You are currently browsing the Poupar Melhor posts tagged: Internet


Preparar para o inevitável

Aqui no Poupar Melhor gostamos de gráficos e dados. Também gostamos de saber tudo sobre o que são as nossas coisas e desta vez encontrámos um gráfico sobre a relação das redes sociais com o inevitável: a morte.

Enquanto a maior parte das empresas que temos hoje na internet não mantém os acordos após a morte do utilizador, outras há que nem permitem que este passe para os seus futuros herdeiros os direitos de uso que ele adquiriu sobre os bens digitais. A história de como Bruce Willis lutou contra a Apple foi talvez a mais noticiada porque já sabemos que se um ator famoso tossir, há um repórter lá para relatar. O ator queria deixar a sua vasta biblioteca de iTunes aos seus herdeiros.

Enquanto tudo isto pode não parecer importante de momento, alguns de nós já percorremos o caminho da meia idade. Perguntas como “O que será dos meus filhos quando tudo isto acabar” podem já ter-nos ocupado parte do tempo.

A questão se queremos que o nosso património digital perdure para além da nossa vida já se pode ter colocado. Coisas como este site ou a nossa presença nas redes sociais é algo que queremos deixar aos nossos filhos ou que queremos que seja eliminado após a nossa morte? Podemos querer alguma coisa após a nossa morte?

Na prática não parecem existir muitas opções para quem se preocupe com o que se passe após a sua morte. Passa tudo por optar em confiar em alguém a nossa vontade e dar-lhe os meios para a cumprir ou pura e simplesmente burrifarmos-nos para isto tudo:

  1. Na primeira opção, vamos chamar-lhe a opção “salvar-me da poeira do esquecimento” há muito para dizer. As ramificações são bastantes. Num cenário que se opte pelo controlo total, o ideal poder confiar as credenciais de acesso, login e password, a alguém com instruções específicas do que há a fazer. Já há serviços para este tipo de coisas, mas não há nada nos end user license agreements que obrigue as empresas a manter a nossa informação disponível após a nossa morte.
  2. Na segunda opção, vamos chamar-lhe a opção “que se lixe”, não há grande coisa a fazer, por isso também não vale a pena escrever muito sobre o tema. Quem ficar cá que se desenrasque e limpe os cookies, limpe o histórico do meu browser e avise as redes sociais que eu morri.

Com qualquer uma destas opções, o mais provável é que acabemos por existir para todo sempre como uma sombra, um amigo desaparecido mas sempre presente no perfil de todos aqueles com que nos relacionámos. Um fantasma das redes sociais que não faz likes, nem interage. Brrr…

Digital

145ª cancela: a do aeroporto de Lisboa e do email do além com as passwords

Podcast do Poupar Melhor

Esta semana queremos saber o que se irá passar com as cancelas em volta do aeroporto de Lisboa e se iremos ter ou não uma área reservadas apenas a alguns quantos.

Terminámos a divertir-nos com as preocupações daqueles que pensam nos seus conteúdos das redes sociais após a sua morte.

Podem aceder aqui à lista completa de episódios do Podcast. O Podcast do Poupar melhor está também no iTunes.

Play

Presidente da República vetou a lei da cópia privada

Casca de Banana

Casca de Banana

Não queríamos deixar de registar aqui no nosso PouparMelhor.com o resultado final da novela da Lei da cópia privada. O Presidente da República exerceu o seu direito previsto no art.º 136º da Constituição da República e vetou a Lei da cópia privada.

No site da Presidência da República pode ler-se que o “Presidente da República não promulgou diploma sobre compensação equitativa relativa à cópia privada” por considerar que existe “a necessidade de uma reponderação dos diversos interesses em presença […] e mais conforme a uma adequada proteção dos direitos de autores e consumidores […]”.

