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Sol, cortinas e arejamento

Com o advento do frio, reiniciei as experiências visando o combate ao frio cá em casa. A divisão mais fria da casa é o nosso quarto, com a principal janela virada a norte, pelo que sem nenhuma exposição solar. Tem igualmente duas paredes exteriores, o que também não ajuda nada no Inverno.

Para além de exposta a norte, o quarto tem igualmente uma janela mais pequena, virada a nascente. Por razões de ocupação de espaço, tem tido sempre o estore fechado. Mas, ocorreu-me que estando virada a nascente, que se poderia aproveitar a exposição solar durante a manhã.

A imagem abaixo documenta a evolução das temperaturas dentro do quarto, na última semana. A azul está a temperatura no parapeito da janela virada a nascente. A vermelho a temperatura 20 cm para dentro do quarto, com separação de um cortina transparente.

Temperaturas no quarto

Temperaturas no quarto

No dia 17, o estore da janela pequena esteve aberta. A subida de temperatura foi clara em ambos os termómetros. Nos dias seguintes, com o estore fechado, a temperatura também sobe, mas sem a mesma dimensão. No último dia do gráfico, 21 de Novembro, as temperaturas baixaram significativamente, em função de um baixar das temperaturas exteriores, e de um céu nebulado.

O gráfico evidencia igualmente a importância de uma cortina simples. Note-se como durante o dia as duas temperaturas são próximas, mas como baixam de forma muito mais significativa entre a cortina e a janela durante a noite! Note-se igualmente o impacto do arejamento, com a descida das temperaturas, e respectiva subida depois do fecho das janelas, devido à inércia térmica do quarto.

Calorzinho no carro

Nos dias da semana passada ainda se verificou bastante calor, e por isso ainda estava na fase de deixar o carro à sombra. A consequência era ter o carro mais fresquinho, quando se voltava para ele, evitando que se tivesse que entrar num forno. Mas, nas próximas semanas, deixar o carro ao Sol voltará a ser agradável…

Curiosamente, por estes dias, tropecei num site já bastante antigo, que relata as experiências e os registos de temperatura feitos em vários pontos de um carro. Particularmente interessante é a temperatura atingida dentro do porta-luvas, sítio onde muitas vezes enfiamos equipamento que se deteriora rapidamente com a temperatura, nomeadamente tudo o que tenha pilhas e baterias. Fica um dos gráficos do site, sendo necessário referenciar que as temperaturas estão em graus fahrenheit:

Temperaturas no interior de um automóvel

Temperaturas no interior de um automóvel

Zeer em Lisboa

Depois da experiência do zeer na praia, ele voltou connosco para Lisboa. Foi colocado na floreira, no exterior da casa, e logo foi alvo de experimentação.

Para a experiência contei já com os dois termómetros, um dentro do zeer, e outro fora para medir a temperatura exterior. O gráfico de temperaturas abaixo evidencia os resultados da experiência, com a linha a azul a representar a temperatura do zeer, enquanto a vermelho está representada a temperatura ambiente.

Temperaturas num zeer em Lisboa

Temperaturas num zeer em Lisboa

A experiência decorreu durante a tarde, pois o local onde o zeer foi colocado apanha Sol directamente até ao início da tarde, o que dificulta nomeadamente a monitorização da temperatura ambiente.

A partir do momento em que se coloca água no zeer, a temperatura interior diminui rapidamente. Mas essa descida acelerou ainda mais com a colocação dum pano absorvente molhado. A colocação de mais água a meio da tarde ajudou um pouco, mas não foi muto determinante. Quando ao final da tarde tirei o pano absorvente, a temperatura interior rapidamente subiu, mas voltou a descer depois de estabilizar. É fácil de perceber que o pano absorvente é parte importante num correcto funcionamento do zeer.

