You are currently browsing the Poupar Melhor posts tagged: jardim


Valores NPK

Quando compramos adubo ou qualquer outro produto que constitua “alimento” para as plantas, os valores NPK devem ser sempre equacionados com atenção. O termo NPK vem das iniciais dos elementos químicos Azoto (N), Fósforo (P) e Potássio (K).

As plantas, cujo “alimento” principal é a água (H20) e dióxido de carbono (CO2), para efetuar a fotossíntese, precisam no entanto de outros nutrientes. E os nutrientes NPK são os principais, sendo essenciais para as seguintes vertentes:

  • O azoto (N) é sobretudo responsável pelo crescimento das folhas das plantas.
  • O fósforo (P) é o que contribui para o crescimento das raízes, e o desenvolvimento das flores e frutos.
  • O potássio (K) é o nutriente da qualidade, contribuindo para o tamanho, cor, sabor, etc.

Dos valores NPK há que saber essencialmente dois aspetos:

  • Quanto maior são os valores, maior é a concentração do nutriente. Assim, um NPK de 10-10-10 tem o dobro de nutrientes de um 5-5-5, quando comparado o mesmo peso.
  • O valor de N representa a percentagem de peso de azoto. Assim, um NPK de 10-10-10 significa que existem 100 gramas de azoto por quilo. Os valores de P e K estão relacionados percentualmente, mas a conversão não é linear, conforme pode ver neste artigo.

Os valores de NPK aplicam-se quer a adubos químicos, quer orgânicos. Alguns destes últimos não têm esta informação, pelo que deverá estar atento à sua possível qualidade.

Em termos téoricos, deveria conhecer a composição do seu solo, antes de adicionar nutrientes. É como uma planta que já tenha água: não precisa mais. Se o solo já tem um dos nutrientes, só precisará dos restantes. Adicionalmente, determinados nutrientes serão mais importantes em determinados momentos do crescimento das plantas, mas esta e outras vertentes analisaremos em artigos subsequentes.

Problemas na rega de férias

Neste artigo sobre como regar as plantas em férias, relatei a minha experiência com um “perfusor com arejador incorporado”, o nome técnico para um daqueles sistemas de administração de soro que se utilizam nos hospitais. A experiência tinha corrido bem, até porque envolvia pouca água…

O passo seguinte envolveu encher mais o garrafão de 6 litros, abrir bastante mais a água, e ver o que acontecia. Logo desde o início comecei a perceber que o resultado não ia ser o melhor. O garrafão começou a contorcer-se e foi fácil perceber porquê: como não entrava ar de volta no garrafão, estava a criar-se um vácuo!

Foi aí que associei que as garrafas de soro são maleáveis, e não entrando o ar, vão ficando espalmadas à medida que se esvaziam. Num garrafão, tal é muito mais difícil, e o que acaba por acontecer é o garrafão deformar-se como na imagem abaixo…

Os próximos testes vão envolver furar o garrafão propriamente dito, e não a tampa. O perigo de inundação vai ser maior, até porque isolar o furo promete ser mais difícil. Mas já estou a ver que um garrafão pode dar para vários vasos… O leitor tem alguma outra ideia?

Vácuo no garrafão

Vácuo no garrafão

 

Regar plantas em férias

Um dos problemas de ir de férias é regar as plantas que temos em nossas casas. Já tentei várias aproximações, mas nenhuma delas deu grandes resultados. Todavia, há muitos anos que havia tido uma ideia, mas só agora a pude concretizar!

Durante muito tempo perguntei a mim mesmo como arranjaria um daqueles sistemas de administração de soro que utilizam nos hospitais. Já perguntara a várias pessoas ligadas à Saúde, já perguntara em farmácias, mas nada. A semana passada, uma amiga farmaceutica arranjou-me um exemplar. Tecnicamente é um “perfusor com arejador incorporado”.

Num artigo próximo vou mostrar como é fácil montar um. Quando iniciei a experiência em casa, não foram precisos mais de 10 minutos para fazer o protótipo seguinte:

Garrafão onde está o "soro"

Garrafão onde está o “soro”

Para além do sistema, foi só arranjar um garrafão de água, um pedaço de caixote a improvisar de suporte, e um bocado da bancada da cozinha, não fosse alguma coisa correr mal… O paciente, como podem ver na imagem abaixo, ficou no chão. Foi só regular com alguma perspicácia, e deixá-lo durante a noite!