Ou seja, a lei a que chamam “equitativa” não está conforme a definição do termo que lhe dá título:

e·qui·ta·ti·vo |qüi| adjectivo

  1. Que tem equidade.
  2. Recto, justo.
  3. Em que equidade.

Sensores para projetos futuros

Raspberry Pi com sensor infravermelho ligado para testes

Raspberry Pi com sensor infravermelho ligado para testes

O meu Raspberry Pi já não tem o sensor de infravermelhos lá ligado. Com as múltiplas atualizações do Raspbmc o comando remoto por CEC começou a funcionar muito melhor. O suficiente para nem se dar pela diferença. Por essa razão desliquei-o e fechei o RPi numa caixa mais convencional.

Entretanto, na sequência desta diatribe sobre sensores e medições, fui ver que outro tipo de sensores se podia ligar e o que podia ser medido. Fica aqui a lista:

Sensores Medição
Acelerómetro Bússola. Direção.
Biométrico Muscular. Impressão digital. Pulsação. Flexibilidade.
Corrente Corrente elétrica
Flexibilidade Extensibilidade. Maleabilidade. Alterações plásticas do material
Força Pesar objetos.
Gases Monóxido de carbono. Metano. Fumos
Giroscópios Unidade de medida de inércia. Altímetro. Acelerometro. Pressão. Rotação.
Infravermelhos Temperatura à distancia. Distancia entre objetos.
Luz e imagem Medição de intensidade de luz visível. Separação de intensidade pelo espectro de cores primárias e rejeição de infravermelho
Magnético campo magnético
Oxidação e acidez pH de uma solução.
Determinar o nível de oxidação.
Proximidade Ultrassónico de distância entre objetos
Som Microfone
Temperatura alterações de temperatura por alteração da resistência elétrica do material e por sensor infra-vermelho
Vibração e inclinação Vibração sensível sem indicador de direção
Atmosférico Níveis de humidade, pressão atmosférica (barométrico) e temperatura .

Comportamento imprestável de uma empresa de comunicações

Douche phone company

Douche phone company

Mudei de prestador de comunicações móveis não faz muito tempo, mas enquanto o meu prestador de comunicações móveis anterior era até bastante satisfatório, o atual tem uma equipa que roça o desagradável até na forma como me pergunta se pode ajudar em mais alguma coisa.

O meu novo pacote de comunicações passou a incluir as comunicações móveis e para ficar com o custo mensal ao nível da oferta do anterior prestador, os dados móveis incluídos passaram a ser um máximo de 200 Mb/mês. Para compensar serem apenas 200 Mb/mês, como o meu consumo de dados móveis é tipicamente 600 Mb/mês, contratei aquilo que chamam um aditivo, num total de mais 200 Mb/mês e com renovação automática mensal.

Uma das situações mais desagradáveis que tenho neste prestador é forma como posso fazer a renovação de pacotes de dados móveis quando ultrapasso o meu limite. Não existe qualquer opção online para o fazer ou um valor a pagar por cada N Mb depois de esgotado o limite, obrigando-me a ligar-lhes para me aumentarem o limite nesse mês.

Nos últimos 2 meses, porque tenho feito mais coisas com o telemóvel, vi-me obrigado a juntar-lhe mais um aditivo de 200 Mb/mês, este sem renovação automática. Isto já me tinha acontecido no estrangeiro, mas aí foi só enviar um SMS, conforme esclarece a mensagem abaixo transcrita do próprio serviço.

Não é possível estabelecer a sua ligação à Internet.

Em Portugal:
– Atingiu o limite de tráfego do seu pacote de dados. Para poder continuar a navegar até dia 1, ligue 16NNN.

No Estrangeiro:
– Se esgotou o tráfego da subscrição diária de roaming (apenas nos países da União Europeia) envie SMS grátis com a palavra NET para o 12NN;
– Para renovar o limite mensal envie SMS grátis com a palavra RENOVAR para o 12NN.

Para esclarecimentos adicionais contacte, das 8h às 24h, a Linha de Apoio ao Cliente 16NNN(em roaming +351 9N NNN NNNN).

