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Mais detalhe sobre a temperatura da água do mar

Os Portugueses têm razões de queixas sobre a temperatura da água do mar. É um tema que tem estado nas notícias, porque ela tem estado mesmo muito fria neste mês de agosto. O problema nem está na variação, que é normal entre anos, mas na percepção criada nas pessoas, de que pelo menos o Aquecimento Global deveria trazer águas mais quentinhas, e não características da Idade do Gelo…

O tema da temperatura da água do mar tem sido referenciado várias vezes no Poupar Melhor. Num primeiro artigo referenciamos o mapa da AEMET, o Instituto de Meteorologia Espanhol. Também já referenciamos os dados que o Instituo Hidrográfico disponibiliza sobre as bóias ondógrafo, e que têm sido muito citadas nos Media nos últimos dias. Finalmente, este ano, o IPMA passou a disponibilizar dados semelhantes ao AEMET nesta página.

Todavia, agora descobri que o IPMA têm mapas com simulações mais detalhadas sobre as várias zonas do litoral português, e também ilhas. Nestes mapas já se consegue ver as temperaturas, para além das cores:

Enfim, os mapas mostram algum aquecimento das águas, como é visível abaixo, mas para nós ficará um ano em que, quem foi à praia, ficou mais com a ideia de que vem aí um Arrefecimento Global…

Previsão anterior para esta hora...

Previsão anterior para esta hora…

Maior ventilação no frigorífico

Depois de ter sido surpreendido pelas temperaturas no nosso frigorífico, voltei às medições. Como a evolução se havia parecido com a homogeneidade relatada neste artigo, retirei alguns alimentos à volta dos termómetros, para permitir uma maior ventilação dentro do frigorífico.

Os resultados, visíveis no gráfico abaixo, permitem verificar um regresso a uma maior estratificação térmica dentro do frigorífico. A temperatura na parte inferior do frigorífico registou uma diminuição de temperaturas, mas na parte superior registou-se um aumento, sobretudo nas temperaturas mínimas.

As medições vão continuar, para perceber se se consegue melhorar o desempenho do frigorífico, baixando as temperaturas, quer na parte superior, quer na inferior.

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Evolução de temperaturas no frigorífico após maior ventilação

Armazenamento de calor em casa

Na passada Páscoa, passada no Norte, fiz uma experiência interessante. No dia da chegada, quinta-feira dia 17 de Abril, estava um calor significativo. Mas sabia pelas previsões do tempo do site meteo do IST que iria arrefecer significativamente!

Assim, quando cheguei, a casa foi aberta de par em par, para que o ar quentinho exterior entrasse. Como se pode ver na imagem abaixo, a temperatura nessa dia na sala da casa chegou a ultrapassar os 28ºC, mas depressa começou a baixar.

A descida foi interrompida nos dois dias seguintes por ligeiras subidas de temperatura, em função de algumas abertas solares, e também da actividade humana. Deu para chegar ao dia de Páscoa ainda com temperaturas amenas dentro de casa, apesar do frio instalado no exterior.

Esta estratégia de olhar para as previsões futuras da temperatura pode ter algum retorno em termos de conforto, e também em termos económicos. Se não tivesse aberto a casa no dia 17, provavelmente teríamos passado frio, e também muito provavelmente, teria que ter ligado o aquecimento…

Acumulação de calor, que foi desaparecendo...

Acumulação de calor, que foi desaparecendo…

Temperatura das paredes

Antes do verdadeiro regresso da Primavera, havia tido a oportunidade de registar as temperaturas em três paredes distintas cá de casa. Para isso utilizei um termómetro a infravermelhos, sendo que os resultados não me surpreenderam…

Medi a temperatura em três paredes: a parede interior da sala, a parede do corredor interno e uma parede externa no quarto mais frio…

Parede exterior

Parede exterior

Na parede externa do quarto mais frio foi observada a temperatura mais baixa, como é visível à esquerda. A temperatura de 15.3 ºC é uma temperatura fria, e por isso é necessário ligar-se por vezes o aquecimento.

Tal não quer todavia dizer que a temperatura do ar ambiente seja de 15.3 ºC, até porque as temperaturas das paredes internas são maiores. A temperatura da habitação tenderá assim para o equilíbrio das várias paredes.

Por sua vez, estas são influenciadas pelas temperaturas exteriores a essas, e como o quarto tem duas paredes exteriores, durante o Inverno tenderão a arrefecer mais depressa.

