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Tráfego de formigas

Num artigo que pelo menos merecerá uma menção para os prémios Ig Nobel, uns cientistas alemães andaram a estudar como as formigas se comportam em termos de tráfego e velocidade nos seus carreirinhos…

Como o artigo completo é pago, a melhor descrição que encontrei online foi este artigo do Washington Post. Parece que uma das conclusões principais do estudo é que quanto mais formigas existem num trilho, mais rapidamente elas se deslocam! O que para mim não é uma conclusão surpreendente, até porque se há muitas formigas, deve haver um interesse elevado, e como formigas que são, devem estar interessadas em maximizar o alimento transportado de volta para o formigueiro!

Outra observação interessante foi a de que nunca se verificou um congestionamento no trânsito! Por mais velocidade, e por mais formigas que houvesse (parece que chegaram às centenas de milhares), nunca observaram um congestionamento! Verificaram vários acidentes/colisões, a maior parte de frente, mas nem isso as abrandava! E se uma formiga circulava mais lentamente, as ultrapassagens eram sobretudo pela direita…

O artigo é delicioso, e eu admiro as formigas. Embora não goste que invadam o meu domínio! Na verdade, acho que a comparação com a condução não é adequada, porque o mais comparado connosco seria talvez comparar com o tráfego de peões… Ou então, incorporar estes conhecimentos nos futuros carros sem condutores? Enfim, deixo-vos um vídeo do Youtube que mostra que elas até podem circular rápido, mas que as auto-estradas delas parecem ter também curvas:

Trânsito em direto

TRAViC - Transit Visualization Client

TRAViC – Transit Visualization Client

Há uns tempos o A.Sousa fez um filme em que era possível ver como se comportava durante dois dias o trânsito em Lisboa. Agora podem ver a representação do trânsito em direto com o TRAVIC, um mapa gerado com base na informação de trânsito publicada pelas agências e outros operadores de dados de todo o mundo.

A informação não é toda em direto, mas dá uma visualização bastante útil. Podem visitar o mapa de trânsito da cidade de Lisboa aqui.

Detalhes de rotundas

No artigo sobre Cruzamentos vs. Rotundas referi que ia investigar um pouco mais o assunto. Há realmente muita investigação na temática das rotundas, sendo que referirei aqui um documento (duas versões) que encontrei.

O Departamento de Transportes dos Estados Unidos publicou um documento muito completo sobre rotundas. Refira-se que a introdução das rotundas nos Estados Unidos se fez mais tardiamente que na Europa, sendo um documento particularmente informativo. Uma versão mais recente do documento está disponível neste link.

Um dos gráficos que mais me chamou a atenção, neste caso na primeira versão, foi a influência que uma maior percentagem de viragens à esquerda tem na capacidade da rotunda. Quanto mais viragens houver à esquerda, menor é a eficiência:

impacto do tráfego que vira à esquerda

impacto do tráfego que vira à esquerda

No documento mais recente verificamos quais as capacidades de tráfego diário de um cruzamento (azul) e de uma rotunda (vermelho). Note-se que as duas curvas se aproximam quando existe apenas 10% de tráfego a entrar na via secundária. Por isso, em situações em que o tráfego da via principal domina claramente o das vias secundárias, a existência de rotundas não traz qualquer benefício significativo em termos de trânsito.

tráfego vs. rotunda

tráfego vs. rotunda

Cruzamentos vs. Rotundas

Há a ideia de que as rotundas são mais eficientes que os cruzamentos. Em Portugal há uma grande quantidade de rotundas. Todavia, há países em que elas são menos habituais, como é o caso dos Estados Unidos.

O programa MythBusters resolveu testar a teoria com um exercício prático. Como é habitual no programa, a réplica é confrangedoramente real! No final, as rotundas revelaram-se mais eficientes que os cruzamentos. Num mesmo período de tempo, as rotundas permitiram escoar 460 veículos, contra 385 no cruzamento. Assim, em termos de ponta, a rotunda pode ser cerca de 20% mais eficiente que um cruzamento! O programa do episódio completo está disponível abaixo, que inclui mais análises sobre trânsito, com a parte das rotundas/cruzamentos a desenvolver-se depois do minuto 31:43.

Não estou todavia convencido que as rotundas se justifiquem em muitos casos, sobretudo quando há uma via principal, e cruzamentos com estradas secundárias. Tal tem ficado evidente com a análise que temos feito das Estradas Rápidas. Muitas estradas tem sido limitadas com a construção de rotundas, que limitam significativamente o tráfego na estrada principal. Vou procurar mais informação, para verificar se assim é, ou não.

IC16: Pontinha – Benfica

A notícia da inauguração do troço de 700 metros do IC16 que faltava concluir é uma notícia particularmente importante para mim. Só a descobri há dois dias, mas passa a ser uma importante alternativa para mim. E para muitos outros!

A via serve de acesso da CRIL à zona de Benfica, ligando o nó da Pontinha à nova rotunda de Benfica. Para quem vem do lado do Dolce Vita e da CRIL, o acesso à zona da Pontinha e do Colombo passa a ser possível por esta nova via, em alternativa à segunda circular. Naturalmente, o mesmo se passa em sentido contrário. Nos períodos de maior trânsito, a rotunda de Benfica promete estrangular, quer de manhã, quer ao final do dia. Esperemos apenas que consigam afinar os semáforos…

A via passa igualmente a servir como alternativa a diversas vias, incluindo a segunda circular, a CRIL, e mesmo a calçada de Carriche. É uma alternativa que todos aqueles que costumam circular por estes locais de Lisboa devem conhecer, pois constituirá uma alternativa a ter em conta!

Imagem do troco

Imagem do troco (retirada daqui)

Dificuldades no código da estrada

Há umas semanas demos umas indicações sobre sites que poderiam ajudar no estudo para o exame do código da estrada. Já então havíamos referido as estatísticas de que cerca de um terço dos candidatos chumbavam nesses testes.

Foi por isso interessante constatar que no Reino Unido um estudo da Churchill Car Insurance concluiu que cerca de dois terços de condutores experientes chumbariam se fizessem os testes correspondentes ao exame de código.

O que é mais surpreendente é que essa estatística não é tão má como nos jovens condutores, que realizam o teste pela primeira vez. Ainda assim, por terras de sua majestade, a percentagem de chumbos parece ser ainda maior que por cá, atingindo metade dos candidatos…

Nesse sentido, para todos aqueles que já conduzem há muito tempo, vale a pena dar uma voltinha pelas provas que referenciamos. Eu próprio as testei, e actualizei os meus conhecimentos. Até porque há sempre regras, e mesmo sinais, novos.