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Tráfego no mar

Já falamos aqui como podemos ver o tráfego nas estradas de todo o Mundo, via Google Traffic. Também já referimos aqui como podemos controlar os aviões. No outro dia descobri que há um site que faz o mesmo para os navios, controlando tudo o que se passa no tráfego marinho: Marine Traffic.

Fiquei impressionado com alguns aspectos do site. A possibilidade de ver por exemplo os barcos de pesca, mesmo alguns pequenos. Note-se na imagem seguinte a quantidade de barcos ao largo do País, há uns dias atrás:

Tráfego no mar ao largo de Portugal

Tráfego no mar ao largo de Portugal

Outra funcionalidade interessante é ver os locais onde os barcos mais navegam no planeta. Fiquei particularmente surpreendido com a quantidade que passa aqui ao lado, mas pensando bem, não é de admirar. Dá para descobrir outros aspectos interessantes, como aquele local onde andavam a procurar o MH370…

Rotas marítimas mais comuns

Rotas marítimas mais comuns

Dois dias de trânsito em Lisboa

Nos últimos dias, tenho sido uma das vítimas das obras do viaduto sobre a segunda circular. O que me levou a pensar em como poderia verificar isso no Google Traffic, que já havíamos abordado neste artigo.

Giro, giro, pensei, era ver isto numa animação. Meu dito, meu feito. O resultado é o vídeo abaixo, que mostra o trânsito na região de Lisboa, nos passados dias 23 e 24 de Janeiro.

Das entradas em Lisboa, a Ponte 25 de Abril é a primeira a registar complicações no trânsito, logo depois das 7 da manhã. Seguem-se a A5 e o IC19, com comportamentos distintos nos dois dias. As outras vias de Lisboa rapidamente também registaram congestionamentos, especialmente no dia 23, dia em que se registou durante a manhã uma greve parcial do Metro. E dá para perceber que as obras do viaduto pedo-ciclável estão realmente a influenciar muito negativamente o trânsito…

E, da visualização desta animação, vem-me logo à cabeça formas de optimizar o trânsito de Lisboa, para que as pessoas pudessem poupar muito tempo da sua vida…

Fazendo as contas à decisão

Quando começámos a escrever para o Poupar melhor preocupava-nos mais o preço do combustível, o tempo das deslocações e os passes sociais. Agora, passado este tempo, decidi rever alguns dos valores que tinha registado e apresentar as diferenças.

Descrição Valor previsto Valor atual Diferença
Custo do Gasóleo por litro 1,389 € 1,387 € -0,002 €
Custo da Gasolina sem chumbo 95 por litro 1,554 € 1,566 € 0,012 €
Consumo médio do carro (l/100km) 5,6 5,4 -0,2
Consumo médio de moto (l/100km) 3,5 3,6 0,1
Passe Transtejo 38,60 € 38,1 € -0,5 €
Passe Metropolitano 23,90 € 35,65 € 11,75 €
Passe Transtejo com Metropolitano 30 dias úteis 45,65 € 50,45 € 4,80 €

Para já, e desde que fiz as contas em Novembro de 2011 até hoje, o valor médio da gasolina e do gasóleo não se alterou muito.

Se é verdade que o preço da gasolina sem chumbo já atingiu valores acima dos 1,566, também é verdade que nestes últimos tempos a gasolina sem chumbo 95 está com tendência para baixar. Isto se virmos apenas os valores da bomba onde abasteço sistematicamente. Naturalmente que haverão variações entre localizações.

Outra tendência que descobri foi que tenho o pé mais pesado no acelerador que a minha mulher. A diferença do consumo médio no carro é de menos 0,2 litros por cada cem quilómetros desde que passou a ser só ela a conduzi-lo. Aparentemente com o passar do tempo também comecei a andar de mota a maior velocidade, o que justifica a alteração do consumo.

O ponto negativo é que enquanto o custo do passe do barco desce 0,5€, o custo do passe do Metropolitano de Lisboa subiu 11,75€. Os transportes coletivos não estão a adaptar os preços, mesmo com os cortes nos vencimentos dos funcionários impostos pelos orçamentos de estado desde 2011.

Diagramas do Metro e da Carris de Lisboa

Diagrama CARRIS Metro

Diagrama CARRIS Metro

No meio de uma greve surgiu outro dia um belo de um esquema que explica onde estão os transportes da Carris nas zonas sobrepostas ao Metro de Lisboa.

