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Batida

Percebo pouco da teoria da música. Para mim, batida ou tempo são uma coisa semelhante. Para mim traduz-se num conceito subjectivo de ritmo…

Já aqui falamos como pode o ritmo da música condicionar a nossa vida. Seja na estrada ou no supermercado. É verdade que há um ritmo para cada ocasião, sendo que eu tendencialmente gosto de um ritmo rápido

A semana passada descobri que há sites que nos dizem quais os ritmos de muitas músicas. O Dj BPM Studio está virado para o trabalho dos DJs, os quais têm que meter as músicas nos ritmos certos. Parece muito actualizado, e encontrei lá muitas músicas que me aceleram. Fiquei particularmente surpreendido com as diferenças da mesma música em várias edições, e nomeadamente das diferenças nas actuações ao vivo.

Encontrei também o jog.fm, que promete encontrar a música com o ritmo associado ao seu jogging! Este foi um conceito que me fascinou, não porque até não faço jogging, mas porque compreendi imediatamente o conceito, até porque utilizo o ritmo como ferramenta de produtividade!

A arte da procrastinação

Livro de John Perry

Livro de John Perry

Uma das leituras destas férias foi “The Art of Procastrination“. Foi um livro que li já depois de ter escrito o artigo sobre procrastinação.

Foi um livro que me deu algum gozo ler, até porque era pequeno. O autor, John Perry, é um professor emérito de Filosofia da Universidade de Stanford, e confesso procrastinador. É o Prémio Ig Nobel da Literatura de 2011, justamente pelo artigo “How to Procrastinate and Still Get Things Done

Segundo Perry, o importante não é fazer o que é importante, mas outra coisa qualquer! Não esperaria grande coisa diferente de um filósofo, mas tenho que admitir várias coisas que ele refere no livro:

  • Todos nós procrastinamos
  • A procrastinação pode ter aspectos muito positivos
  • Quando procrastinamos, podemos estar a ganhar tempo…
  • A navegação na Internet é uma grande fonte de procrastinação

Todavia, de uma forma geral, a minha opinião é a de que procrastinar é uma coisa pouco positiva. Quando damos por ela, normalmente significa que perdemos o nosso tempo, que é um recurso muito escasso, a fazer coisas sem interesse. Mesmo em tempo de férias!

Ciência Viva no Verão

Logo da Ciência Viva

Logo da Ciência Viva

Todos os anos, a Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica organiza o Ciência Viva no Verão. De 15 de Julho a 15 de Setembro, há passeios científicos, observações astronómicas, visitas a obras de engenharia, castelos e faróis, em todo o país, na companhia de especialistas de instituições científicas, centros de ciência viva, associações, autarquias e empresas. A melhor parte é que a participação nestas acções é gratuita!

As actividades da Ciência Viva no Verão são destinadas às famílias, não existindo a possibilidade de participação de menores sem a supervisão de um adulto. As inscrições estarão abertas a partir de hoje às 15 horas, e podem ser feitas on-line ou através da linha de apoio 21 8985050. A seguir ficam alguns exemplos aqui na região de Lisboa, os primeiros que aparecem na listagem, mas há para todo o País:

  • Visita ao Centro de Coordenação Operacional da Brisa
  • Vamos conhecer o meio marinho
  • Tocar na Astronomia
  • Visita ao Centro de Comando Operacional (CCO) de Lisboa – REFER
  • Astronomia na Praia de Carcavelos – Observação do Sol
  • Panorama 3D da geologia de Lisboa e implicação na perigosidade sísmica

Multitasking na vida real

Já falamos anteriormente sobre como paralelizar tarefas que rotineiramente efectuamos. Vimos também num episódio do BrainGames como o multitasking também cria os seus problemas, quando estamos ao volante, por exemplo.

Neste artigo de há pouco mais de um mês, temos um enquadramente interessante sobre a investigação académica no domínio do multitasking humano. Debruça-se essencialmente no trabalho de David Strayer, um professor de Psicologia da Universidade de Utah. Parte do seu trabalho de investigação tem sido dedicado ao impacto da utilização do telemóvel ao volante. Como todos nós sabemos, o risco de acidente cresce dramaticamente quando o utilizamos de forma indevida. Tal é particularmente evidente no pequeno vídeo abaixo.

Mas a parte mais interessante do artigo é a descoberta pela equipa de David Strayer de que há uma percentagem pequena da população que consegue executar tão bem as tarefas em multitasking como de forma  separada! A percentagem é pequena, de cerca de 2.5%.E conseguiu descobrir uma pessoa que vai fazendo as coisas melhor à medida que vai somando tarefas em multitasking!

Pessoalmente, não tenho dúvidas que é um número que vai subir. O desenvolvimento científico, e o avanço cada vez mais rápido do tempo, condicionarão certamente a forma como os Humanos evoluirão…

Latência no futebol

Cá em casa, é bastante habitual ouvirmos o festejo dos golos de uma partida de futebol mesmo que não estejemos a ver a partida… Como já vivi colado ao antigo Estádio da Luz, há muito que tenho consciência da demora entre um determinado acontecimento e a sua visualização na televisão.

Ontem resolvi fazer uma pequena experiência com o Alemanha-Portugal, cujo resultado obviamente não permitiu ouvir os vizinhos. No vídeo abaixo podemos observar o quarto golo da Alemanha através de três meios de comunicação, numa evidência do impacto da latência na vida real.

A televisão que é visível no vídeo tem a função PIP, que permite ver dois canais ao mesmo tempo. O ecrã principal transmitia o sinal da RTP1 proveniente da box da ZON, enquanto no canto superior direito é igualmente visível a RTP1, mas no sinal proveniente do cabo coaxial. Ao mesmo tempo, o som é proveniente da TSF, transmitido através das ondas hertzianas.

O primeiro a dar o golo é a rádio, e logo depois a televisão através do cabo. A diferença entre o coaxial e a box é substancial, de quase exactamente 5 segundos. Uma eternidade, que pode fazer a diferença em determinadas situações…

Maldita latência!

A latência é um conceito fundamental em muitos domínios, mas do qual a maior parte de nós não se dá conta. É um conceito fundamental em sistemas de telecomunicações, em sistemas informáticos, e em muitas mais situaçõses. Pessoalmente, é um dos conceitos mais importantes com os quais lido na minha vida profissional.

Em sistemas de comunicações, há latências minúsculas, e outras que nos irritam. É muitas vezes mais importante que a própria velocidade de rede, como já este artigo revelava em 1996. É um conceito por exemplo determinante quando se joga online. É porque 1 milissegundo pode fazer toda a diferença… Mas há latências muito maiores, como aquelas associadas ao tempo de carregamento de sites lentos.

Um operador Internet sueco, ume.net, fez uma demonstração extraordinária deste conceito, só que aplicado à vida real. Com uma latência de 3 segundos, literalmente todos nós ficamos descontrolados! Vejam o vídeo seguinte, e vejam como a latência é realmente incómoda, quando é muito elevada: