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Dois dias de trânsito em Lisboa

Nos últimos dias, tenho sido uma das vítimas das obras do viaduto sobre a segunda circular. O que me levou a pensar em como poderia verificar isso no Google Traffic, que já havíamos abordado neste artigo.

Giro, giro, pensei, era ver isto numa animação. Meu dito, meu feito. O resultado é o vídeo abaixo, que mostra o trânsito na região de Lisboa, nos passados dias 23 e 24 de Janeiro.

Das entradas em Lisboa, a Ponte 25 de Abril é a primeira a registar complicações no trânsito, logo depois das 7 da manhã. Seguem-se a A5 e o IC19, com comportamentos distintos nos dois dias. As outras vias de Lisboa rapidamente também registaram congestionamentos, especialmente no dia 23, dia em que se registou durante a manhã uma greve parcial do Metro. E dá para perceber que as obras do viaduto pedo-ciclável estão realmente a influenciar muito negativamente o trânsito…

E, da visualização desta animação, vem-me logo à cabeça formas de optimizar o trânsito de Lisboa, para que as pessoas pudessem poupar muito tempo da sua vida…

Sem travar não é o mesmo que cruise-control

Cruise Control

Cruise Control

O estilo de condução sem travar é muitas vezes confundida com a utilização do cruise-control. Todavia, são duas formas de condução totalmente distintas!

A utilização de cruise-control pressupõe a condução a velocidades estáveis, ou mesmo constantes. Na condução sem travagens, as variações de velocidade tendem a ser uma constante, especialmente em cenários de maior tráfego. Aliás, nestes cenários, a utilização de cruise-control não é recomendada!

Conduzir sem travar significa que temos normalmente que acelerar e abrandar, para nos adaptarmos ao ritmo do trânsito. A única circunstância em que são comparáveis é em cenários de ausência de tráfego, como é característico de muitas autoestradas portuguesas.

Sem travar mas no código da estrada!

Da leitura dos últimos artigos onde relatei o estilo de condução sem travagens, é natural que ocorra aos leitores que esta condução se faz com um conjunto significativo de infracções ao código da estrada. Nada mais falso!

Um dos piores vícios que observo nas autoestradas portuguesas é a condução inamovível na faixa da esquerda. Sobretudo em períodos de festas, e muito associado a condutores de idade, estes condutores metem-se na faixa da esquerda e de lá não saem! A minha estratégia não passa por aí!

Adicionalmente, há aqueles que utilizam a técnica anterior, quando vão ultrapassar um veículo a centenas de metros de distância. Não sendo capazes de calcular velocidades relativas, acabam gerando uma fila de carros atrás. A minha estratégia passa por passar para a faixa da esquerda imediatamente antes da ultrapassagem se fazer, e voltar à faixa da direita logo que seja possível!

É claro que em função das estratégias anteriores, há aqueles que começam a dar luzes a centenas de metros de distância, porque acham que são eles que têm o direito exclusivo de circular na faixa da esquerda. Dar luzes para me deixarem passar é algo que nunca faço! Só o faço para indicar a quem vai à minha frente que está a fazer asneiras, ou se prepara para fazê-las.

Ir na faixa da direita e querer entrar à bruta para a esquerda é algo que também não podemos fazer. Já tive um acidente na autoestrada assim, em que alguém que entrava num acesso à autoestrada, achou que devia galgar imediatamente duas faixas e instalar-se na faixa mais à esquerda, onde eu ia… Se vamos na faixa da direita e calculamos a coisa mal, então travamos e deixamos passar quem circula a maior velocidade que nós!

Autoestrada sem travar

Como vimos anteriormente, é perfeitamente possível fazer um longo trajecto de autoestrada sem travar. Para o conseguir fazer em Segurança, que deve ser sempre o nosso objectivo primordial em condução na estrada, faço uma monitorização contínua do tráfego envolvente, não só à minha frente, como também atrás.

Quando conduzo numa autoestrada, para além de controlar o carro que vai à minha frrente, tento controlar também os carros que vão à frente dele. Controlar significa essencialmente calcular as velocidades a que vão, de modo a prever quando serão necessárias ultrapassagens.

Para além das vantagens associadas à condução sem travagens, esta monitorização de vários carros à frente tende a que antecipe com bastante tempo problemas que se colocam à minha frente.

Se os carros que vão à minha frente mantém uma velocidade semelhante à minha, não há grandes preocupações. É só segui-los e ir verificando a aproximação a carros mais lentos.

Se muito à minha frente algum carro começa a travar, ou vai mais lento que eu, eu largo o acelerador e deixo o carro ir abrandando lentamente. Assim tenho tempo para me adaptar à sua velocidade, sem ter ainda que travar.

Se me estou a aproximar ainda mais dos carros que estão à minha frente, tenho que calcular se será possível ultrapassá-los. Aí, a importância daqueles que vem atrás é significativa. É uma questão de calcular a velocidade a que vem o tráfego atrás. Se vou ser ultrapassado, antes de chegar aos veículos mais lentos, abrando e deixo passar. Se não, ultrapasso eu.

É claro que esta gestão se torna mais complexa a velocidades mais elevadas, ou quando o tráfego é intenso. Mesmo nessas circunstâncias, esta técnica tem enormes virtudes, e pode mesmo conduzir a um menor congestionamento do tráfego!

Porto-Lisboa sem travar

Troço da A1

Troço da A1

Nesta altura de festas, fiz mais uma vez o trajecto de ida e volta ao norte. No regresso, o estilo de condução foi o de fazer a A1 sem travagens. Isto é, descontando as travagens para entrada numa estação de serviço, para ida aos WCs, e na aproximação às portagens. Fiz o trajecto a uma velocidade relativamente elevada, no final do último Domingo de 2013, com bastante trânsito, com uma única travagem, na descida da serra de Aire.

Este estilo de condução tenho o vindo a aprimorar ao longo dos anos. O objectivo principal é manter-me concentrado na condução. Tal permite-me fazer a tarefa de condução extremamente concentrado. E com este, poupo não só nas pastilhas de travão, como também no combustível.

A tendência será a de considerar que este é um estilo de condução perigoso. Mas penso que é exactamente ao contrário. Ao longo de próximos artigos, darei uma visão mais detalhada desta linha de raciocínio, bem como as técnicas que utilizo.

Vídeos sobre Ondas de tráfego

Neste artigo anterior abordavamos como a modelação teórica e de simulação pode ajudar-nos a compreender melhor as ondas de tráfego. Depois de observar aquelas simulações, tive curiosidade de saber se o fenómeno já havia sido filmado do ar.

Os vídeos abaixo demonstram esse fenómeno melhor. Dá para perceber que mantendo uma velocidade constante, todos temos a ganhar. Infelizmente, em Portugal e lá fora, há muito a vontade de aproveitar a mínima nesga que se abre na faixa ao lado. Vejam os vídeos para perceber que estas manobras só contribuem para todos andarem mais devagar!