A ideia de ter alternativas de superfície pareceu-me lindamente e por isso, fica aqui a indicação de onde se encontra este e outros mapas disponibilizados pela Carris.

Gasolina sem chumbo 95 em valores mais baixo desde 2012

Gasolina sem chumbo 95

Gasolina sem chumbo 95

A gasolina sem chumbo 95 estava esta semana ao valor mais baixo desde que comecei a controlar os custos da Yamaha Xmax. Isto pode querer
dizer muita coisa. Tradicionalmente o preço dos combustíveis sobe em Portugal independentemente da conjuntura económica interna e mais relacionado
com a evolução da procura mundial ou alteração dos conflitos nas áreas de mineração petrolífera.

Será que a análise dos quadros macroeconómicos do governo cruzados com os mapas do orçamento do gabinete do primeiro ministro poderão ser
indicativos que os valores dos combustíveis irão voltar aos preços anteriores a 2012? A influência dos valores do petróleo é histórica na nossa economia e as empresas e famílias poderão não se aguentar a mais esta adversidade.

Resta-nos esperar que a previsão de retoma para 2014 do governo seja verdadeiramente milagrosa e se traduza num real aumento do volume de negócios. Esperemos que o cenário traçado propicie uma fase de crescimento ao nosso pais que nos devolva aos superavit de Marques de Pombal e Oliveira Salazar, mas sem que para isso percamos as liberdades ganhas pelas gerações anteriores à minha.

Esperemos que a previsão da subida do custos do combustível patente na previsão macro-económica da proposta de Orçamento de Estado para 2014 não venha a ser uma realidade resultante da manipulação dos preços do petróleo.

Apesar do preço do petróleo Brent ter diminuído para cerca de 108 USD/bbl (82 €/bbl) nos nove primeiros meses de 2013 (quebra de 3,3% e de 5,9% em termos homólogos, respetivamente), mais recentemente, este tem apresentado uma evolução ascendente, refletindo o aumento das tensões na região do Médio Oriente e a redução da oferta proveniente de alguns países da OPEP (Líbia, Nigéria e Iraque) não totalmente compensada pelo acréscimo da produção da Arábia Saudita e dos países não membros da OPEP. (Relatório Orçamento Estado 2014, p.16)

Evolução do preço do Brent (Relatório Orçamento de Estado 2014, p. 16)

Evolução do preço do Brent
(Relatório Orçamento de Estado 2014, p. 16)

Poupando em cadeiras dos passageiros

Seat crunch at The Wall Stree Journal

Seat crunch at The Wall Stree Journal

Foi noticia já na Internet, mas aqui ainda não tínhamos dado nota desta futura mudança. As companhias aéreas estão a preparar-se para reduzir o tamanho dos assentos dos aviões só mais um bocadinho.

As companhias aéreas são famosas pelas histórias de “poupanças” feitas à custa de coisas que os passageiros nem vão notar. A história da azeitona é famosa:

In the 1980s, Robert Crandall, then head of the airline, cleverly calculated that if you removed just one olive from every salad served to passengers, nobody would notice … and the airline would save $100,000 a year.

A poupança de uns acaba quase sempre por ser a perda de valor para outros. No caso das companhias aéreas joga-se com o conforto. Se queremos mais conforto teremos de deixar de ser tão exigentes com o preço.

A poupança da azeitona é um exemplo tipicamente apresentado como uma boa prática de gestão. A história da azeitona passou ao molho na salada e por aí adiante até aquilo que nos servem hoje em dia durante o voo em todas as companhias aéreas mundiais, mas este detalhe das cadeiras de 17” parece ser por enquanto apenas para as companhias aéreas.

O site Seatguru tem um quadro onde podem comparar a dimensão dos assentos entre várias companhias aéreas. O quadro permite também comparar a distância entre assentos e tudo numa tabela ordenável diretamente online. O A.Sousa tem contado aqui algumas experiências com a Ryanair, mas estes nem aparecem na lista.

A redução do tamanho dos assentos está relacionado com a vontade das companhias aéreas de aumentar o número de assentos por fila, o que pode estar ligado à necessidade de sobrevivência ou apenas para manter o retorno do investimento dos seus acionistas. O gráfico abaixo demonstra o comportamento de algumas companhias aéreas americanas em bolsa, comparado com outras empresas de outros mercados.

The Case for Airline Stocks: Lower Fuel Costs, Fewer Seats, and Some Short Memories

The Case for Airline Stocks: Lower Fuel Costs, Fewer Seats, and Some Short Memories