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Temperatura mais alta no tecto

Já aqui nos referimos que o ar quente sobe, mesmo que em sítios mais exóticos, como o interior do frigorífico. Agora, na mesma divisão onde efectuamos a experiência das temperaturas à janela, efectuamos a experiência na parede oposta da sala. Desta vez, os dois termómetros foram colocados rente ao chão, e junto ao tecto. No gráfico abaixo vemos a curva azul representando as temperaturas junto ao chão, enquanto a vermelho estão representadas as temperaturas junto ao tecto:

As temperaturas foram medidas sem que tenha havido nenhuma presença humana durante os dois dias, correspondentes ao fim de semana do Carnaval. Facilmente se observa que as temperaturas junto ao tecto são sempre superiores às observadas junto ao chão. Quando a temperatura subiu, em função da boa exposição solar, a temperatura subiu mais junto ao tecto. Note-se como no período de maior calor, a diferença de temperaturas é de quase 2º C, enquanto nos períodos de menos calor, a diferença chega a ser inferior a 0,5ºC!

Uma das consequências deste gráfico é a importância dos isolamentos dos nossos tectos e mesmo telhados. É por aí que se verifica uma percentagem significativa das perdas de calor. Verifique pois se não é pelo tecto que está a fugir esse calorzinho lá em casa!

3ª edição do podcast do Poupar Melhor

Podcast Wallpaper por Oliver Hartmann

Desta vez conseguimos manter-nos abaixo da meia-hora.

Falámos da poupança da água, tema que começámos a dedicar-nos esta semana, de como a desperdiçamos e como ter fé não nos ajuda a poupar.

Falámos também de antenas wifi e de como podemos melhorar o seu sinal dentro de casa.

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Como a humidade se propaga

A humidade propaga-se em nossas casas, para dentro ou para fora, em três formas distintas:

  • correntes de ar
  • transferências de calor
  • difusão através de materiais

Destas três formas, as correntes de ar são responsáveis por 98% dos movimentos de humidade. O ar move-se naturalmente de uma zona de maior pressão para uma de menor pressão, normalmente nas nossas casas através de buracos e fendas. Nesse sentido, a obstrução desses buracos e fendas inpede essas circulações de ar e potencialmente humidade.

As outras duas formas, por transferências de calor e difusão através de materiais, são muito mais lentas, mas implacáveis. Os edifícios modernos, com os materiais de construção mais recentes e melhores isolamentos, contribuíram para baixar significativamente a importância destes dois factores.

Como vimos neste artigo, em que falamos sobre a formação da condensação há muitas situações que levam à formação de humidade em nossas casas. Para minimizar a propagação de humidade, temos várias opções, mas uma das mais eficientes passa pela redução da humidade, o mais rapidamente possível. Como é fácil de perceber, o aumento da temperatura também reduz as hipóteses de condensação dessa humidade. A ventilação é igualmente uma opção, mas devemos ter em atenção que, por vezes, a humidade relativa exterior também é elevada…

NODE: medição na palma da mão compatível com o smartphone

Já aqui vos falámos de como podem financiar um projeto que tenham andado a preparar e também já vos mostrámos o que fazemos com os nossos meios de medição.

Na Engadget falavam de um projeto com um gadget que permite um conjunto de possibilidades de medição que até hoje não eram possíveis num único equipamento compatível com o vosso smartphone.  O projeto chama-se NODE e é um projeto no Kickstarter que se propõem construir um equipamento compatível através de Bluetooth com Android e iPhone e que irá permitir o mais variado tipo de medições e recolhas de dados

O NODE permitirá:

  • Medir movimento;
  • Medir a pressão atmosférica;
  • Controlar jogos;
  • Medir a presença de gases;
  • Medir a Radiação;
  • Medir a temperatura; e
  • Utilizar um conjunto de LED.

Como todos os projetos no Kickstarter, se o valor pretendido não for atingido, o vosso dinheiro não é cobrado, mas se for recebem o produto do projeto antes dele chegar ao mercado.

Como se forma a condensação?

A condensação ocorre numa superfície sempre que a temperatura dessa superfície é inferior à do ponto de orvalho do ar envolvente. A humidade relativa no ar vai aumentando à medida que o ar arrefece, e chega a uma temperatura na qual satura, não suportando mais humidade: esse é o ponto de orvalho.

Quando a temperatura baixa, e o ar não consegue aguentar toda a humidade, essa humidade irá migrar para as partes mais frias da casa, e condensar nas paredes, janelas, etc.

Para perceber o problema da condensação, é preciso perceber primeiro donde vem a humidade. Numa casa, uma pessoa pode produzir dois litros de humidade por dia, atraves dos duches, banhos, cozinha e respiração. Para além da respiração, há que contar igualmente com o suor; em casos limites, pode-se produzir um litro de suor numa hora… Numa casa com quatro pessoas, pode-se produzir mais de 50 litros de humidade por semana, e essa humidade tem que ir para algum lado…

Nas casas modernas, com menos fugas de ar, o problema da humidade coloca-se de forma mais premente. Tal provoca os problemas de condensacção referidos, que colocam problemas às paredes, um ar de menor qualidade, e possível desenvolvimento de bolor e fungos. Um problema que queremos evitar e que abordaremos em próximos artigos.

Frigorífico ao frio

Com o frio dos últimos dias, resolvi fazer uma experiência interessante. Na noite da passada sexta-feira, abri a janela da cozinha, e deixei o frio entrar! O objectivo foi verificar como se comportaria a temperatura dentro do frigorífico, quando a temperatura externa diminuísse. A imagem abaixo documenta a evolução. Note-se, em primeiro lugar, a diferença de escalas. A azul temos a evolução das temperaturas dentro do frigorífico (escala à esquerda), na prateleira do meio. A vermelho, a temperatura a meio da janela (escala à direita):

Como se pode observar, a temperatura caiu abruptamente depois da abertura das janelas. Note-se que esta reflecte a temperatura à janela, sendo de esperar uma temperatura exterior mais baixa e uma temperatura no interior da cozinha (onde se localiza o frigorífico) mais elevada.Note-se igualmente que as temperaturas muito elevadas durante o dia 3, à janela, reflectem a exposição directa ao Sol.

A temperatura do frigorífico evoluiu de duas formas distintas. Numa primeira vertente, nota-se uma diminuição das temperaturas mínima e máxima no interior do frigorífico. Numa segunda vertente, nota-se um maior espaçamento entre os ciclos de subidas/descidas, o que significa um menor funcionamento do compressor. Durante o dia, o espaçamento foi de cerca de 100 minutos, enquanto durante a madrugada, chegou a atingir os 150 minutos.

Esta experiência extrema evidencia a importância de o frigorífico se localizar num ambiente fresco. Quanto mais fresco for, menor será o esforço necessário para manter o interior do frigorífico fresco, e logo menos energia se consumirá. A esta última vertente voltaremos!