Neste exemplo, consegui uma diferença para com a temperatura exterior de 5ºC, bastante melhor que o conseguido na praia. Penso todavia que é possível ir mais longe, nomeadamente quando se acumular um maior tempo de funcionamento. Vamos ver se neste final de Verão ainda conseguiremos fazer mais algumas experiências…

Conservar o calor

Hoje é provavelmente o último dia bem quente deste Verão, que foi muito generoso em termos de temperaturas. Durante este Verão, o exercício cá em casa foi manter o calor lá fora. Mas esta semana tudo mudou…

Depois de ter visto nas previsões da meteorologia de médio prazo que as temperaturas iam baixar significativamente a partir de amanhã, os dois últimos dias foram dias de aquecer a casa! As janelas ficaram abertas para o calor poder entrar. É claro que a casa estava quentinha ontem ao final da tarde, com quase uns 30ºC na sala, conforme podem ver no gráfico abaixo.

E hoje o aquecimento continua. Porque nos próximos dias, com o arrefecimento lá fora, a casa conservará algum do calor adquirido. A massa térmica assegurará que nos próximos dias a temperatura se manterá elevada. E com a mudança para a estratégia de Inverno, esperamos que a casa permaneça bem quentinha durante bastante tempo!

Aquecendo a casa no final do Verão

Aquecendo a casa no final do Verão

Temperaturas num saco térmico

No outro dia falava sobre a experiência de um zeer na praia. Todavia, para conservar as coisas frescas na praia, nada como um saco térmico. Para isso, procurei verificar que temperaturas se atingem no saco:

Temperaturas numa mala térmica

Temperaturas numa mala térmica

Numa primeira fase, o termómetro ficou no topo do saco. Ele continha vários sumos e frutas, e estava localizado o topo. No fundo, estavam duas cuvetes trazidas do congelador.

Numa primeira fase, a temperatura manteve-se relativamente homogénea, entre os 20 e 22ºC. Depois de retirados os sumos e fruta, a meio da tarde, o termómetro ficou praticamente a sós com as cuvetes, tendo a temperatura naturalmente baixado.

Apesar da experiência interessante do zeer, não é claramente uma alternativa para as cuvetes e os sacos térmicos…

Experiência com um zeer

Zeer na praia

Zeer na praia

O zeer, ou vaso dentro de vaso (“pot in pot” em inglês) é uma forma de manter um recipiente fresco, mesmo em sítios áridos, e que já aqui mencionamos no Poupar Melhor. Há vários anos, fez mesmo que Mohammed Bah Abba ganhasse um Rolex Award.

O merecido prémio ficou a dever-se ao facto de que o zeer se tornou numa solução muito interessante para muitas famílias africanas, que sem acesso a electricidade, muita dificuldade tinham em preservar os alimentos. A solução permite preservar alimentos até 20 dias, por um custo irrisório. Muita mais informação técnica pode ser observada neste artigo extenso sobre o zeer.

Há muitos anos que desejava experimentar o funcionamento do zeer. Sempre imaginei fazer a primeira experiência na praia, e no outro dia meti os vasos de barro a caminho da praia. O gráfico a seguir documenta a evolução das temperaturas:

Evolução de temperaturas num zeer

Evolução de temperaturas num zeer

Infelizmente, um dos meus termómetros ficou a descansar em Lisboa, pelo que não tenho uma curva que documente a temperatura exterior dos vasos. Ainda assim, no final, retirei e voltei a colocar o termómetro. A diferença de temperaturas não foi substancial, no máximo talvez de 2ºC. Ainda assim, factores como a humidade junto à praia, terão contribuído para uma diferença tão pequena. Como podem observar no gráfico, a colocação do papel de cozinha a cobrir os vasos também não parece ter ajudado.

Ainda assim, vou voltar a repetir a experiência em diferentes cenários. Tenho um particular fascínio por estas técnicas ancestrais, que com toda a nossa tecnologia moderna, vão escpando aos radares do conhecimento…