipo de serviços, tipicamente fechado quando o equipamento é retirado da caixa, deveria ser mantido fechado pelo utilizador e sem possibilidade de outro acesso que não fosse através de um cabo ligado diretamente ao equipamento.

Copyright na União Europeia

O problema da Cópia Privada e direitos de autor é algo que já abordamos repetidamente. É uma medida colectivista, e como é habitual, vão ter que ser outros a porventura meter ordem nisto…

No outro dia tropecei numa apresentação muito interessante de Julia Reda do Partido Pirata Alemão, numa conferência de hackers, a 31c3. A apresentação, visível abaixo, é particularmente interessante, pois refere várias coisas que eu desconhecia, como o “Freedom of Panorama” e os direitos à paródia. Pelo meio (aos 15:50) até aparecem jogadores de futebol portugueses!

A melhor parte é saber-se que a Comissão Europeia fará uma proposta de reforma em cerca de 4 meses, que alegadamente trará as leis do direito de autor, copyright e outros similares, para o século XXI.

A consulta pública da Comissão está disponível neste link e Julia Reda até refere as diferentesa expectativas que deposita nos novos membros da Comissão, e sobretudo como vai participar activamente neste processo. Vale bem a pena ver com atenção:

Mas afinal o que são os cabos que correm na nossa parede?

Ficha de telefone

Ficha de telefone

Já vos tinha aqui contado que andava à procura de uma forma de ligar por cabo as máquinas ao router ou mesmo um router a outro. A solução aqui de casa depende atualmente de um repetidor de sinal WiFi. A ideia era aproveitar a cablagem já existente nas paredes para ligar um router ao outro.

A experiência começa mal. Onde esperava encontrar uma tomada com 2 pares de fios, existe uma tomada com 3 pares. Voltámos ao inicio…

De acordo com a legislação, um cidadão não pode na sua fração autónoma alterar as instalações de telecomunicações. Para isso teria de ser um projetista ITED e um instalador ITED.

Cabos telefónicos de 3 pares

Cabos telefónicos de 3 pares