Com as filas da Greve, não há como usar um motociclo para não estar dependente destas ou dos transportes públicos, mas a decisão de substituir um carro por um motociclo não pode ser feita sem as avaliarmos quantitativamente o que vamos poupar.
Para calcular a melhor solução para conseguir aumentar a eficiência das deslocações para o trabalho, já identifiquei todos os troços, medi e somei a distancia de todos os troços que compõem os percursos, determinei os valores que entravam para o cálculo e quais os que deveriam resultar.
Para a folha de cálculo do custo diário e para termos comparativos foram tidos em conta:
- Custo do Gasóleo por litro;
- Custo da Gasolina sem chumbo 95 por litro;
- Consumo médio atual;
- Consumo médio previsto de moto; e
- Passe Transtejo com parqueamento.
O problema aqui é o custo dos combustíveis. A melhor solução para este problema seria mesmo fugir ao combustível fóssil com um motociclo elétrico, mas o valor inicial de aquisição, a autonomia e a falta de forma de a carregar tornaram a opção proibitiva.
O custo dos combustíveis também é um problema difícil de controlar uma vez que ou está sempre a subir ou também está sempre a subir, e com o gasóleo quase ao preço da gasolina sem chumbo 95, o que irá fazer a diferença será o consumo do veículo e não o combustível.
Para que a opção da moto (motociclo) estivesse em pé de igualdade com as restantes, os seguintes itens foram tidos como custo inicial:
- Equipamento para 2 pessoas: Capacetes, Luvas, Casacos e Botas;
- Cadeados;
- Alarme;
- Ancora; e
- Licença de condução para motociclo com mais de 125cc.
Nos cálculos para comparação, todos os veículos tiveram direito a valores para
- Custo de revisão; e
- Ciclos de revisão.
Os custos com seguros foram descartados por não serem muito diferentes para o meu perfil.
Como tenho dois carros, provavelmente não será poupado manter um carro parado, com custos de impostos, seguro e outros, por isso coloquei um carro à venda em stand online e também no Facebook. O valor poderá reduzir o tempo que a troca leva a pagar-se a ela própria, mas para questões de clareza a folha de cálculo prevê zero euros na venda, o que permitiu mais facilmente obter uma conclusão.
Para os transportes públicos, contei com as seguintes despesas:
- Passe Metropolitano;
- Parque no terminal fluvial; e
- Passe Transtejo com Metropolitano 22 dias uteis.
Os tempos, não contando com imprevistos, são bastante semelhantes entre a modalidade que usa a opção motociclo e a que usa apenas carros. Aqui, já era de esperar os transportes públicos serem mais demorados, mesmo não contando com a totalidade dos tempos de espera entre ligações e fazerem greve uma vez por ano, pelo menos:
Modalidade |
Meio |
Minutos por dia |
Totais |
Carro e Barco |
Barco |
60 |
145 |
Carro |
39 |
Metro |
46 |
Mota e Carro |
Carro |
27 |
98,6 |
Mota |
71,6 |
Todos de carro |
Carro |
101 |
101 |
O vencedor no tempo será sempre, e desde que não chova muito, o motociclo (mota): consegue fugir ao transito e como vamos ver custa menos por dia que o carro, mantendo a liberdade:
Modalidade |
Meio |
€ por dia |
Totais |
Carro e Barco |
Barco, Metro e Parque |
4,15 € |
5,83 € |
Carro |
1,68 € |
Mota e Carro |
Carro |
1,01 € |
5,93 € |
Mota |
4,92 € |
To dos de carro |
Carro |
8,12 € |
8,12 € |
Os transportes públicos são o vencedor por uma nesga em custo diário.
Assim ficamos com maior poupança de tempo na moto e maior poupança de dinheiro no conjunto dos transportes públicos. Na questão do tempo e da distância, os transportes públicos são bastante penalizados pois os horários dos transportes públicos são algo incompatíveis entre eles e com a necessidade de ir buscar as crianças antes das 19h30m.
Dois preconceitos que tinham de ser testados:
- Que andar de motociclo permitia poupar; e
- Que andar de transportes públicos permitia poupar.
As conclusões não foram todas as que esperava. O dilema aqui parece claro:
- Poupar tempo; ou
- Poupar dinheiro.