Neste contexto, a importância do isolamento e das pontes térmicas adquire uma importância significativa!

Corredor interno

Corredor interno

No corredor e hall interno, a temperatura encontrada nas paredes é muito estável. A imagem ao lado mostra-nos uma temperatura dois graus Celsius maior que a observada na parede exterior.

Da diferença de temperatura entre este espaço e os quartos já havíamos falado neste artigo. Já na altura havíamos observado uma diferença de cerca de dois graus, tal como neste exemplo.

Como referimos nesse artigo, fechando as respectivas divisões, contribuiu-se para manter o núcleo da casa mais quente no Inverno, e naturalmente mais fresco no Verão… Obviamente, neste caso as divisões fora desse núcleo sofrem um diferencial de temperaturas maior…

Parede sala

Parede sala

Finalmente, na parede da sala, a temperatura registada é ainda mais elevada. Tal acontece porque a sala é a divisão mais quente da casa. Como se pode observar à esquerda, a temperatura é quase um grau celsius superior ao do hall.

No Inverno, já relatamos aqui como o Sol faz maravilhas. Infelizmente, tal não foi o caso neste Inverno! Por isso, o aquecimento esteve mais tempo ligado. Felizmente, uma boa utilização de várias barreiras térmicas contribuiu para a minimização desse aquecimento…

Horas de sol

Não falta muito para o horário de Verão se instalar. Já sentimos também na semana passada mais umas horas de Sol, o que depois de tantas semanas de nuvens e chuva, me pareceu uma mudança muito substancial na duração do dia.

No outro dia deparei-me com o site gaisma.com, o qual nos dá uma representação muito interessante da duração dos dias ao longo do ano. Como podem ver na imagem abaixo, que foi anotada para facilitar a leitura, a mudança da hora “alisa” o nascer do Sol ao longo do ano, à custa do prolongamento da tarde pela noite, no Verão.

O gráfico é para Lisboa, com o resto do País a registar uma evolução semelhante. Muito interessante é olhar no site como outras zonas do globo têm comportamentos muito distintos, consoante a maior proximidade do Equador ou dos Polos…

Horas de Sol em Lisboa

Horas de Sol em Lisboa

Temperaturas e electricidade

Há um mês, li várias referências a que o mês de Janeiro passado havia sido o terceiro Janeiro mais quente desde 1931.

Fiquei perturbado com a notícia! Tenho experimentado o que para mim é um Inverno frio! Perguntei a muita gente como achavam que tinham sido as temperaturas de Janeiro? A resposta quase unânime foi a de que tinha sido um mês mais frio que o habitual. Só uma pessoa, o Álvaro, admitiu que tinha sido mais quente!

Ao explorar no outro dia o site do IPMA percebi o que se passava. As temperaturas máximas, isto é, aquelas que percepcionamos durante o dia, foram normais, ou até abaixo do normal, na zona de Lisboa. O que foi mais quente foram as temperaturas mínimas. As três imagens abaixo, retiradas daqui, da esquerda para a direita, evidenciam respectivamente as temperaturas mínimas, médias e máximas.

Mínimas Janeiro 2014

Mínimas Janeiro 2014

Média

Média Janeiro 2014

Máxima

Máximas Janeiro 2014

Mas o que tem tudo isto a ver com a poupança, dirão? É que na investigação que tenho vindo a efectuar dos preços muito elevados da electricidade em Portugal, tenho tropeçado várias vezes no factor temperatura. Basta ver por exemplo o que diz o relatório da REN do mês de Janeiro:

  • Em janeiro o consumo de energia elétrica manteve a tendência de crescimento, com uma variação homóloga positiva de 2.2%. As temperaturas relativamente elevadas não tiveram efeito significativo dado que há um ano se tinham também situado acima da média. Com correção dos efeitos de temperatura e dias úteis a evolução situa-se em +1.5%.
    Na ausência de períodos com temperaturas muito baixas, a potência máxima solicitada à rede situou-se em 8085 MW, cerca de 100 MW abaixo da verificada no mesmo mês do ano anterior..

Este tema continua confuso para mim. Mas vou investigar mais para perceber como é que os desvios das temperaturas são utilizados para categorizar os consumos de electricidade, e como depois a ERSE pega nisto tudo, e aumenta sempre o preço da electricidade!