Quando ocorreu a mesma situação em Portugal, enviei a o SMS para o número. Afinal de contas nunca me passou pela cabeça que não pudesse utilizar o meio menos personalizado que é o SMS para um serviço automático e que o problema fosse precisamente ao contrário. Este prestador de serviços de comunicações móveis entendeu que tenho de lhe ligar.

Como podem verificar na imagem, de nada me serviu enviar o SMS para o número indicado. O sistema responde-me primeiro que não consegue satisfazer o meu pedido, mas logo de seguida como se tivesse corrido tudo bem. Na realidade o pedido não é satisfeito…

"O seu pedido foi efetuado com sucesso"

“O seu pedido foi efetuado com sucesso”

Cada pacote de dados móveis de 200 Mb custa €2,99, mas a chamada através da opção “Pagamentos e faturações” tem um custo de até €1. Mesmo que o custo total da chamada não seja €1, fica perto disso. A chamada tem de “um custo máximo de até 1€”, mas a sua duração não depende da nossa boa vontade. Não é possível desligar a chamada por nossa decisão ou a transação que pretendem efetuar não fica completa.

Acrescentar um pacote de dados móveis pode ser feito de uma de 2 maneiras no serviço de atendimento ao cliente:

  1. Com a chamada pela opção “Pagamentos e faturações”, para obterem o pacote de dados de 200 Mb o custo total não é de €2,99, mas sim desse valor mais o custo da chamada, o que pode atingir €3,99.
  2. Com a chamada pela opção “Apoio técnico”, se pedirem exatamente a mesma coisa, aí já não pagam a chamada. Isto resulta que o pacote de dados tem o custo real publicitado: €2,99.

Daqui em diante, as minhas questões de pagamentos e faturação passam todas a ser questões técnicas. Ligo para o apoio técnico, escolhendo as opções 3, 4 e 1 do meu teclado numérico.

Dados digitais de hoje, amanhã?

Onde guarda os seus bytes?

Onde guarda os seus bytes?

Todos nos fartamos de produzir bytes de informação, seja em sites ou fotografias, documentos ou emails, ou outra coisa qualquer. Todos assumimos que podemos perder esses dados, e por isso vamos tentando fazer o máximo de backups. Para alguns dos leitores, o armazenamento na cloud será porventura uma prática há muito tempo…

Pouco nos damos conta que a informação digital não é eterna. Se tentar ler dados muito antigos, como aqueles que alguns terão relativo aos primeiros computadores, como o ZX Spectrum, então é muito provável que não o consigam, por uma multitude de razões. Se guardou informação em disquetes, é também possível que já não as consiga ler, seja pelo seu estado, seja pelo facto de não ter um leitor de disquetes à mão… E os CDs/DVDs estão longe de ser eternos…

Se entendeu o parágrafo anterior, a informação que está a produzir por estes momentos, ou produziu nos últimos anos, poderá não ser capaz de ser lida num futuro próximo.

Esta é uma preocupação que tenho há algum tempo. Mas que se reacendeu na minha mente com a leitura deste artigo. Nele alude-se a afirmações de Vincent Cerf, um dos pioneiros da Internet. Ele alerta para vários problemas, incluindo os referidos acima, mas também a obsolescência programada do software. Neste seu artigo mais antigo, ele dá mesmo conta em como o Microsoft Office já não consegue ler documentos que ele próprio produziu há uns anos atrás…

No domínio técnico, há muitas histórias para contar. É um tema equacionado há muito na Internet.

Há várias formas de lidar com este género de problemas. Uma das soluções é ir copiando os backups para meios de armazenamento mais novos. Na Internet, a utilização do “Museu da Internet” é uma hipótese. A utilização de máquinas virtuais poderá permitir executar sistemas no futuro, que já não existam em máquinas físicas, mas é preciso garantir que esse mesmo software ainda mantenha compatibilidade. Manter alguns equipamentos mais antigos funcionais pode ser igualmente uma hipótese, mas múltiplas coisas podem falhar quando se voltem a utilizar. É que estas coisas acontecem mesmo a instituições importantes como a NASA (exemplo1; exemplo2; exemplo3), quanto mais a nós…