"Paciente" no chão

“Paciente” no chão

O resultado foi espectacular! 130 ml vertidos durante 12 horas, o que significa que um garrafão destes cheio de água dá para cerca de três semanas de ausência. Sem um único pingo na bancada, a solução passou ao teste seguinte, no sentido de perceber se era possível conseguir um ritmo de saída de água mais lento! E na verdade foi, com apenas 25 ml nas 12 horas seguintes, o que quer dizer que uma garafa de um litro dará aí para uns 20 dias…

Plantas exóticas

12w12

Magníficas espécies, retirada daqui

No deambular que fazemos na Internet, descobrem-se por vezes sites abolutamente fabulosos. No âmbito de uma investigação que ando a fazer, descobri o site Atlas de Plantas Exóticas cultivadas em Portugal.

O site tem artigos absolutamente completos sobre várias espécies de plantas, com a história de determinadas espécies, uma abordagem científica, dados sobre a melhor forma de as ter, e tanta, tanta informação!

E tem montes de imagens! Tantas, que aparentemente esgotou o limite de imagens que podia publicar, pelo que teve que continuar noutro blog. As páginas do blog são por isso grandes, e não se admire se o seu browser tiver algumas dificuldades em tratar da página. No meu caso, o Firefox estoirou, o Internet Explorer ficou-se a meio, e só o Chrome se portou bem. Também não tentem navegar nestes sites se estão a aceder a partir de mobile, pois dão conta do plafond num instante! A primeira página do segundo link tem mais de 400 objectos e mais de 200 MB…

Guia para compostagem

Já anteriormente falamos sobre compostagem. A compostagem é uma prática muito interessante para quem tem uma moradia ou jardim. Infelizmente, muitas vezes os resultados da compostagem serão maus por desconhecimento de como deve ser efectuada correctamente.

Por isso, um bom infográfico pode ser uma excelente fonte de informação. Como o infográfico abaixo (clicar para ver o original, muito grande!), cujo original é disponibilizado no site FIX, podemos ver quanto vale o composto, quanto a compostagem representa de benefício para a Sociedade, e naturalmente o que podemos, e o que não devemos, compostar:

Infográfico de Compostagem da FIX

Infográfico de Compostagem da FIX

Corte de relva

Neste artigo falamos da importância dos horários de rega dos jardins. Hoje, vamos abordar alguns dos aspectos relacionados com o corte da relva dos nossos jardins.

Um dos aspectos principais do corte está relacionado com a altura do corte. De um modo geral, o corte deve ser mais alto no Verão, para evitar que a terra e a relva seque. A própria altura da relva serve para criar mais sombra, e assim permitir uma maior luta contra cenários de seca, minimizando igualmente as necessidades de rega. Na Primavera e Outono, o corte deverá ser mais baixo. Quanto mais o relvado é calcado, mais alto deve ser o corte, para permitir uma rápida regeneração. Quanto mais baixo é o corte, maior é a fraqueza para a relva, pelo que só quando a taxa de crescimento é elevada, é que é recomendado cortá-la baixa. Em qualquer caso, não deverá cortar, em cada momento, mais de um terço da altura da relva.

Igualmente importante é ter as lâminas do corta-relva bem afiadas. Quando isso não acontece, em vez de cortar a relva, provavelmente estará a arrancá-la. Deve verificar os restos presentes no corta-relva, para verificar se isso está ou não a acontecer. Deste link retiramos as duas imagens abaixo, a mais à esquerda relativa a uma relva bem cortada e a da direita, mal cortada.

Igualmente importante é recolher os restos da relva, dado que o depósito desses restos no relvado abafa o próprio relvado. Na verdade, não é um meio eficiente de adubamento, sendo preferível a compostagem. Deve evitar-se o corte da relva quando a relva está húmida. Fiquei mesmo um pouco surpreendido quando verifiquei que online é possível obter previsões sobre a adequabilidade do corte da relva. Mas tenha também em atenção os momentos da rega. Cortar um relvado regado é mais difícil, deixa marcas, e o resultado não é o relvado que todos esperamos…